Aiming to evaluate the performance of different clones of Pêra sweet orange (Citrus sinensis Osbeck cv. Pêra) constituting Paraná’s orchards, in relation to different pathogens, leading to the installation of an experimental orchard in northern region. This study evaluated clones performance of Pêra Vacinada and Pêra Bianchi sweet oranges, in relation to the citrus tristeza, by analyzing the disease symptomatology. The stability of Citrus tristeza virus (CTV) mild and protective isolate present in these plants were studied over the years of the experiment using the SSCP (Single strand conformation polymorphism) technique. The tristeza symptoms were assessed by vegetative growth and stem pitting intensity in the trunks and branches. The molecular characterization by SSCP analysis, dsRNA (double-stranded RNA), was used to reverse transcription and CP (coat protein gene) by polymerase amplification chain reaction (PCR) and then subjected to electrophoresis on polyacrylamide gel. The tristeza symptoms assessment indicated that the clones did not differ in the intensity of stem pitting, size and canopy volume. Grades in stem pitting attributed to the trunks and branches ranged 0-2, indicating a severity of weak to moderate reaction in plants. For SSCP analysis, no difference was observed among cultivars, suggesting that mild isolates presence allowed normal plants development. There was a complex pattern of bands in all isolates, generating four to eight bands in the electrophoretic profiles, suggesting the presence of two to four haplotypes composing CTV isolates, some differing only by the absence of an intermediate band, which cannot have been transferred by propagation grafting. However, SSCP isolates clones patterns from Pêra Vacinada and Pêra Bianchi were not identical to any severe controls. The results suggested that the protective isolates which were inoculated in pre-immunization (IAC Pêra) and established by natural infection of the virus (Pêra Bianchi) contributed to plants good performance assessed by tristeza symptomatology and by SSCP analysis, showed stability of protective isolates in Pêra sweet orange, which has been maintained over years of experiment.

A necessidade de avaliar o desempenho de diferentes clones de laranja Pêra (Citrus sinensis Osbeck cv. Pêra) que constituem os pomares paranaenses, em relação a vários patógenos, levou a instalação de um pomar experimental na região Norte do Estado. Este estudo visou verificar o desempenho de clones de laranja Pêra Vacinada e Pêra Bianchi, em relação à tristeza dos citros, por meio da análise sintomatológica. A estabilidade do isolado fraco protetivo do vírus da tristeza dos citros (Citrus tristeza virus, CTV), presente nessas plantas, foi estudado ao longo dos anos do experimento, por meio da técnica de SSCP (Single strand conformation polymorphism). A sintomatologia da tristeza foi avaliada através do desenvolvimento vegetativo e intensidade de caneluras apresentada pelas plantas. Para a caracterização molecular, através da análise SSCP, o dsRNA (RNA de fita dupla), foi utilizado para a transcrição reversa e amplificação do CP (gene da capa protéica) pela reação da polimerase em cadeia (PCR) e então submetidos à eletroforese em gel de poliacrilamida. A avaliação da sintomatologia da tristeza indicou que os clones não diferiram na intensidade de caneluras, tamanho e volume de copa. Notas de caneluras atribuídas aos troncos e ramos variaram de 0 a 2, indicando uma reação de severidade do isolado nas plantas de fraca a moderada. Pela análise por SSCP, nenhuma diferença foi observada entre as cultivares, sugerindo que a presença de isolados fracos possibilitou o desenvolvimento normal das plantas. Verificou-se um complexo padrão de bandas em todos os isolados, gerando de quatro a oito bandas nos perfis eletroforéticos, sugerindo a presença de dois a quarto haplótipos compondo os isolados de CTV, alguns diferindo somente pela ausência de uma banda intermediária, a qual pode não ter sido transferida pela enxertia na propagação. No entanto, os padrões de SSCP dos isolados dos clones de Pêra Vacinada e Bianchi não foram iguais a quaisquer dos controles severos. Os resultados sugeriram que os isolados protetivos inoculados na pré-imunização (Pêra IAC) e estabelecidos por infecção natural (Pêra Bianchi) contribuíram para o bom desempenho das plantas avaliadas em relação à sintomatologia da tristeza, e a análise molecular por SSCP apontou para uma estabilidade dos isolados protetivos em laranja Pêra, a qual tem sido mantida ao longo dos anos no experimento.