Revista Ação Ergonômica
https://app.periodikos.com.br/journal/abergo/article/doi/10.4322/rae.v18n2.e202401
Revista Ação Ergonômica
Tradução

LE TRAVAIL EN TANT QU’ACTIVITE DE RECUPERATION (TRABALHO COMO ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO)

WORK AS A RECOVERY ACTIVITY

TRABAJO COMO ACTIVIDAD DE RECUPERACIÓN

Gustavo Murta Ferreira Duca, Francisco de Paula Antunes Lima

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Resumo

A atividade de recuperação é definida como o trabalho necessário para restabelecer a normalidade diante de falhas, desajustes ou perturbações no processo. A recuperação não se limita a reparos, mas inclui ajustes e regulações para manter o funcionamento adequado do sistema. Este artigo explora a atividade de recuperação no contexto do trabalho, uma resposta a desvios e disfunções contínuos, muitas vezes causados por automação inadequada e degradação dos equipamentos. É exemplificado como a automação pode criar necessidades inesperadas de recuperação e como a deterioração das máquinas exige esforços contínuos dos trabalhadores frente às condições variáveis e, muitas vezes, disfuncionais do ambiente de trabalho. A análise inclui também a carga mental associada à recuperação, como a ansiedade gerada pela incerteza na identificação e resolução de falhas e a sobrecarga causada por incidentes não resolvidos. A racionalização cientifica do trabalho tende a negligenciar a importância da recuperação, transformando a atividade em algo mais maquinal. A recuperação é colocada no centro do trabalho humano, com a proposição de que a máquina deve lidar com a produção, enquanto o homem se encarrega da recuperação. O artigo sugere que as atividades de produção são aprendidas, enquanto as atividades de recuperação são adquiridas através da experiência. A análise psicológica do trabalho deve, portanto, incluir uma consideração detalhada das atividades de recuperação para compreender completamente a experiência do trabalhador e a eficácia das práticas. Assim, destaca-se que a recuperação não é apenas uma função técnica, mas também um aspecto fundamental da experiência e do trabalho.

Palavras-chave

Recuperação, Análise da Atividade, Carga de Trabalho.

Abstract

Recovery activity is defined as the work necessary to reestablish normality in the face of failures, mismatches or disturbances in the process. Recovery is not limited to repairs, but includes adjustments and adjustments to keep the system functioning properly. This article explores recovery activity in the context of work, a response to ongoing deviations and dysfunctions, often caused by inadequate automation and equipment degradation. It exemplifies how automation can create unexpected recovery needs and how the deterioration of machines requires continuous efforts from workers in the face of variable and often dysfunctional working environment conditions. The analysis also includes the mental load associated with recovery, such as the anxiety generated by uncertainty in identifying and resolving failures and the overload caused by unresolved incidents. The scientific rationalization of work tends to neglect the importance of recovery, transforming the activity into something more mechanical. Recovery is placed at the center of human work, with the proposition that the machine should handle production, while humans take charge of recovery. The article suggests that production activities are learned, while recovery activities are acquired through experience. Psychological work analysis must therefore include a detailed consideration of recovery activities to fully understand the worker's experience and the effectiveness of the practices. Thus, it is highlighted that recovery is not only a technical function, but also a fundamental aspect of experience and work.

Translated version DOI: https://doi.org/10.4322/rae.v18n2.e202401.en

Keywords

Recovery, Activity Analysis, Workload.

Resumen

La actividad de recuperación se define como el trabajo necesario para restablecer la normalidad ante fallas, desajustes o perturbaciones en el proceso. La recuperación no se limita a reparaciones, sino que incluye ajustes y ajustes para mantener el sistema funcionando correctamente. Este artículo explora la actividad de recuperación en el contexto del trabajo, una respuesta a desviaciones y disfunciones continuas, a menudo causadas por una automatización inadecuada y la degradación de los equipos. Ejemplifica cómo la automatización puede crear necesidades de recuperación inesperadas y cómo el deterioro de las máquinas requiere esfuerzos continuos por parte de los trabajadores frente a condiciones ambientales de trabajo variables y a menudo disfuncionales. El análisis también incluye la carga mental asociada a la recuperación, como la ansiedad que genera la incertidumbre a la hora de identificar y resolver fallos y la sobrecarga provocada por incidentes no resueltos. La racionalización científica del trabajo tiende a descuidar la importancia de la recuperación, transformando la actividad en algo más mecánico. La recuperación se sitúa en el centro del trabajo humano, con la propuesta de que la máquina debe encargarse de la producción, mientras que los humanos se hacen cargo de la recuperación. El artículo sugiere que las actividades de producción se aprenden, mientras que las actividades de recuperación se adquieren a través de la experiencia. Por lo tanto, el análisis psicológico del trabajo debe incluir una consideración detallada de las actividades de recuperación para comprender plenamente la experiencia del trabajador y la eficacia de las prácticas. Así, se destaca que la recuperación no es sólo una función técnica, sino también un aspecto fundamental de la experiencia y el trabajo.

DOI de la versión traducida: https://doi.org/10.4322/rae.v18n2.e202401.es

Palabras clave

Recuperación, Análisis de Actividad, Carga de Trabajo.

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