ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO: O CASO DE UMA INSTITUIÇÃO FEDERAL DE ENSINO SUPERIOR - CONTRASTE ENTRE O TRABALHO PRESENCIAL E O REMOTO
ERGONOMIC WORK ANALYSIS: THE CASE OF A FEDERAL HIGHER EDUCATION INSTITUTION - CONTRAST BETWEEN PRESENTIAL AND REMOTE WORK
ANÁLISIS ERGONÓMICO DEL TRABAJO: EL CASO DE UNA INSTITUCIÓN FEDERAL DE EDUCACIÓN SUPERIOR - CONTRASTE ENTRE EL TRABAJO PRESENCIAL Y REMOTO
Rodrigo Carvalho Andrade, Luiz Antônio Tonin
Resumo
Este artigo abordou, através da perspectiva da ergonomia, um estudo de caso para avaliação das condições ergonômicas dos postos de trabalho de uma unidade administrativa de uma Instituição Federal de Ensino Superior que está em teletrabalho parcial, bem como, dos escritórios pessoais (“home-offices”) de seus servidores, focando não apenas nas condições físicas da unidade e da execução das atividades, mas também nos aspectos cognitivos e organizacionais que envolvem essa dinâmica laboral, considerando o contraste entre o trabalho presencial e o remoto. O artigo apresenta um breve referencial teórico sobre o assunto, ressaltando-se a crescente importância da discussão das modalidades de trabalho presencial e remoto, em termos da metodologia, sendo um estudo de caso exploratório, foram aplicados questionários, entrevistas e observações em situação real. Os resultados obtidos indicaram que os aspectos físico-ambientais necessitam de atenção, a sobrecarga de trabalho foi ressaltada em especial na modalidade presencial, as queixas coletadas (estresse, tensão, ansiedade e falta de autonomia) foram diretamente associadas ao trabalho presencial na instituição. Ao final deste trabalho são apresentadas recomendações para a situação de trabalho e as limitações do estudo.
Palavras-chave
Abstract
This paper addressed, through the perspective of ergonomics, a case study to evaluate the ergonomic conditions of the workstations of an administrative unit of an Federal Institution of Higher Education that is partially engaged in teleworking, as well as the personal offices (“home-offices”) of its employees. The focus was not only on the physical conditions of the unit and the execution of activities but also on the cognitive and organizational aspects involved in this work dynamic, considering the contrast between in-person and remote work. The paper presents a brief theoretical reference on the subject, highlighting the growing importance of discussing in-person and remote work modalities, in terms of methodology, it is an exploratory case study, were questionnaires, interviews and observations in a real situation were applied. The obtained results indicated that light attention is needed on physical-environmental aspects, and work overload was particularly emphasized in the in-person modality. The collected complaints (stress, tension, anxiety, and lack of autonomy) were directly associated with in-person work at the institution. At the end of this work, there are recommendations for the work situation, and the study's limitations are discussed.
Translated version DOI: https://doi.org/10.4322/rae.v17e202314.en
Keywords
Resumen
Este artículo abordó, desde la perspectiva de la ergonomía, un estudio de caso para evaluar las condiciones ergonómicas de los puestos de trabajo de una unidad administrativa de una Institución Federal de Educación Superior que se encuentra en teletrabajo parcial, así como las oficinas personales ("home-office") de sus empleados, enfocándose no solo en las condiciones físicas de la unidad y la ejecución de actividades, sino también en los aspectos cognitivos y organizacionales que involucran esta dinámica de trabajo, considerando el contraste entre el trabajo presencial y el remoto. El artículo presenta un breve marco teórico sobre el tema, enfatizando la creciente importancia de la discusión de las modalidades de trabajo presencial y remoto, en términos de metodología, al ser un estudio de caso exploratorio, se aplicaron cuestionarios, entrevistas y observaciones en situaciones reales. Los resultados obtenidos indicaron que los aspectos físico-ambientales necesitan atención, se destacó la sobrecarga de trabajo especialmente en la modalidad presencial, las quejas recogidas (estrés, tensión, ansiedad y falta de autonomía) se asociaron directamente con el trabajo presencial en la institución. Al final de este estudio, se presentan recomendaciones para la situación laboral y las limitaciones del estudio.
DOI de la versión traducida: https://doi.org/10.4322/rae.v17e202314.es
Palabras clave
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