Brazilian Journal of Anesthesiology
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Sedação pós-operatória na unidade de apoio cirúrgico do hospital das clínicas de São Paulo: estudo retrospectivo

Postoperative sedation at hospital das clínicas, São Paulo, postoperative unit: a retrospective study

Fábio Ely Martins Benseñor; Domingos Dias Cicarelli; Joaquim Edson Vieira

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Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A despeito dos benefícios do uso de hipnossedativos em Unidades de Terapia Intensiva pós-operatórias, não existe consenso sobre regime de uso ou quantificação da sedação. Este estudo avaliou o uso de sedativos e seus efeitos sobre o tempo de permanência na unidade pós-operatória do Hospital das Clínicas de São Paulo. MÉTODO: Oitenta e três pacientes que receberam sedação contínua foram estudados quanto aos agentes utilizados e respectivas doses, bem como os seguintes tempos: admissão-início da sedação (T INI), sedação (T SED), término da sedação-extubação (T EXT) e extubação-alta (T ALT). Avaliaram-se ainda a classificação da ASA e o nível da sedação pela escala de Ramsay. Os dados foram submetidos à ANOVA. RESULTADOS: Apenas os pacientes que receberam fentanil foram avaliados (n = 80). Destes, 34 receberam outro sedativo. T INI foi de 123,4 ± 369, T SED de 852,5 ± 1242,3, T EXT de 241,1 ± 156,6 e T ALT de 1433 ± 1734,4 minutos. Não houve diferença quanto à dose de sedativos segundo classificação da ASA (p = 0,11). Contudo, T ALT foi maior nos pacientes mais graves (p < 0,001). Pressão diastólica e Ramsay elevaram-se durante o decorrer da sedação (p < 0,001 e 0,028, respectivamente). CONCLUSÕES: O fentanil, complementado ou não por outros agentes, mostrou-se adequado quanto à qualidade da sedação e estabilidade hemodinâmica em terapia intensiva pós-operatória.

Palavras-chave

ANALGÉSICOS, ANALGÉSICOS, SEDAÇÃO, TERAPIA INTENSIVA

Abstract

BACKGROUND AND OBJECTIVES: Despite the established benefits of sedatives in postoperative ICUs, there is no agreement on the optimal sedative regimen or the best way to evaluate sedation depth. This retrospective study aimed at evaluating sedative approaches and their effects on ICU stay in our Hospital. METHODS: Eighty-three continuously sedated patients were studied according to agent and doses used at the following moments: admission-start sedation (T INI), sedation (T SED), end of sedation-extubation (T EXT) and extubation-discharge (T DIS). In addition, ASA physical status and level of sedation according to Ramsay's score were registered. Data were submitted to ANOVA. RESULTS: Only patients receiving fentanyl were evaluated (N=80). From these, 34 have received another sedative. T INI was 123.4 ± 369, T SED was 852.5 ± 1242.3, T EXT was 241.1 ± 156.6 and T DIS was 1433 ± 1734.4 minutes. There were no differences on sedation doses versus ASA status (p = 0.11). Nevertheless, T DIS was higher in more critically ill patients (p < 0.001). Diastolic pressure and Ramsay score increased during sedation (p < 0.001 and 0.028, respectively). CONCLUSIONS: Fentanyl, complemented or not by other agents, was adequate for sedation and hemodynamic stability during postoperative intensive care.

Keywords

ANALGESICS, ANALGESICS, INTENSIVE CARE, SEDATION

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