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Pesquisa Bibliográfica

Simão Toco e o Tocoísmo: - Percurso Religioso e Político do Fundador da Igreja (1918-1974)

Fernando Hélder Panzo Macaia Doutor em História Contemporânea (Universidade de Évora); Professor Auxiliar - ISCED do Uíge (Email: heldermacaiaosanto@hotmail.com)

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Resumo

A comunicação traça o trajecto biográfico de Simão Toco visto pelo prisma da sua acção religiosa, como fundador de uma Igreja sincrética “angolana”, e política, como partidário de uma solução política pós-colonial de natureza “pacifista”. A literatura disponível não tem deixado de dar atenção à biografia de Simão Toco, especialmente até ao seu regresso a Angola, em 1974 (BLANES, 2014; CLÉRIA, 2012; MATUMONA, 2008; KISELA, 2004; HENDERSON, 1990; AGOSTINHO, s/d;). Nela encontramos, todavia, poucos avanços cognitivos que não tenham sido registados na literatura dos anos 1960-70. De um modo geral, para o arco temporal aqui em análise (1918-1974), têm sido definidas, de forma implícita, as seguintes fases biográficas: nascimento e formação nos centros da Igreja Baptista; viagem ao Congo Léopoldville e fundação da Igreja; expulsão do Congo e exílio para os Açores. O critério que vamos adoptar, baseado em literatura recente sobre biografias coloniais (Fonseca, 2018), organiza a biografia de Toco até 1974, em torno da sua experiência Trans-colonial: a 1ª fase angolana, desde o ano de nascimento até 1943; a fase congolesa de 1943 até 1950; a 2ª fase angolana (1950-1963) e a fase da Deportação nos Açores (1963-1974). Para a nossa discussão serão usadas como principais fontes provenientes de três fundos documentais: o do Ministério do Ultramar Português (Arquivo Histórico Diplomático), o da PIDE/DGS Serviços Centrais e Delegação de Luanda, e o dos Serviços de Centralização e Coordenação de Informações de Angola.

Palavras-chave

Simão Toco, Tocoísmo, Igrejas africanas, Nacionalismo religioso.

Referências

a.Arquivo Histórico diplomático

AHD/MU/GM/GNP/0448/06555/SR.20; D. 5.10;

AHD/MU/GM/GNP/RNP: UI013357;

b.Arquivo NacionaL Torre do Tombo (PIDE/DGS e SCCIA)

PIDE/DGS, Delegação de Angola, Sec. 731 NT 962-964;

PIDE/DGS, Delegação de Angola, SCCIA, NT 262

PIDE/DGS, Delegação de Angola, P. Inf. 15.46 NT 2111;

PIDE/DGS, Delegação de Angola, P. Inf. 15.46 A NT 2105;

PIDE/DGS, Serviços Centrais, processos 1825 CI (2) NT 7133-7140;

PIDE/DGS, Serviços Centrais, processos 6462 CI (2) NT 7440;

c.ADN (GCE-MGFA):

REDINHA, J. (31.07.1971). Análise Etnológica dos Mitos e do Messianismo na Subversão em Angola. Lisboa: ADN. GCE-MGFA, Cx. 32.

 

d.Publicações Tocoístas

AGOSTINHO, P. S. (s/d). Simão Gonçalves Toco e os Tocoístas no Mundo (Vol. 1º). Luanda.

e.Outras fontes

ALMEIDA, G. (1948). Congresso Evangélico Missionário da África Ocidental - Diário de Uma Viagem (1946). Edição do Jornal “O Estandarte”, 1-42.

f.Referências

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BALANDIER, G. (1995). Sociologie actuelle de l’Afrique Noire. Paris: Quadrige PUF.

BLANES, R. L. (2009). O que é que se passa no Tabernáculo? – Oração e Espacialização na Igreja Tokoísta Angola. (R. Sociedade, Ed.) (29(2)), pp. 16-133.

BLANES, R. L. (March de 2011). Unstable Biographies. The Ethnography of Memory and Historicity an Angolan Prophetic Movement. (H. a. Anthropology, Ed.) 22(1), pp. 93-119.

BLANES, R. L. (Junho-Julho de 2012). O Tempo dos Inimigos. Reflexões Sobre Uma Antropologia de Repressão no Século XXI. (H. Antropológicos, Ed.) Horizontes Antropológicos, ano 18(37), pp. 261-284.

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GROMIKO, A. (1987). As Religiões da África: Tradicionais e Sincréticas. Moscovo: Edições Progresso.

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SANTOS, E. (1972). Movimentos Proféticos e Mágicos em Angola. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

SMITH, A. D. (1986). The Ethnic Origins of Nations. (O. B. Blackwell, Ed.)


Submetido em:
20/03/2021

Revisado em:
12/04/2021

Aceito em:
16/04/2021

Publicado em:
16/04/2021

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