ANÁLISE E IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS ERGONÔMICOS EM ATIVIDADES DE MODELAGEM DO VESTUÁRIO EM ESTUDANTES
ANALYSIS AND IDENTIFICATION OF ERGONOMIC RISKS IN MODELING ACTIVITIES OF CLOTHING IN STUDENTS
ANÁLISIS Y IDENTIFICACIÓN DEL RAYONES ERGONÓMICO EN ACTIVIDADES EN MODELADO DE PRENDAS EN ESTUDIANTES
Vanessa Bolico da Silva
Resumo
As condições de trabalho, fundamentalmente relacionadas com o mobiliário utilizado para a realização das atividades, não são sempre adequadas, o que pode levar a adoção de posturas inadequadas e consequentemente a presença de desconfortos, moléstias e dores em diferentes partes do corpo. Os estudantes, nos diferentes níveis de educação, não estão isentos a estas situações. Isto ocorre devido a permanência por longos períodos de tempo em sala de aula e ao mobiliário escolar que não apresenta as condições adequadas para permanecer nas posturas corretas. O objetivo deste trabalho foi identificar os riscos ergonômicos em atividades de modelagem de vestuário. Com o intuito de verificar se o mobiliário está adequado ao porte físico dos estudantes, de maneira que possam realizar suas atividades sem sofrer com dores osteomusculares, foi realizada uma pesquisa de caráter descritivo por meio de estudo de caso. Igualmente a pesquisa foi de caráter quantitativo e qualitativo, sendo aplicado o método REBA para avaliar se as posturas adotadas são potencialmente causadoras de problemas osteomusculares. Utilizou-se o questionário Nórdico para comprovar o quanto as posturas utilizadas são prejudiciais à saúde dos estudantes. Os resultados obtidos mostram que as principais dores se encontram no pescoço, coluna cervical e lombar, quadril e coxa, ombros, braços, antebraços e punhos. Destaca-se que 98,2% das posturas analisadas se encontram entre risco médio e muito alto. Conclui-se que a permanência em ambiente escolar pode levar à aquisição de posturas incorretas, devido às características inadequadas do mobiliário e o uso constante de hábitos posturais defeituosos.
Palavras-chave
Abstract
Working conditions mainly related to the furniture used to perform the activities isn’t always appropriate, what may lead to the adoption of awkward postures and consequently the presence of discomforts, illnesses and pain in different parts of the body. Students at different levels of education aren’t exempt from these situations due to standing for long periods of time in the classroom and the school furniture can’t present suitable conditions to remain adopting correct postures. The objective of this study was to analyze the conditions of school furniture at the clothing modeling course. In order to check whether the furniture is appropriate for the physique of the students so that they can carry out their activities without suffering of the musculoskeletal pain, a survey of descriptive character through case study was performed. Also, the research was both quantitative and qualitative, applied the REBA method to assess whether the postures are potentially causing musculoskeletal problems. The Nordic questionnaire was used to establish how the postures used are harmful to the health of the students. The results show that the main pain are the neck, cervical and lumbar spine, hip and thigh spine, shoulders, arms, forearms and wrists. It’s noteworthy that 98,2% of the postures are analyzed among medium to very high risk. We conclude that staying in school environment can lead to the acquisition of incorrect postures due to inadequate characteristics of the furniture and the constant use of bad postural habits.
Translated version DOI: https://doi.org/10.4322/rae.v13e201804.en
Keywords
Resumen
Hacia condiciones en trabajar, fundamentalmente relacionado con oh muebles usado para la realización de actividades, no siempre son adecuados, lo que puede dar lugar a la adopción de posturas inadecuadas y en consecuencia la presencia de molestias, enfermedades y dolores en diferentes partes del cuerpo. Los estudiantes, en diferentes niveles de educación, no están exentos a estas situaciones. Esto ocurre por permanecer en la habitación durante largos periodos de tiempo. mobiliario de aula y escolar que no presenta las condiciones adecuadas para permanecer en el posturas correcto. oh meta de esta trabajar él era identificar tú rayones ergonómico en Actividades modelado de ropa. Para comprobar si los muebles son adecuados para el tamaño. Fuerza física de los estudiantes, para que puedan realizar sus actividades sin sufrir dolores. trastornos musculoesqueléticos, se realizó una investigación descriptiva mediante un estudio de caso. Igualmente El buscar él era en personaje cuantitativo Es cualitativo, ser aplicado oh método REBA para evaluar si hacia posturas adoptado ellos son potencialmente causante en problemas musculoesquelético. Se utilizó el cuestionario nórdico para comprobar en qué medida las posturas utilizados son perjudiciales para la salud de los estudiantes. Los resultados obtenidos muestran que la Los principales dolores se encuentran en el cuello, columna cervical y lumbar, caderas y muslos, hombros, brazos, antebrazos Es puños. Destaca qué 98,2% de posturas analizadas si reunirse entre Riesgo medio y muy alto. Se concluye que permanecer en un ambiente escolar puede llevar a Adquisición de posturas incorrectas, debido a las características inadecuadas del mobiliario y al uso. constante en Hábitos posturales defectuosos.
