PSICOTERAPIA PARA PESSOAS COM SURDEZ: UM PROCESSO DE INCLUSÃO
Vanessa Alves Pereira 1, Karoliny Vilela Araújo 2, Jucineide Lima de Almeida Silva 3
Resumo
O presente trabalho aborda sobre a importância da relação entre a psicologia e a pessoa surda, para entender-se um elo negativo entre discursos que inferem ao público surdo diferenças excludentes. A psicologia, sendo uma ciência que estuda a subjetividade, pode fornecer estudos e conhecimentos que proporcionem a inclusão do sujeito surdo em processo psicoterápico, pois, a construção da inclusão social está intrinsicamente ligada a psicologia. Desse modo, esse trabalho traz uma compreensão sobre a relação entre a psicologia e o atendimento clínico com surdos, traçando caminhos para viabilizar esse estudo. Teve-se como princípio a problemática: será que o psicólogo está apto a atender o público surdo em tratamento psicológico? E para responder tal indagação, utilizou-se a pesquisa de cunho qualitativo, com procedimentos técnicos pautados na pesquisa bibliográfica e norteados pelo objetivo geral: pesquisar sobre as práticas clínicas com pacientes surdos; e específicos: descrever sobre um dos meios de comunicação dos surdos: Libras, e sua relação com a psicologia; identificar meios e estratégias utilizadas pelos psicólogos para assegurar a inclusão e a acessibilidade clínica com pacientes surdos; compreender práticas clínicas psicológicas em pacientes com surdez. É perceptível que a psicologia é uma ciência que está buscando métodos psicoterápicos para atender surdos através de capacitação em Libras, por intermédio do psicólogo, neste sentido é necessário a produção de materiais científicos nesta área para que se possa ampliar o leque de pesquisas sobre questões relativas a surdez.
Palavras-chave
Referências
ALMEIDA, Wolney Gomes. Introdução à Língua Brasileira de Sinais. Letras Vernáculas, 2013.
ALVES, Elizabete Gonçalves; FRASSETTO, Silvana Soriano. Libras e o desenvolvimento de pessoas surdas. Aletheia, n. 46, 2015.
ANAUATE, Carla; AMIRALIAN, Maria Lúcia. A importância da intervenção precoce com pais de bebês que nascem com alguma deficiência. Educar em Revista, n. 30, p. 197-210, 2007.
BISOL, Cláudia A.; SIMIONI, Janaína; SPERB, Tânia. Contribuições da psicologia brasileira para o estudo da surdez. Psicologia: reflexão e crítica, v. 21, n. 3, p. 392-400, 2008.
BOCK, Ana Mercedes Bahia. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICOLOGO. XIII Plenário do Conselho Federal de Psicologia, Brasília, agosto de 2005.
BRASIL, Lei nº 10.436/02 - Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e da outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/cci vil_03/leis/2002/l10436.htm. Acesso em: 03 de jan. 2021.
BRASIL, Lei nº 13.146/15. LBI - Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2015/Lei/L13146.htm Acesso em: 03 mar. 2020.
BRASIL, Lei nº 5626/05 - Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm. Acesso em: 03 fev. 2021.
BRITO, Angela Maria Waked de; DESSEN, Maria Auxiliadora. Crianças surdas e suas famílias: um panorama geral. Psicologia: reflexão e crítica, v. 12, n. 2, p. 429-445, 1999.
BUZAR, Edeilce Aparecida Santos. Da Libras ao Silêncio: Implicações do olhar winnicottiano aos sujeitos surdos em sofrimento psíquico grave. Brasília, 2015. Disponível em: http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/19809/3/2015_EdeilceAparecidaSanto sBuzar.pdf. Acesso em: 20 de novembro de 2020.
CHAVEIRO, Neuma et al. Atendimento à pessoa surda que utiliza a língua de sinais, na perspectiva do profissional da saúde. Cogitare Enfermagem, v. 15, n. 4, 2010.
CRUZ, Mafalda Luzia Coelho Madeira; LOPES, Vanessa Marques. Inclusão social do deficiente auditivo: uma reflexão do atendimento do psicólogo na internação hospitalar. CES Revista, v. 21, p. 191-202, 2007.
FILIPINI, Rosalba. Psicoterapia psicodramática com crianças: Uma proposta socionômica. Editora Agora, 2014.
GONÇALVES, Paulo Cesar da Silva. Atendimento Psicológico para Surdos, 2011.
, Atendimento Psicológico aos Surdos. Psicologado, [S.l.]. (2019). Disponível em: https://psicologado.com.br/a tuacao/psicologia-clinica/atendimento-psicologico-aos-surdos. Acesso em: 17 de fev. 2021.
NEVES, Juliana Torres Porto das. Psicoterapia Psicanalítica com pacientes surdos: um estudo qualitativo sobre características e adaptações técnicas da prática. Respositório UFRGS – Lume, 2018. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/188898. Acesso em 25 fev. 2021.
PEREIRA, Bianca Aparecida Marques; LOURENÇO, Lélio Moura. SURDEZ E PSICOLOGIA CLÍNICA: CONTRIBUIÇÕES DA LITERATURA. Revista Psicologia.pt, 2017.
PEREIRA, Vanessa Alves. Inclusão Escolar: histórico e análise das garantias legais da pessoa com deficiência. Revista Científica Novas Configurações – Diálogos Plurais, Luziânia, v. 1, n.1, p. 21-33, 2020.
PERES, Rodrigo Sanches. O desenho como recurso auxiliar na investigação psicológica de crianças portadoras de surdez. Psic: Revista da Vetor Editora, v. 4, n. 1, p. 22-29, 2003.
PRADO, Sílvia de Cásia Serenini. Guia de estudo – Libras: Língua Brasileira de Sinais. Varginha: GEaD-UNI/MG, 2008.
QUADROS, R.M. Educação de Surdos – Aquisição da Linguagem. 1º Edição. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
RAMIRES, Cristhiene Montone Nunes; BRANCO-BARREIRO, Fátima Cristina Alves; PELUSO, Érica Toledo Piza. Fatores relacionados à qualidade de vida de pais de crianças com deficiência auditiva. Ciência & Saúde Coletiva, v. 21, p. 3245-3252, 2016.
ROSA, Patrícia da. No encontro intercultural, o encontro terapêutico: prática clínica com surdos, 2017. Disponível em: https://repositorio.unisc.br/jspui/handle/11624/2003. Acesso em: 04 de mai. 2020, 2017
SASSAKI, R. Kazumi. Inclusão, construindo uma sociedade para todos. 5 ed. Rio de Janeiro. Editora WVA. 1997.
SOUZA, Manuela Santos. Utilização da Língua Brasileira de Sinais (Libras) no Atendimento aos Surdos como Forma de Humanização da Psicologia, 2013.Disponível em:https://psicologado.com.br/psicologiageral/introducao/utiliz acao-da-lingua-brasileira-de-sinais-libras-no-atendimento-aos-surdos-como- forma-de-humanizacao-da-psicologia. Acesso em: 03 de jan. 2021.
STROBEL, KARIN LILIAN. (2008). Surdos: Vestígios Culturais não registrados na História. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação. Programa Pós-Graduação em Educação. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/91978/261339.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 8 set. 2020.
Facebook
Google+
Twitter
LinkedIn
Mendeley
StumbleUpon
CiteULike
Reddit
Email