Revista Ação Ergonômica
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Revista Ação Ergonômica
Artigo de Pesquisa

A UTILIZAÇÃO DA ERGONOMIA NA CONCEPÇÃO DE NOVOS PRODUTOS – POR UMA ESTRATÉGIA DE MARKETING NA AÇÃO ERGONÔMICA

N/A

Marcello Silva e Santos, Francine Pamponet Pereira

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Resumo

Esse artigo, fruto de um projeto de iniciação científica, partiu de uma indagação: até que ponto as pessoas reconhecem a ergonomia como uma disciplina fundamental para o desenvolvimento e aprimoramento de produtos. Segundo Dul (2012), os profissionais de ergonomia tem sido coniventes com uma prática – proposital ou não – de isolar-se a Ergonomia como partícipe da melhoria de produtos existentes e do desenvolvimento e projeto de novos produtos. Segundo o autor, a não- comunicação da contribuição da Ergonomia no desenvolvimento de conceitos e ideias que são incorporadas aos produtos, fazem desaparecer a importância da Ergonomia do contexto de criação dos mesmos. Por exemplo, o desenvolvimento do aplicativo “Swype”, que permite que as palavras sejam escritas com o deslizar do dedo sobre a tela de um dispositivo digital é exemplo de participação de ergonomistas, que sempre visaram uma solução para o incômodo processo de digitação de mensagens de textos em pequenas superfícies. Situações equivalentes são encontradas no histórico de evolução na indústria automotiva. A iluminação gradativa dos painéis, a eliminação de adornos cromados na linha de visão do motorista e o aumento da amplitude de regulagem dos assentos são exemplos de avanços surgidos na esteira da evolução da ergonomia como disciplina e prática de suporte ao projeto de produtos. Enfim, esse artigo busca encontrar respostas para justificar esse distanciamento entre a Ergonomia e a percepção pelo mercado de seus resultados práticos, ao menos via uma reflexão.

Abstract

This paper aims to address an uncomfortable situation involving the professional practice of ergonomists. It seems the general public, companies and even ergonomics professionals do not place adequate value to the real benefits of the discipline. As a consequence, this prevents Ergonomics from progressing as a major area of interest in terms of both technical and academic aspects. In fact, there are only a few countries today, after almost 60 years of scientific evolution in the field, where Ergonomics is an undergraduate course, not only a specialization degree. When studying the development of some products, like cell phones, one can easily see features clearly designed under ergonomics concepts and principles. The “SWYPE” functionality, for instance, solves a long term challenge posed by repetitive motion distress when texting a message, especially harmful in a small surface. Similar advancements are seen in the automotive industry. Dimming lights, elimination of glazing chrome accessories in dashboards, multiple adjustments in seats are just a few examples of features that added comfort and safety in the wake of ergonomic design contributions to society. Thus, this paper proposes an overall reflection over facts and reasons for the lack of importance placed by other and self-constriction and lenience adopted by ergonomists worldwide.

Keywords

Ergonomic Design, Marketing, Product Design
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R. Ação Ergon.

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