Revista Ação Ergonômica
https://app.periodikos.com.br/journal/abergo/article/doi/10.4322/rae.v18n2.e202411
Revista Ação Ergonômica
Artigo de Pesquisa

MELHORIAS HABITACIONAIS E ERGONOMIA COMUNITÁRIA: ANÁLISE DE MORADIAS AUTOCONSTRUÍDAS NO BAIRRO ALTO DO CÉU

HOUSING IMPROVEMENTS AND COMMUNITY ERGONOMICS: ANALYSIS OF SELF-BUILT HOUSING IN BAIRRO ALTO DO CÉU

MEJORA DE LA VIVIENDA Y ERGONOMÍA COMUNITARIA: ANÁLISIS DE LA VIVIENDA AUTOCONSTRUIDA EN EL BARRIO ALTO DO CÉU

Mayk Ravandiere Souza de Morais, Maria Christine Werba Saldanha

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Resumo

Este estudo analisa moradias autoconstruídas, destacando a importância da ergonomia comunitária e da participação ativa dos moradores para a melhoria das construções. A pesquisa utilizou métodos exploratório-descritivo. A pesquisa envolveu nove residências autoconstruídas localizadas no mesmo bairro, entre 2022 e 2024. Para o levantamento dos dados foram utilizados métodos observacionais, interacionais e análise documentais. Foram elaboradas as plantas baixas das residências, observações e registros fotográficos para analisar as características arquitetônicas, as dimensões dos espaços e a disposição dos ambientes. As ações conversacionais com os moradores, tiveram como objetivo compreender o processo de construção e suas percepções sobre o conforto e funcionalidade das suas residências. Identificou-se que muitas construções não seguem normas técnicas mínimas, resultando em problemas como falta de ventilação e iluminação natural, afetando a saúde dos moradores. A análise ergonômica revelou barreiras significativas como falta de conhecimento técnico e recursos financeiros. Os resultados enfatizam a necessidade de comunicação eficaz para otimizar o conhecimento dos moradores sobre melhorias possíveis. Conclui-se que a ergonomia comunitária pode ser uma ferramenta poderosa para criar ambientes mais saudáveis, seguros e confortáveis.

Palavras-chave

Ergonomia Comunitária, Moradias Autoconstruídas, Participação Comunitária, Melhorias Habitacionais.

Abstract

This study analyzes self-built homes, highlighting the importance of community ergonomics and the active participation of residents in improving construction quality. The research employed exploratory-descriptive methods and involved nine self-built residences located in the same neighborhood between 2022 and 2024. Data collection methods included observational techniques, interactive approaches, and document analysis. Floor plans of the residences were developed, along with observations and photographic records to analyze architectural features, space dimensions, and room layouts. Conversational actions with the residents aimed to understand the construction process and their perceptions of the comfort and functionality of their homes. It was found that many constructions do not meet minimum technical standards, resulting in issues such as inadequate ventilation and natural lighting, which affect residents' health. The ergonomic analysis revealed significant barriers, such as a lack of technical knowledge and financial resources. The results underscore the need for effective communication to enhance residents' understanding of potential improvements. It is concluded that community ergonomics can be a powerful tool for creating healthier, safer, and more comfortable environments.

Translated version DOI: https://doi.org/10.4322/rae.v18n2.e202411.en

Keywords

Community Ergonomics, Self-built Housing, Community Participation, Housing Improvements.

Resumen

Este estudio analiza la vivienda autoconstruida, destacando la importancia de la ergonomía comunitaria y la participación activa de los residentes para la mejora de las construcciones. La investigación utilizó métodos exploratorio-descriptivos. La investigación involucró nueve residencias de construcción propia ubicadas en el mismo barrio, entre 2022 y 2024. Para la recolección de datos se utilizaron métodos observacionales, interaccionales y de análisis documental. Se elaboraron los planos de las residencias, observaciones y registros fotográficos para analizar las características arquitectónicas, las dimensiones de los espacios y la disposición de los ambientes. Las acciones conversacionales con los residentes tuvieron como objetivo comprender el proceso de construcción y sus percepciones sobre el confort y la funcionalidad de sus viviendas. Se identificó que muchos edificios no siguen las normas técnicas mínimas, lo que genera problemas como la falta de ventilación e iluminación natural, afectando la salud de los residentes. El análisis ergonómico reveló barreras significativas, como la falta de conocimientos técnicos y recursos financieros. Los resultados enfatizan la necesidad de una comunicación efectiva para optimizar el conocimiento de los residentes sobre las posibles mejoras. Se concluye que la ergonomía comunitaria puede ser una herramienta poderosa para crear ambientes más saludables, seguros y confortables.

DOI de la versión traducida: https://doi.org/10.4322/rae.v18n2.e202411.es

Palabras clave

Ergonomía Comunitaria, Vivienda de Autoconstrucción, Participación Comunitaria, Mejoras Habitacionales.

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