O presente artigo apresenta as contribuições do sociólogo Pierre Bourdieu no campo da Sociologia da Educação, com o objetivo de discutir como a escola é influenciada pelos ideais sociais, atuando como uma agência reprodutoras das desigualdades. Assim sendo, realizou-se uma pesquisa bibliográfica acerca dos postulados de Bourdieu e elencou-se alguns conceitos teóricos essenciais para compreensão do papel da escola na reprodução e alienação dos alunos. Dentre os conceitos abordados na discussão estão: a herança cultural, violência simbólica, habitus, campo e o meio. Para fundamentação das discussões utilizou-se os postulados de Bourdieu (1992), e as reflexões teóricas de Almeida (2007), Nogueira & Nogueira (2002) e Bonnwitz (2003) a respeito das contribuições de Bourdieu para a educação. Por fim, constatou-se que, por mais complexa que seja a ruptura com os ideais dominantes impostos pela sociedade à escola, é preciso compreender que esta tem condições de romper com o sistema reprodutivo e opressor. E o professor, como parte fundamental nesse processo de transformação social, deve assumir um habitus crítico-reflexivo em sua prática pedagógica, capaz de estimular a si e aos alunos na superação das amarras da opressão.

This article presents the contributions of sociologist Pierre Bourdieu in the field of Sociology of Education, with the aim of discussing how the school is influenced by social ideals, acting as an agency that reproduces inequalities. Therefore, a bibliographic research was carried out on Bourdieu's postulates and listed some essential theoretical concepts for understanding the role of the school in the reproduction and alienation of students. Among the concepts covered in the discussion are: cultural heritage, symbolic violence, habitus, countryside and the social environment. To support the discussions, Bourdieu's (1992) postulates and the theoretical reflections of Almeida (2007), Nogueira & Nogueira (2002) and Bonnwitz (2003) regarding Bourdieu's contributions to education were used. Finally, it was found that, however complex the break with the dominant ideals imposed by society on school, it must be understood that it is able to break with the reproductive and oppressive system. And the teacher, as a fundamental part in this process of social transformation, must assume a critical-reflexive habitus in his pedagogical practice, capable of stimulating himself and the students in overcoming the bonds of oppression.