Brazilian Journal of Anesthesiology
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Special Article

Avaliação do nível de estresse do anestesiologista da cooperativa de anestesiologia de Sergipe

Assessment of the stress level of anesthesiologists of the Sergipe anesthesiologists cooperative

Austeclínio Newton Marinho Andrade; Marco Antônio Costa de Albuquerque; Aley Newton Marinho Andrade

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Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Avaliar o impacto que o estresse gera na saúde ocupacional dos anestesiologistas de Sergipe e propor soluções para melhorar as condições de trabalho, qualidade do serviço realizado e qualidade de vida. MÉTODO: Aplicaram-se o questionário WHOQOL-BREF, a definição do tamanho da amostra pelo método de Barbetta e as comparações entre grupos pelos testes t Student e Análise de Variância, considerando-se significativos valores de p < 5%. RESULTADOS: A pesquisa apresentou que a carga horária média semanal de trabalho é de 61,33 horas. Na análise subjetiva sobre a qualidade de vida, 53,1% dos entrevistados apresentam avaliação negativa ou não estabelecida. No item "lazer", 61,2% responderam que tem pouca ou nenhuma oportunidade, demonstrando consonância com a avaliação de satisfação pessoal e de trabalho. A faixa etária entre 41 e 52 anos foi a que apresentou escores melhores. Não houve diferença significativa com relação a gênero e dias de trabalho semanais. O domínio geral apresentou escores inferiores ao dos demais em todas as variáveis analisadas. CONCLUSÕES: A carga horária excessiva contribui para uma autoavaliação negativa sobre qualidade de vida, além de dificultar o acesso a lazer. A implementação de política de qualidade nas instituições de trabalho, bem como uma reavaliação pessoal em busca de inovação, reciclagem profissional, alternativas de lazer e motivação, são fatores que poderão contribuir para a melhora da qualidade de vida e de trabalho desses profissionais.

Palavras-chave

ANESTESIOLOGIA, ANESTESIOLOGISTAS

Abstract

BACKGROUND AND OBJECTIVE: To assess the impact caused by stress on occupational health of anesthesiologists in Sergipe and to propose solutions to improve work conditions, quality of the service provided, and quality of life. METHODS: WHOQOL-BREF questionnaire was applied; the sample size was determined by the Barbetta method; and Student t test and Analysis of Variance were used for intergroup comparisons, considering significant a p < 5%. RESULTS: This study demonstrated that the mean weekly working hours is 61.33 hours. In the subjective analysis of quality of life, 53.1% of the respondents had a negative or non-established evaluation. On the item "leisure activities", 61.2% answered they have very few opportunities or none at all, demonstrating agreement with personal satisfaction and working assessment. The age group of 41 to 52 years old had the best scores. A significant difference regarding gender and number of working days/week was not observed. The general domain had lower scores than the others in all variables analyzed. CONCLUSIONS: Excessive working load contributed to a negative self-evaluation on quality of life, besides hindering access to leisure activities. The implementation of a quality policy in work institutions, as well as a personal reevaluation in search of innovation, professional recycling, leisure alternatives, and motivation are factors that can contribute to improve the quality of life and work of these professionals.

Keywords

Anesthesiology, Quality of Life, Stress, Occupational Health

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