Brazilian Journal of Anesthesiology
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Enfisema subcutâneo pós-amigdalectomia: relato de caso

Subcutaneous emphysema after tonsillectomy: case report

Walter Luiz Ferreira Lima; Nivaldo Simões Correa; José Luiz de Campos; Paulo Moraes Navarro; Luciano de Oliveira Correia

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Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A amigdalectomia é considerada um procedimento relativamente seguro. O objetivo deste relato foi mostrar uma complicação rara desta cirurgia, o enfisema subcutâneo. RELATO DO CASO: Paciente do sexo masculino, 25 anos, com amigdalite recorrente e hipertrofia de cornetos. Foi submetido a amigdalectomia e turbinectomia sob anestesia geral com intubação orotraqueal. A operação transcorreu sem intercorrências. Na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) o paciente agitou-se, apresentando grande esforço físico. Quatro horas após a cirurgia, notou-se edema crepitante e depressível no pescoço e na região parotídea esquerda, característico de enfisema subcutâneo. A tomografia computadorizada mostrou a existência de ar nas regiões malar e cervical (principalmente à esquerda), atingindo até o mediastino superior. Não houve obstrução das vias aéreas e o estado geral do paciente permaneceu estável. Teve alta hospitalar no dia seguinte e foi acompanhado no ambulatório. O enfisema regrediu totalmente após 10 dias. CONCLUSÕES: O enfisema subcutâneo é uma complicação rara da amigdalectomia, ocorrendo quase sempre após dissecções profundas da mucosa faríngea, quando se cria interface porosa que proporciona a entrada do ar. O aumento da pressão nas vias aéreas superiores pode contribuir para o problema.

Palavras-chave

CIRURGIA, COMPLICAÇÕES

Abstract

BACKGROUND AND OBJECTIVES: Tonsillectomy is considered a relatively safe procedure. This report aimed at describing an uncommon complication of this surgical procedure: subcutaneous emphysema. CASE REPORT: Male patient, 25 years old, admitted for recurrent tonsillitis and hypertrophic nasal turbinates. Tonsillectomy and nasal cauterization were performed under general anesthesia with tracheal intubation. Surgery was uneventful. At post-anesthetic recovery unit (PACU), patient was agitated and performing major physical effort. Four hours after surgery, gross and crepitus swelling of neck and left parotid region, typical of subcutaneous emphysema, was noted. CT scan has revealed free air in the malar and cervical regions (especially to the left), reaching upper mediastinum. There was no airway obstruction and his general condition was stable. Patient was discharged one day after and was followed on ambulatory basis. Emphysema was no longer clinically evident 10 days after. CONCLUSIONS: Subcutaneous emphysema is an uncommon complication of tonsillectomy, appearing almost ever after deeper dissections of the pharyngeal mucosa, when a porous surface is created, thus providing a route for the entry of air. Increased upper airway pressure may contribute to this injury.

Keywords

COMPLICATIONS, SURGERY

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