Tuas filhas choram
Tuas filhas gritam
Tuas caçulas temem
Tuas pequenas meninas
Nas ruas não saem
Ó pátria
Por que dá força aos mais fortes
Enquanto suas filhas somem
Eles impunes saem
Andam por cima dos rios de lágrimas delas
Ó Pátria
Por que fecha teus olhos?
Muitas das tuas filhas nem veem mais Muitas das tuas filhas nem falam mais
Muitas das tuas filhas já perderam a voz
Saiba que tu, só tu
Deu poder a eles
Ó Pátria
Por aquelas que não gritam mais
Por aquelas que a voz perderam
Pelas suas pequenas filhas que ainda virão
Gritaremos, o que for necessário
Pelas que ainda que tentam falar
Ó pátria
Por favor
Ouça os gemidos
Veja as lágrimas
Leia os apelos
Das tuas filhas que ainda somem
As filhas que nunca dorme
Por que morrem de medo
Imploram por sua ajuda
Tuas pequenas são fortes
Mas já estão mutiladas
Ó pátria
Cadê tua justiça?
Etimo
Se o presente é lotado de passado e ele for de luta,
quer dizer que o futuro nos pertence
Mas o futuro tá ameaçado
na medida em que o passado tá matando o presente
Mas se o presente é pra sempre essa morte é evitada pela gente
Mas será que é pra sempre?
Se o passado conseguir matar o presente como é que vai ter futuro?
A gente pode matar o passado e salvar o futuro
Mas o passado é o futuro presente
e do povo depende,
então podemos construir um futuro pra gente
Sem presidente, sem corrente e independente
Se o presente determina o futuro,
Nem precisa pensar muito pra afirmar que se o presente é de luta,
O futuro é popular
Periodicidade:
IndefinidoTem 19 anos, estudante do Bacharelado de Ciências Sociais pela UEL e diretore chefe da Revista Diverge. Alyn é da cidade de São Jeronimo da Serra - PR, concluiu o curso formação de Docentes (magistério) na sua cidade, onde lecionava na educação infantil e atualmente reside em Londrina. Elu faz parte dos projetos de pesquisa GEMARX (estudos Marxistas), Artes do fazer (estudo antropológico urbano) e Entretons (Comunicação contra-hegemonico e contranarrativas radicais), além de fazer parte da gestão do Centro Acadêmico de Ciências Sociais, gestão da chapa José Montenegro de Lima, também é militante da União da Juventude Comunista (UJC). Alyn se interessa nos debates e ciência da antropologia e politica, principalmente sobre assuntos de não binaridade, marxismo e educação.
Heloisa Luz, 21 anos. Graduanda em Ciências Socias - bacharelado pela UEL, e membro do corpo editorial da Revista Diverge. Atualmente integra o Grupo de Estudo Marxistas - Gemarx. É, também, estagiária pela Prefeitura Municipal de Londrina. Possui interesse nas áreas de teoria política e pensamento político, com ênfase em conservadorismo e irracionalismo.
Janaína Camila, 22 anos, faz graduação em Ciências Sociais- bacharelado pela UEL e faz parte da direção da Revista Diverge, cuidando da manutenção e publicação da Revista e na comunicação. Faz parte do projeto de ensino de teoria política (ENSIPOL), estuda maxismo, especialmente as obras marxianas, pesquisa o conceito de Estado chinês e as relações com as minorias étnicas chinesas. Também estuda a questão indigena no Brasil com uma analise marxista, trazendo o pensasmento de Mariátegui.
Milena Serpeloni, 22 anos, compõe o corpo de direção da Revista Diverge e cursa Bacharelado em Ciências Sociais na Universidade Estadual de Londrina. Além de estudante, também é professora de inglês e interessada na área de Antropologia e suas ramificações.