A 'Ata para a Integração Brasileiro-Argentina' assinada em Buenos Aires, a 29 /07/86, abre novos rumos para a Integração Latino-Americana. Os países em desenvolvimento, premidos pelo sistema de comércio internacional vigente e pela dívida insuportável, acumulada principalmente durante o 2. choque do petróleo e, posteriormente, pelos juros extorsivos, cobrados pelos países do primeiro mundo sentem a necessidade de se unirem em defesa de seus interesses. A abertura democrática permitiu que esse processo se acelerasse. Anesar dos aspectos positivos da integração é preciso lembrar que é um processo que se desenvolve a longo prazo. Porém, a curto prazo, é preciso adotar ações de política para evitar distorções. No caso específico de Brasil-Argentina, é preciso um cuidado especial para coibir crises setoriais no meio rural e na agroindústria, na região sul do País, tendo em vista que as condições climáticas se assemelham e os produtos são competitivos, levando a Argentina a vantagem comparativa. Há receios de que, face a euforia do Plano Cruzado, da crise de abastecimento e da preocupação com o centro-norte do País, as medidas tomadas ignorem certas conseqüências de médio e longo prazo. É preciso aproveitar a experiência de integração do Mercado Comum Europeu para proteger o setor primário.