Aprendizados na implementação de uma avaliação voltada ao empreendedorismo feminino
Vanessa Orban, Caroline Oliveira Neves de Lima
Resumo
Este artigo aborda os desafios na construção de um modelo de avaliação de uma organização do terceiro setor voltada ao empreendedorismo feminino, cujo perfil é de mulheres socioeconomicamente vulneráveis. Selecionamos três indicadores considerados importantes por estarem voltados a mudanças subjetivas (habilidades sociais e pessoais) que diferem da medição da renda e do faturamento, tão comuns no mensuramento de resultados empreendedores. Buscou-se, também, apresentar a experiência de construção de um painel de baixo custo para exposição dos resultados de avaliação, inspirando organizações com recursos escassos a soluções viáveis financeiramente. Além disso, expomos algumas das dificuldades inerentes à coleta de dados junto a este público que exigiu adaptações da equipe de avaliação. Acreditamos que, ao compartilhar o processo de construção desse modelo avaliativo, assim como os ajustes realizados devido a aplicação dele à realidade, esta experiência possa trazer insumos àqueles que desejem aplicar processos avaliativos voltados a este perfil de público.
Palavras-chave
Referências
Armani, Domingos. (2009). Como elaborar Projetos: Guia prático para elaboração e gestão de projetos sociais. Porto Alegre: Tomo Editorial.
Bolton, William. (1997). The university on enterprise development. Paris: Columbus. Brasil. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS. Universidade Federal do Rio
Grande do Sul -UFRGS. (2016) Curso em Conceitos e Instrumentos para o Monitoramento de Programas (Caderno de estudos). Brasília: Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação, Secretaria Nacional de Assistência Social; Centro de Estudos Internacionais sobre o Governo (CEGOV). Recuperado em 26 de março de 2023, de https://aplicacoes.mds.gov.br/sagirmps/ferramentas/docs/CEGOV%20-%202015%20 -%20MDS%20Monitoramento%20Caderno%20de%20Estudos.pdf
Feijó, Edenilson da Silva. (2021). A influência das TICs e Bussiness Inteligence na vantagem competitiva empresarial. Recuperado em 26 de março de 2023, de https://repositorio.ifsc.edu.br/bitstream/ handle/123456789/2323/EDENILSON_TCC_CST_GTI_(VERSAO_FINAL_-_DEFESA)_assinado.pdf?sequence=1
Humbert, Anne, & Brindley, Clare. (2015). Challenging the concept of risk in relation to women’s entrepreneurship. Gender in Management, 30(1), 2-25. http://dx.doi.org/10.1108/GM-10-2013-0120
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. (2010a). Censo Demográfico 2010. Notícias Censo - SIS 2010: Mulheres mais escolarizadas são mães mais tarde e têm menos filhos. Recuperado em 26 de março de 2023, de https://censo2010.ibge.gov.br/index.php
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. (2010b). Estatísticas de Gênero. Tabela - Proporção de famílias com mulheres responsáveis pela família (%). Recuperado em 26 de março de 2023, de https:// www.ibge.gov.br/apps/snig/v1/?loc=0&cat=-15,-16,53,54,55,-17,-18,128&ind=4704
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. (2018). Projeções da População do Brasil e Unidades da Federação por sexo e idade: 2010-2060. Indicadores implícitos na projeção. Recuperado em 26 de março de 2023, de https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9109-projecao-da-populacao.html
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. (2019). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD contínua). Educação 2019. Recuperado em 26 de março de 2023, de https://biblioteca. ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101736_informativo.pdf
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. (2020). IBGE divulga o rendimento domiciliar per capita 2020. Recuperado 6 de outubro de 2023 em: https://ftp.ibge.gov.br/Trabalho_e_Rendimento/ Pesquisa_Nacional_por_Amostra_de_Domicilios_continua/Renda_domiciliar_per_capita/Renda_domiciliar_ per_capita_2020.pdf
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. (2021a). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD contínua). Acesso a internet, internet e a televisão e posse de telefone celular móvel para uso pessoal em 2021. Recuperado em 26 de março de 2023, de https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/ livros/liv101963_informativo.pdf
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. (2021b). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD continua). Características gerais dos moradores 2020-2021. Recuperado em 26 de março de 2023, de https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101957_informativo.pdf
Jannuzzi, Paulo de Martino. (2011). Monitoramento analítico como ferramenta para aprimoramento da gestão de programas sociais. Revista Brasileira de Monitoramento e Avaliação, 1, 36-65.
Jannuzzi, Paulo. (2022). A importância do contexto institucional, político e ideacional na avaliação de políticas públicas. Revista Brasileira de Avaliação, 11(2), e113722. http://dx.doi.org/10.4322/rbaval202211037.
Jonathan, Eva. (2005). Mulheres empreendedoras: Medos, conquista e qualidade de vida. Psicologia em Estudo, 10(3), 373-382. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-73722005000300005.
Lóes, João. (2014). Qual o seu índice de FELICIDADE? Recuperado em 26 de março de 2023, de https:// istoe.com.br/14228_QUAL+O+SEU+INDICE+DE+FELICIDADE+/
Marques, Elisabeth. (2011). Mulheres mais escolarizadas num mercado de trabalho que ainda reproduz o modelo da família tradicional. Seção Mulher e Trabalho. Recuperado em 26 de março de 2023, de https:// revistas.planejamento.rs.gov.br/index.php/mulheretrabalho/article/view/2707/3029
Natividade, Daise (2009). Empreendedorismo feminino no Brasil: políticas públicas sob análise. RAP — Rio de Janeiro, 43(1), 231-256. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-76122009000100011.
Pereira, Bruna Cristina. (2016). Economia dos cuidados: Marco teórico-conceitual. Relatório de Pesquisa. IPEA. Recuperado em 26 de março de 2023, de https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/7412/1/ RP_Economia_2016.pdf
Pereira, Marco, Melo, Claudia, Gameiro, Sofia, & Canavarro, Maria Cristina. (2011). Estudos psicométricos da versão em Português Europeu do índice de qualidade de vida EUROHIS-QOL-8. Laboratório de Psicologia, 9(2), 109-123.
Rubio, G., Prennush, G., & Subbarao, K. (2006). Monitoramento e avaliação. Recuperado em 26 de março de 2023, de http://www.ipardes.gov.br/pdf/cursos_eventos/governanca_2006/gover_2006_03_ monitoramento_avaliacao.pdf
Schumpeter, Joseph. (1997). A teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: Nova Cultura.
Shewhart, Walter A. (1986). Statistical method from the viewpoint of quality control. New York: Dover Publications, Department of Agriculture.
Silva, Marlon Medeiros da, El-Aouar, Walid Abbas, Silva, Arthur William Pereira da, Castro, Ahiram Brunni Cartaxo de & Sousa, Juliana Carvalho de. (2019). A resiliência no empreendedorismo feminino. Revista Eletrônica Gestão & Sociedade, 13(34), 2629-2649.
Soares, Janypher, Kroetz, Marilei, & Conselho Federal de Economia. (2021). A economia reprodutiva: Reflexões sobre a questão de gênero. Recuperado em 26 de março de 2023, de https://www.cofecon.org. br/2021/04/09/artigo-a-economia-reprodutiva-reflexoes-sobre-a-questao-de-genero/
W.K. Kellogg Foundation. (2004). W.K. Kellogg Foundation evaluation handbook. Recuperado em 26 de março de 2023, de https://bja.ojp.gov/sites/g/files/xyckuh186/files/media/document/wk-kelloggfoundation.pdf
Submetido em:
12/03/2023
Aceito em:
28/08/2023