Importance of maternal body temperature recording after injection of meperidine during spinal anesthesia in patients undergoing cesarean section: an offering for conducting clinical studies
A importância do controle da temperatura corporal materna após injeção de meperidina durante a raquianestesia em pacientes submetidas à cesariana: uma sugestão para conduzir estudos clínicos
Mohamed Amin Ghobadifar ; Hassan Zabetian ; Mohammad Yasin Karami ; Zahra Mosallanezhad ; Navid Kalani
Abstract
Dear Editor,
Shivering related to spinal and epidural anesthesia is distressing to parturient women as it may cause cardiovascular and metabolic disturbances. Shivering increases cardiac output and causes tachycardia; also, hypothermia-induced shivering increases total body oxygen consumption and could cause hypoxemia. These effects may place mothers and the fetuses at the greatest risk during delivery.1 The rate of shivering varied from 36% to 55% in different studies.2 Meperidine is a κ (Kappa)-receptor agonist and opioid µ (Mu) receptor that reduces the threshold of vascular constriction and is known to treat shivering effectively.3 Here we provide comments on three points on the importance of body temperature recording after injection of meperidine, based on clinical research conducted on patients undergoing spinal anesthesia for cesarean section.
First, intra-operative shivering is a particular feature of thermoregulation in awake patients undergoing regional anesthesia (in response to sympatholysis, vasodilatation and increased heat loss). Intra-operative shivering is inhibited during general anesthesia; accordingly patients are more prone to hypothermia and post-operative shivering. Hence, there are two important elements to regional anesthesia-induced shivering: (1) the desired effect of shivering, i.e., heat preservation by increased basal metabolic rate and (2) the unwanted effects of shivering (increased venous O2, desaturation, myocardial O2 extraction, discomfort and anxiety for patient, and possibly movement for surgeon and monitoring artifacts for the anesthesiologist (e.g., systolic pO2, noninvasive blood pressure and ECG artifacts in intra-operative shivering).4,5 Therefore, the authors should measure maternal body temperature to assess the desired effects.
Second, whenever volume pre-loading with 10 mL/kg or 15 mL/kg of room temperature crystalloid is employed, the maternal hypothermia could reasonably be expected to alter shivering prevalence. Therefore, maternal temperature recording is very important.
Third, if meperidine suppresses shivering, it may lead to lower body temperature following regional anesthesia and this may lead to more hypothermia and also to more shivering later on. Accordingly, appropriate body temperature recording after injection of meperidine during spinal anesthesia in patients undergoing cesarean section should be considered by authors in future studies for more accurate and reliable findings.
Resumo
Caro Editor,
O tremor relacionado à anestesia espinhal e epidural é um transtorno para a parturiente, pois pode causar distúrbios cardiovasculares e metabólicos. O tremor aumenta o débito cardíaco e provoca taquicardia; além disso, o tremor induzido por hipotermia aumenta o consumo total de oxigênio do corpo e pode causar hipoxemia. Esses efeitos podem aumentar o risco de mães e fetos durante o parto.1 A incidência de tremores varia de 36% a 55% em diferentes estudos.2 Mepe-ridina é um opiáceo agonista dos receptores κ (kappa) e µ (mu) que reduz o limiar de constrição vascular e é conhecido por tratar tremores de modo eficaz.3 Ressaltamos aqui três pontos sobre a importância do controle da temperatura corporal após a injeção de meperidina, com base em pesquisas clínicas feitas em pacientes submetidos à raquianestesia para cesariana.
Primeiro, o tremor no período intraoperatório é uma característica particular de termorregulação em pacientes acordados submetidos à anestesia regional (em resposta à simpatólise, à vasodilatação e ao aumento da perda de calor). O tremor no período intraoperatório é inibido durante a anestesia geral; logo, os pacientes são mais propensos à hipotermia e a tremores no período pós-operatório. Consequentemente, há dois elementos importantes para o tremor induzido pela anestesia regional: 1) o efeito desejado de tremores, isto é, a preservação de calor pelo aumento da taxa metabólica basal; 2) os efeitos indesejados do tremor (aumento de O2 venoso, dessaturação, extração de O2 do miocárdio, desconforto e ansiedade por parte da paciente e, possivelmente, para o manejo do cirurgião e monitoramento de artefatos para o anestesiologista - por exemplo, pO2 sistólica, pressão arterial não invasiva e artefatos de ECG durante tremores no período intraoperatório).4,5 Portanto, os autores devem medir a temperatura do corpo materno para avaliar os efeitos desejados.
Segundo, sempre que o volume pré-carga com 10 mL.kg−1 ou 15 mL.kg−1 de cristaloides à temperatura ambiente for usado, pode-se razoavelmente esperar que a hipotermia materna altere a prevalência de tremores. Portanto, o controle da temperatura materna é muito importante.
Terceiro, se a meperidina suprimir o tremor, essa supressão pode levar à queda de temperatura corporal após a anestesia regional e isso pode levar a maior hipotermia e também a maior tremor posteriormente. Portanto, o controle adequado da temperatura corporal após a injeção de meperidina durante a anestesia espinhal em pacientes submetidas à cesariana deve ser considerado pelos autores em estudos futuros para a obtenção de resultados mais precisos e confiáveis.
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