DOI de la versión traducida: https://doi.org/10.4322/rae.v13e201804.es
Palabras clave
References
Alves, M. E. M., Soidán, J. L. G. (2006). Hábitos de postura corporal em ambiente escolar: Percepção de hábitos de postura corporal em ambiente escolar. II Congreso Internacional de las Ciencias del Deporte.
Barros, S. S. de, Ângelo, R. di C. de O., Uchôa, É. P. B. L. (2011). Lombalgia ocupacional e a postura sentada. Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor. São Paulo, 12(3), 226-230.
Batiz, E. C., Galo, O., Souza, A. J. de. (2006). Posturas inadequadas no trabalho: um problema presentes em áreas de tratamento térmico a banho de sal. In Anais do XIII SIMPEP. Bauru, SP, Brasil.
Batiz, E. C., Vergara, L. G. L., Licea, O. E. A. (2012). Análise comparativa entre métodos de carregamento de cargas e análise postural de auxiliares de enfermagem. Produção, 22(2), 270- 283.
Borbas, M. C., Bruscagim, R. R. (2007). Modelagem plana e tridimensional – moulage – na indústria do vestuário. Rev. Ciên. Empresariais da UNIPAR, 8(1 e 2), 155-167. Umuarama.
Brasil. Ministério de Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora (NR) 17. Ergonomia. Recuperado em 12 de maio de 2014, de http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEFBAD7064803/nr_17.pdf
Castellucci, H. I.; Arezes, P. M.; Viviani, C. A. (2010). Mismatch between classroom furniture and anthropometric measures in Chilean schools. Applied Ergonomics, 41, 563–568.
Castellucci, I., Gonçalves, M. A, Arezes, P. M. (2010). Ergonomic Design of School Furniture: Challenges for the Portuguese Schools. USA Publishing, AHFE International Conference.
Cerchiari, P. A. R., Fujiwara, E., Pereira, T. G., Turchetti, V. A. (2005). Ambiente acadêmico: acomodações das salas de aula e salas de informática da unicamp e sua relação com a saúde dos estudantes. Revista Ciências do Ambiente On-Line, 1(1), 13-19.
Costa, T. B. da., Giantorno, J. B., Suzuki, F. S., Oliveira, D. L. de. (2012). Análise Postural em Escolares do Ensino Fundamental. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, 16(2), 219-222.
Detsch, C., Luz, A. M. H., Candotti, C. T., Oliveira, D. S. de., Lazaron, F., Guimarães, L. K., Schimanoski, P. (2007). Prevalência de alterações posturais em escolares do ensino médio em uma cidade no Sul do Brasil. Rev Panam Salud Publica/ Pan American Journal of Public Health, 21(4), 231-238.
Dianat, I., Karimi, M. A., Hashemi, A. A., Bahrampour, S. (2013). Classroom furniture and anthropometric characteristics of Iranian high school students: Proposed dimensions based on anthropometric data. Applied Ergonomics, 44(1), 101-1- 8.
Domljan, D., Vlaovic, Z., Grbac, I. (2010). Pupils’ working postures in primary school classrooms. Periodicum biologorum, 112(1), 39-45.
Freire, I. de A., Teixeira, T. G., Sales, C. R. (2010). Hábitos Posturais: Diagnóstico a partir de fotografias. CONEXÕES, Revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas, 6(2), 28-41.
Gonçalves, M. A. M. N. da S. (2012). Análise das condições ergonómicas das salas de aula do primeiro ciclo do ensino básico (Tese de Doutorado). Universidade de Minho.
