UM GRANDE DESAFIO PARA OS ERGONOMISTAS: PRIMUM NON NOCERE
A GREAT CHALLENGE FOR ERGONOMISTS: PRIMUM NON NOCERE
UN GRAN DESAFÍO PARA LOS ERGONOMISTAS: PRIMUM NON NOCERE
Leda Leal Ferreira
Resumo
Nesse ensaio, apresenta-se a Ergonomia como a única disciplina, entre as tantas que se ocupam do trabalho, que tem como tema central a atividade do trabalhador em situação de trabalho, ou seja, o que o trabalhador faz para dar conta de suas tarefas. Cabe ao ergonomista compreender o que, onde, como, com que, com quem, quando, quanto e porque o trabalhador faz, para, em seguida, compreender o que esse fazer faz com ele. A complexidade dessa tarefa leva à comparação entre o trabalho do ergonomista e o do médico. Finalmente e considerando-se a difícil situação para os trabalhadores no mundo todo, sugere-se que também o ergonomista siga o princípio hipocrático de “antes de tudo, não prejudicar”, o famoso primum non nocere, conhecido dos médicos.
Palavras-chave
Abstract
This essay presents Ergonomics as the only discipline, among the many that deal with work, whose central theme is the activity of the worker in a work situation - in other words, what the worker does to fulfill their tasks, their doing. It is up to the ergonomist to understand what, where, how, with what, with whom, when, how much and why the worker does it, to then understand what this doing does to them. The complexity of such task leads to a comparison between the work of the ergonomist and that of the doctor. Finally, and considering the difficult situation for workers all over the world, it is suggested that ergonomists, when doing their task, should also follow the Hippocratic principle of " first do no harm ", the famous primum non nocere , known to doctors .
Translated version DOI: https://doi.org/10.4322/rae.v18n2.e202403.en
Keywords
Resumen
En este ensayo se presenta la Ergonomía como la única disciplina, entre las muchas que se ocupan del trabajo, que tiene como tema central la actividad del trabajador en una situación de trabajo, es decir, lo que hace el trabajador para realizar sus tareas. Corresponde al ergonomista comprender qué, dónde, cómo, con qué, con quién, cuándo, cuánto y por qué hace el trabajador, y luego comprender qué le produce este hacer. La complejidad de esta tarea lleva a comparar el trabajo de un ergonomista y el de un médico. Finalmente, y considerando la difícil situación de los trabajadores en todo el mundo, se sugiere que el ergonomista siga también el principio hipocrático de “ante todo, no hacer daño”, el famoso primum non nocere , conocido por los médicos.
DOI de la versión traducida: https://doi.org/10.4322/rae.v18n2.e202403.es
Palabras clave
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