Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
https://app.periodikos.com.br/journal/ean/article/doi/10.1590/2177-9465-EAN-2024-0117en
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
Reflexão

Nursing and climate change: generative artificial intelligence as a tool for critical training on climate justice

Enfermería y cambio climático: la inteligencia artificial generativa como herramienta para la formación crítica en justicia climática

Enfermagem e mudanças climáticas: a inteligência artificial generativa como ferramenta para formação crítica sobre justiça climática

Nádile Juliane Costa de Castro; Eudes José Braga Júnior

Downloads: 0
Views: 48

Abstract

Objective: to reflect on the use of artificial intelligence in nursing training for critical, ethical, and adaptive action in response to the challenges posed by climate change.

Method: a reflective essay aimed at delving into the complexity of the topic, exploring the concept of climate justice, supported by an ecosystemic approach and dialogues with Global South epistemologies, considering diverse worldviews.

Results: the critical application of artificial intelligence is associated with epistemological disruption, adaptive learning, algorithmic biases, digital inclusion, ethical regulation, and data privacy, which can be dialogued in a critical, reflective, and purposeful way from the diversities of territories for social transformation and climate justice.

Conclusion and implications for practice: the use of artificial intelligence enables formative solutions that can foster discussions on ethics, representation, and diversity in nursing practice. When strategically applied, these solutions can disrupt and contribute to epistemological transformation. Along this path, they point to intervention strategies that engage with diverse forms of knowledge and modes of resistance in territories, addressing climate change through innovative articulation.

Keywords

Nursing; Nurses; Ethics; Artificial Intelligence; Climate Change

Resumen

Objetivo: reflexionar sobre el uso de la inteligencia artificial en la formación de profesionales de enfermería para actuar de manera crítica, ética y adaptativa ante los desafíos impuestos por el cambio climático.

Método: ensayo reflexivo que profundiza en la complejidad del tema, explorando el concepto de justicia climática, sustentado en el enfoque ecosistémico y en los diálogos con epistemologías del Sur Global, considerando las diferentes visiones del mundo.

Resultados: la aplicación crítica de la inteligencia artificial está asociada a la disrupción epistemológica, el aprendizaje adaptativo, los sesgos algorítmicos, la inclusión digital, la regulación ética y la privacidad de datos, que pueden dialogarse de manera crítica, reflexiva y propositiva, desde las diversidades de los territorios para la transformación social y la justicia climática.

Conclusiones e implicaciones para la práctica: el uso de la inteligencia artificial posibilita soluciones formativas que pueden suscitar debates sobre ética, representatividad y diversidad en la práctica de enfermería. Si se aplican de manera estratégica, estas soluciones pueden romper y contribuir a la transformación epistemológica. En este camino, señalan estrategias de intervención que dialogan con diversas formas de conocimiento y modos de resistencia de los territorios, frente a los desafíos del cambio climático con una articulación innovadora.
 

Palabras clave

Enfermería, Enfermeros y Enfermeras, Ética, Inteligencia Artificial, Cambio Climático

Resumo

Objetivo: refletir sobre o uso da inteligência artificial na formação de profissionais de enfermagem para atuação de forma crítica, ética e adaptativa mediante os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

Método: ensaio reflexivo, para esmiuçar a complexidade do tema que explora conceito de justiça climática, suportado pela abordagem ecossistêmica e pelos diálogos com epistemologias do Sul Global considerando as diferentes visões de mundo.

Resultados: a aplicação crítica da inteligência artificial está associada à ruptura epistemológica, aprendizado adaptativo, vieses algorítmicos, inclusão digital, regulação ética e privacidade de dados, que podem ser dialogados de forma crítica, reflexiva e propositiva, a partir das diversidades dos territórios para a transformação social e para a justiça climática.

