O presente artigo aborda os objetivos de se implantar a governança corporativa nas empresas familiares. Muitas famílias empresárias optam pela constituição de uma empresa holding, que desponta como uma alternativa para aquelas que através dos anos acumularam um considerável patrimônio, e almejam se resguardar dos riscos de sobrevivência e custos elevados de uma sucessão. Convém ressaltar que na maioria das vezes a gestão se concentra nos patriarcas fundadores, e desta forma a empresa fica envolta dos valores advindos de geração a geração, buscando garantir a continuidade dos negócios da família. Contudo, se a sociedade não se inserir na prática de uma governança, com o foco de capacitar seus sócios e acionistas, sucessores ou não, ainda que possua expressiva participação na economia e na sociedade, pode não sobreviver às implicações decorrentes de conflitos familiares e ameaças externas. A implementação da governança de forma eficaz se baseia nos fundamentos de transparência, compromisso, confiança e respeito entre as partes envolvidas indireta e diretamente com a organização. Herdeiros, familiares e acionistas devem seguir os princípios de igualdade, de responsabilidade social e corporativa, e prestar contas, tantos em assuntos relacionados com a empresa, quanto familiares. Para auxiliar na gestão da empresa e sua relação mútua com a família, existem órgãos que colaboram com a adequada prática nas empresas familiares da governança corporativa.