A modernização da agricultura brasileira-intensificada na década 1960, no âmbito de programas desenvolvimentistas - trouxe como necessidade a reestruturação da base técnico-científica e a implantação de programas especiais, com destaque para criação dos serviços de extensão rural e para o preparo e treinamento de pessoal qualificado. Isso fez crescer a necessidade de cooperação das escolas agrícolas de níveis médio e superior, com a instalação de Centros de Treinamento de Pessoal para a extensão rural. Um exemplo dessa colaboração foi a criação na Universidade Rural do Estado de Minas Gerais (UREMG), do Curso Regular de extensão rural, a partir do qual emergiu a disciplina extensão rural no currículo mínimo dos cursos de graduação. Ao envolver, em uma mesma perspectiva, aspectos internos de sua prática pedagógica - dimensão técnica - e a identificação de pontos de referência e interferência estabelecidos por fatores externos e esta prática dimensão sócio-político-, este trabalho apresenta a trajetória do ensino de extensão rural no currículo dos cursos de ciências agrárias. Entre as conclusões sobre a prática dessa disciplina, constatou-se que o seu ensino foi instituído na Universidade Federal de Viçosa como conseqüência de um projeto, segundo o qual a formação de profissionais constituía um dos quesitos para o desenvolvimento econômico-social, sendo que sua legitimação aconteceu associada a variáveis externas, destacando-se a própria prática extensionista no Brasil. Ficou evidente, no entanto, que o ambiente acadêmico da Universidade Federal de Viçosa, no qual a vivência de experiências de extensão foi/é constante e esteve/está associada à sua tradição/opção pela área agrária, em muito contribuiu para que este ensino firmasse como prática acadêmica.