Considerações finais e implicações para a prática: o uso da inteligência artificial possibilita soluções formativas capazes de aflorar discussões sobre ética, representatividade e diversidade na atuação dos enfermeiros e enfermeiras que, se aplicadas de forma estratégica, podem romper e contribuir com a transformação epistemológica. Nesse percurso, elas apontam estratégias de intervenção que dialogam com diferentes formas de conhecimento e modos de resistir dos territórios em detrimento do enfrentamento perante as mudanças climáticas com articulação inovadora.

Palavras-chave

Enfermagem, Enfermeiros e Enfermeiras, Ética, Inteligência Artificial, Mudanças Climáticas

Referências

1 Artaxo P. As três emergências que nossa sociedade enfrenta: saúde, biodiversidade e mudanças climáticas. Estud Av. 2020;34(100):53-66. http://doi.org/10.1590/s0103-4014.2020.34100.005.

2 Haigh F, Crimeen A, Green L, Moeller H, Conaty SJ, Prior JH et al. Developing a climate change inequality health impact assessment for health services. Public Health Res Pract. 2023;33(4):3342336. http://doi.org/10.17061/phrp3342336. PMid:38052203.

3 Moreira CVM, Costa MRA, Becker V. Impacts of extreme precipitation events in water quality: a scientometric analysis in global scale. Acta Limnol Bras. 2023;35:e17. http://doi.org/10.1590/s2179-975x0223.

4 Silva MAD, Xavier DR, Rocha V. Do global ao local: desafios para redução de riscos à saúde relacionados com mudanças climáticas, desastre e emergências em saúde pública. Saúde Debate. 2021;44(spe2):48-68. http://doi.org/10.1590/0103-11042020e204.

5 Guedes WP, Sugahara CR, Ferreira DHL. Racismo ambiental: reflexões sobre mudanças climáticas e Covid-19. Perspect Dialogo Rev Educ Soc. 2023;10(23):237-58. http://doi.org/10.55028/pdres.v10i23.17693.

6 Milanez B, Fonseca IF. Justiça climática e eventos climáticos extremos: uma análise da percepção social no Brasil. Rev Terceiro Incluído. 2011;1(2):82-100.

7 Torres PHC, Urbinatti AM, Gomes C, Schmidt L, Leonel AL, Momm S et al. Justiça climática e as estratégias de adaptação às mudanças climáticas no Brasil e em Portugal. Estud Av. 2021;35(102):159-76. http://doi.org/10.1590/s0103-4014.2021.35102.010.

8 Duarte ACS, Chicharo SCR, Silva TASM, Oliveira AB. Ethical-legal dilemmas of nursing practice in emergencies and disasters: a scoping review. Rev Esc Enferm USP. 2024;58:e20230233. http://doi.org/10.1590/1980-220x-reeusp-2023-0233pt. PMid:38624081.

9 Castro NJC, Araújo JDSA, Santos RA, Castro PC, Santos DDN, Nascimento MTA et al. Processos de aprendizagem sobre equidade para reflexão da prática social da Enfermagem. REME Rev Min Enferm. 2023;27:e-1523. http://doi.org/10.35699/2316-9389.2023.42296.

10 Artaxo P, Rizzo LV, Machado LAT. Inteligência artificial e mudanças climáticas. Rev USP. 2024;(141):29-40. http://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.i141p29-40.

11 Vitorino LM, Yoshinari Júnior GH. Artificial intelligence as an ally in Brazilian nursing: challenges, opportunities and professional responsibility. Rev Bras Enferm. 2023;76(3):e760301. http://doi.org/10.1590/0034-7167.2023760301pt. PMid:37792851.

12 Pedranzini HN, Freiria RC. A Inteligência Artificial como ferramenta para contenção da crise climática no Brasil. Homa Publica Rev Int Derechos Hum Empresas [Internet]. 2024 [citado 2024 nov 14];8(1):e126. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/HOMA/article/view/45106/27945

13 Siqueira HCH, Thurow MRB, Paula SF, Zamberlan C, Medeiros AC, Cecagno D et al. Health of human being in the ecosystem perspective. J Nurs UFPE Online. 2018;12(2):559-64. http://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i2a25069p559-564-2018.

