Revista de Economia e Sociologia Rural
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Revista de Economia e Sociologia Rural
Artigo original

POR QUE O PRODUTOR DE ALHO NÃO FOI O MAIOR BENEFICIADO COM O IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO?

Celso Leonardo Weydmann

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Resumo

Este trabalho analisa como se estabelecem a concorrência, os preços e as margens no setor atacadista-importador de alho, bem · como os critérios do governo para taxar as exportações chinesas. Mediantes conceitos da teoria da contestabilidade, verificou-se a possibilidade da existência de liberdade para entrada e saída dos atacadistas nesse mercado. A formação das margens de comercialização revelou-se um processo transparente. Essas indicações revelam um mercado contestável. As margens no atacado, em relação aos preços do produtor catarinense, foram menores no período em que não houve sobretaxa às importações chinesas. Isto foi devido, possivelmente, à entrada de concorrentes potenciais, atraídos pelos altos lucros na importação de alho chinês. Com o imposto, por outro lado, as margens do atacado se elevaram sem a contrapartida de aumento proporcional dos preços ao produtor. A conclusão é que a taxação das importações beneficiou o setor atacadista, pela redução da contestabilidade no mercado. 

Palavras-chave

alho, margens de comercialização, mercado contestável, dumping.

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