Brazilian Journal of Anesthesiology
https://app.periodikos.com.br/journal/rba/article/doi/10.1016/j.bjane.2017.04.004
Brazilian Journal of Anesthesiology
Letter to the Editor

Atelectasis in postoperative bariatric surgery: how many understand them?

Atelectasia no pós-operatório de cirurgia bariátrica: quantos a entendem?

Luiz Alberto Forgiarini Junior ; Antonio M. Esquinas

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Abstract

Dear Editor,

This topic1 is very important for the multidisciplinary team that working with this population of patients in order to know the possible factors associated with the risk of pulmonary complications and determine strategies to minimize these complications. However, we consider that after deep analysis, some key practical issues need proper discussion.

First, although the retrospective design of the study in question is subject to temporal biases, the assessments performed by different team members may also result in some described results, especially for the very short outcome analysis. In this line, we consider appropriate that it could be interesting to evaluate patients only with previous pulmonary alterations and specific pulmonary test evaluations, so it would be possible to determine the objective and definitions of "higher risk" to develop postoperatory atelectasis. Guimarães et al. assess the impact of immediate postextubation use of Boussignac Continuous Positive Airway Pressure (CPAP) on arterial oxygenation in morbidly obese patients undergoing laparoscopic Roux-en-Y gastric bypass. The authors demonstrated application of Boussignac CPAP for 2 h after extubation improved oxygenation but did not improve forced expiratory volume at 1 s and forced vital capacity.2

Secondly, the authors demonstrate that gender is a risk factor associated with atelectasis in the post-operative period, however, 82.8% of subjects included in the study were female, and this outcome would not be expected? This is not clear answer that has implications for preventive postoperative complications protocols. Baltieri et al. determined what moment of application of positive pressure brings better benefits on lung function, incidence of atelectasis and diaphragmatic excursion, in the preoperative, intraoperative or immediate postoperative period and demonstrated the optimal time of application of positive pressure is in the immediate postoperative period, immediately after extubation, because it reduces the incidence of atelectasis. The predominant gender in the study were female.3

Thirdly, an important point to note in this study was the physical therapy twice a day, which started on the first day after surgery. We previously conducted a randomized clinical trial to evaluate the effect of physical therapy care in the immediate postoperative period in patients undergoing abdominal surgery.4 We showed that physical therapy performed in the immediate postoperative period reduced the loss of lung function, loss of respiratory muscle strength and length of stay in the recovery room.

We believe that, as well as the interesting results of this study, further research to assess complications in the postoperative period and possible associated risk factors should be encouraged.

Resumo

Cara Editora,

Este tópico1 é muito importante para a equipe multidisciplinar que trabalha com essa população de pacientes para conhecer os possíveis fatores associados ao risco de complicações pulmonares e determinar estratégias para minimizar essas complicações. No entanto, consideramos que, após uma análise profunda, algumas questões práticas importantes precisam de uma discussão apropriada.

Primeiro, embora o desenho retrospectivo do estudo em questão esteja sujeito a vieses temporais, as avaliações feitas por diferentes membros da equipe também podem resultar em alguns resultados descritos, especialmente para a análise de desfecho muito curto. Nessa linha, consideramos apropriado que pode ser interessante avaliar apenas pacientes com alterações pulmonares prévias e avaliações de testes pulmonares específicos, para que seja possível determinar o objetivo e as definições de "maior risco" para desenvolver atelectasias no pós-operatório. Guimarães et al. avaliaram o impacto do uso imediato pós-extubação da pressão positiva contínua das vias aéreas (CPAP) de Boussignac na oxigenação arterial em pacientes com obesidade mórbida submetidos a bypass gástrico laparoscópico em Y-de-Roux. Os autores demonstraram que a aplicação da CPAP de Boussignac por duas horas após a extubação melhorou a oxigenação, mas não melhorou o volume expiratório forçado em um segundo e a capacidade vital forçada.2

Segundo, os autores demonstram que o sexo é um fator de risco associado à atelectasia no pós-operatório; porém, 82,8% dos indivíduos incluídos no estudo eram do sexo feminino e, portanto, não seria esse resultado esperado? Essa não é uma resposta clara que apresente implicações para protocolos preventivos de complicações no pós-operatório. Baltieri et al. determinaram que o momento de aplicação da pressão positiva traz maiores benefícios à função pulmonar, incidência de atelectasia e excursão diafragmática nos períodos pré-operatório, intraoperatório ou pós-operatório imediato e demonstraram que o tempo ideal de aplicação da pressão positiva é no pós-operatório imediato, logo após a extubação, pois reduz a incidência de atelectasia. O sexo predominante no estudo era o feminino.3

Terceiro, um ponto importante a observar nesse estudo foi a fisioterapia duas vezes ao dia, com início no primeiro dia pós-cirurgia. Conduzimos previamente um estudo clínico randômico para avaliar o efeito do tratamento fisioterapêutico no pós-operatório imediato em pacientes submetidos à cirurgia abdominal.4 Demonstramos que a fisioterapia feita no pós-operatório imediato reduziu a perda de função pulmonar, a perda de força muscular respiratória e a duração da permanência em sala de recuperação.

Acreditamos que, além dos interessantes resultados desse estudo, novas pesquisas devem ser incentivadas para avaliar as complicações no pós-operatório e os possíveis fatores de risco associados.

References

1 Baltieri L, Peixoto-Souza FS, Rasera-Junior I, et al. Analysis of the prevalence of atelectasis in patients undergoing bariatric surgery. Rev Bras Anestesiol. 2016;66:577-82. [ Links ]

2 Guimarães J, Pinho D, Nunes CS, et al. Effect of Boussignac continuous positive airway pressure ventilation on PaO2 and PaO2/FiO2 ratio immediately after extubation in morbidly obese patients undergoing bariatric surgery: a randomized controlled trial. J Clin Anesth. 2016;34:562-70. [ Links ]

3 Baltieri L, Santos LA, Rasera I, et al. Use of positive pressure in the bariatric surgery and effects on pulmonary function and prevalence of atelectasis: randomized and blinded clinical trial. Arq Bras Cir Dig. 2014;27(Suppl. 1):26-30. [ Links ]

4 Junior LAF, Carvalho AT, Ferreira TS, et al. Atendimento fisioterapêutico no pós-operatório imediato de pacientes submetidos à cirurgia abdominal. J Bras Pneumol. 2009;35:455-9.

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