Gouvali, M. K., Boudolos, K. (2006). Match between school furniture dimensions and children’s anthropometry. Elsevier. Applied Ergonomics, 37(1), 765– 773.
Hashim, A., Dawal, S. Z. (2013). Evaluation of Students’ Working Postures in School Workshop. International Journal of Ergonomics (IJEG), 3(1), 25-32.
Iida, I. (2005). Ergonomia: projeto e produção (2a Ed.). São Paulo:Edgard Blücher.
Kroemer, K. H. E., Grandjean, E. (2005). Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem (5a Ed.). Porto Alegre: Bookman.
Kuorinka, B. J., Kilbom A., Winterberg, H., Baring-Sorensen, F., Andersson, G., Jorgensen, K. (1987). Standardised Nordic questionnaires for the analysis of musculoskeletal symptoms. Applied Ergonomics, 18(3), 233-237.
Marques, N. R., Hallal, C. Z., Gonçalves, M. (2010). Características biomecânicas, ergonômicas e clínicas da postura sentada: uma revisão. Fisioterapia e Pesquisa, 17(3), 270- 276. São Paulo.
Martin, B. I., Deyo, Ri. A., Mirza, S. K., Turner, J. A., Comstock, B. A., Hollingworth, W., Sullivan, S. D. (2008). Expenditures and Health Status Among Adults With Back and Neck Problems. JAMA, 299(6), 656-664.
Medeiroa, M. De J. F. (2007). Produto de moda: modelagem industrial com aspectos do design e da ergonomia. Universidad de Palermo. Recuperado em 11 de junho de 2014, de http:// fido.palermo.edu
Meireles, H. R., Freitas Junior, J. H. A. de., Lopes Junior, J. E. G., Figueiredo, A. D. J. de. (2013). Influência das Carteiras Escolares na Postura de Alunos da Rede Pública do Município de Cajazeiras- PB. Ver. Fisioter S. Fun. Fortaleza,2(1), 35-41.
Montgomery, D. C., Runger, G. C. (2005). Design and analysis of experiments (6a ed.). New Jersey: John Wiley & Sons.
Motamedzane, M. A. (2008). Practical Method for School Furniture Design to Prevent Musculoskeletal Disorders among Pupils. J RES HEALTH SCI, 8(2), 9-12.
Moro, A. R. P. (2005). Ergonomia da sala de aula: constrangimentos posturais impostos pelo mobiliário escolar. Efdeportes. Revista Digital, 10(85). Buenos Aires.
Noll, M., Candotti, C. T., Vieira, A. (2013). Instrumentos de avaliação da postura dinâmica: aplicabilidade ao ambiente escolar. Fisioter. Mov., 26(1), 203-217. Curitiba.
Picoloto, D., Silveira, E. da. (2008). Prevalência de sintomas osteomusculares e fatores associados em trabalhadores de uma indústria metalúrgica de Canoas – RS. Ciência e Saúde Coletiva, 13(2), 507-516.
Reis, P. F., Reis, D. C. dos., Moro, A. R. P. (2005). Mobiliário escolar: Antropometria e ergonomia da Postura sentada. CESUFOZ/Departamento de Educação Física, Foz do Iguaçú – PR; UFSC/CDS – Laboratório de Biomecânica, Florianópolis – SC. XI Congresso Brasileiro de Biomecânica.
Saleh, K. Al., Ramadan, M. (2011). Are the Criteria for Health and Safety Available in Adjustable Saudi School Furniture?. IBUSINESS, No. 3, 205-212.
Silva, J. B., Silva, R. E. G., Elicker, E., Silva, A. C. (2010). Prevalência de Distúrbios Posturais em Alunos do Ensino Médio do Município de Porto Velho. In Anais da Semana Educa (1(1)).
Silva, K. R., Souza, A. P. de., Minette, L. J., Costa, F. F., Fialho, P. B. (2006). Avaliação antropométrica de trabalhadores em indústrias do polo moveleiro de Ubá, MG. Revista Árvore, 30(4), 613-618.
Silva, M.a T. M. da., Santos, A. P. dos. (2006). Análise descritiva da adequação do mobiliário escolar nas séries iniciais do ensino fundamental.Recuperado em 11 de jinho de 2014, de http://www.ergopro.com.br/artigos/%282%29.pdf