14 Paro CA, Ventura M, Silva NEK. Paulo Freire e o inédito viável: esperança, utopia e transformação na saúde. Trab Educ Saúde. 2020;18(1):e0022757. http://doi.org/10.1590/1981-7746-sol00227.

15 Baniwa G. Educação e povos indígenas no limiar do século XXI: debates e práticas interculturais. Antropol Soc Rev Lab Antropol Arqueol Bem-Viver UFPE. 2023;1(1):7-21.

16 Quijano A. Colonialidade, poder, globalização e democracia. Novos Rumos. 2002;17(37):4-28. http://doi.org/10.36311/0102-5864.17.v0n37.2192.

17 Meneses MN, Quadros JDD, Marques GP, Nora CRD, Carneiro FF, Rocha CMF. Popular health surveillance practices in Brazil: scoping review. Cienc Saúde Colet. 2023;28:2553-64. https://doi.org/10.1590/1413-81232023289.13542022

18 Santos PAF, Batista RCN, Coutinho VRD, Rabiais ICM. Interdisciplinary and interinstitutional simulation and cooperation: development of nursing students competencies in disaster. Esc Anna Nery. 2023;27:e20220077. http://doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2022-0077pt.

19 Santos AB, Pereira S. A terra dá, a terra quer. São Paulo: Ubu Editora; 2023.

20 Calheiros Pereira Sobral JP, Rodrigues Viana ME, Alves Lívio T, Galdino dos Santos A, Souza Costa BGD, Alves Rozendo C. Metodologias ativas na formação crítica de mestres em enfermagem. Rev Cuid (Bucaramanga). 2020;11(1). http://doi.org/10.15649/cuidarte.822.

21 Gomes NL. Educação, identidade negra e formação de professores/as: um olhar sobre o corpo negro e o cabelo crespo. Educ Pesqui. 2003;29(1):167-82. http://doi.org/10.1590/S1517-97022003000100012.

22 Silva T. Racismo algorítmico em plataformas digitais: microagressões e discriminação em código. In: Silva T, editor. Comunidades, algoritmos e ativismos digitais: olhares afrodiaspóricos. São Paulo: LiteraRua; 2020; 121-135.

23 Saccà R, Turrini R, Ausania F, Turrina S, Leo D. The ménage à trois of healthcare: the actors in after-AI era under patient consent. Front Med (Lausanne). 2024;10:1329087. http://doi.org/10.3389/fmed.2023.1329087. PMid:38269319.

24 Silva DC, Nobre LNB, Ladeia TAS, Viegas LEA. Identidade cultural e inteligência artificial: uma análise das imagens de festas populares brasileiras geradas pela plataforma Midjourney. Interfaces Comun. 2023;1(2):85-106. http://doi.org/10.11606/issn.2965-7474.v1i2p85-106.

25 Silva GB, Souza LP, Medeiros JGT, Pellanda LC. Inteligência Artificial OpenAI Chat-GPT-3.5® comparada ao método tradicional para construção de Histórias na saúde. Revista Interdisciplinar de Saúde e Educação. 2024;5(1):9-36. http://doi.org/10.56344/2675-4827.v5n1a2024.1.

26 Rodríguez EQ. Un artículo recursivo: la IA generativa de texto frente a la importancia de la transparencia en la citación de datos y los derechos de autoría. In Garcia CR, Garcia OB, editors. Tecnologías emergentes aplicadas a las metodologías activas en la era de la inteligencia artificial. Madrid: Dykinson SL; 2023. p. 968-80.
 


Aceito em:
07/03/2025

681b6036a953950b6115bb73 ean Articles

Esc. Anna Nery

Share this page
Page Sections