Pará Research Medical Journal
https://app.periodikos.com.br/journal/prmjournal/article/doi/10.4322/prmj.2021.003
Pará Research Medical Journal
Artigo Original

Perfil eletrocardiográfico de pacientes com insuficiência cardíaca em um centro de referência

Beatriz Sayuri Vieira Ishigaki, Matheus Benedito Sabbá Hanna, Liduina Moraes Castro, Vitor Bruno Teixeira de Holanda, Roberto Chaves Castro

Downloads: 2
Views: 495

Resumo

Objetivo: Descrever o perfil eletrocardiográfico de pacientes com insuficiência cardíaca; caracterizar a casuística
epidemiologicamente; correlacionar o índice de Askenazi com a fração de ejeção. Método: O estudo é transversal, observacional
e retrospectivo realizado no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna. Os pacientes foram reunidos nos grupos com fração de ejeção
reduzida ou preservada, visando a comparação dos aspectos eletrocardiográficos. Os testes ANOVA 1 critério, Teste G, Coeficiente
de Phi e o teste de D’Agostino Pearson foram utilizados nas análises dos grupos. Resultados: Foram estudados 240 prontuários,
com média de idade 59 ± 17,4 anos, 64,6% do sexo masculino. De uma forma geral, as características do eletrocardiograma são
normais (29,1%); entretanto, as patologias que mais se destacam são: hipertrofia ventricular esquerda (23,7%), infarto agudo
do miocárdio de parede anterior (20,8%), fibrilação atrial (19,1%) e bloqueio de ramo esquerdo (18,3%). Nota-se também um
correlação entre o complexo QRS e a fração de ejeção (p = 0,01). Conclusão: Os principais diagnósticos eletrocardiográficos
foram a hipertrofia ventricular esquerda, o infarto agudo do miocárdio de parede anterior, a fibrilação atrial e o bloqueio de ramo
esquerdo. Não houve diferença entre os grupos de fração de ejeção reduzida e preservada. Houve uma relação significativa entre
o índice de Askenazi e a fração de ejeção.

Palavras-chave

insuficiência cardíaca; eletrocardiografia; ecocardiografia

Referências

1. Fernandes ADF, Fernandes GC, Mazza MR, Knijnik LM, Fernandes G, Vilela AT, et al. Insuficiência cardíaca no Brasil subdesenvolvido: análise de tendência de dez anos. Arq Bras Cardiol. 2020;114(2):222-31. PMid:32215488.

2. Piegas LS, Avezum A, Guimarães HP, Muniz AJ, Reis HJL, Santos ES, et al. Comportamento da síndrome coronariana aguda. Resultados de um registro brasileiro. Arq Bras Cardiol. 2013;100(6):502-10. PMid:23657268.

3. Gupta VA, Nanda NC, Sorrell VL. Role of echocardiography in the diagnostic assessment and etiology of heart failure in older adults: opacify, quantify, and rectify. Heart Fail Clin. 2017;13(3):445-66. http://dx.doi.org/10.1016/j.hfc.2017.02.003. PMid:28602365.

4. Price S, Platz E, Cullen L, Tavazzi G, Christ M, Cowie MR, et al. Expert consensus document: echocardiography and lung ultrasonography for the assessment and management of acute heart failure. Nat Rev Cardiol. 2017;14(7):427-40. http://dx.doi.org/10.1038/nrcardio.2017.56. PMid:28447662.

5. Ferdinand KC, Maraboto C. Is electrocardiography-left ventricular hypertrophy an obsolete marker for determining heart failure risk with hypertension? J Am Heart Assoc. 2019;8(8):e012457. http://dx.doi.org/10.1161/JAHA.119.012457. PMid:30943801.

6. Tan ES, Chan SP, Xu CF, Yap J, Richards AM, Ling LH, et al. Cornell product is an ECG marker of heart failure with preserved ejection fraction. Heart Asia. 2019;11(1):e011108. http://dx.doi.org/10.1136/heartasia-2018-011108. PMid:31244913.

7. Askenazi J, Parisi AF, Cohn PF, Freedman WB, Braunwald E. Value of the QRS complex in assessing left ventricular ejection fraction. Am J Cardiol. 1978;41(3):494-9. http://dx.doi.org/10.1016/0002-9149(78)90005-X. PMid:626127.

8. Marques LC, de Paula RS, Camilo IL, Aiello VD. Caso 1/2017: insuficiência cardíaca rapidamente progressiva em homem de 26 anos. Arq Bras Cardiol. 2017;108(2) PMid:28327870.

9. Loures VA, Noronha MFA, Bastos RG, Girardi JM. Aspectos clínicos e epidemiológicos da insuficiência cardíaca. HU Revista. 2009;35(2):89-96.

10. Ogiso M, Isogai T, Kato K, Tanaka H, Tejima T, Isozaki E. Electrocardiographic and echocardiographic findings in muscular dystrophy patients with heart failure. Heart Vessels. 2018;33(12):1576-83. http://dx.doi.org/10.1007/s00380-018-1186-5. PMid:29766268.

11. Miranda CH, Simões MV. Insuficiência cardíaca agudamente descompensada na sala de urgência. Rev QualidadeHC. 2019:1-8.

12. Rocha EA, Pereira FTM, Abreu JS, Lima JWO, Monteiro MPM, Rocha No AC. Development and validation of predictive models of cardiac mortality and transplantation in resynchronization therapy. Arq Bras Cardiol. 2015;105(4):399-409. http://dx.doi.org/10.5935/abc.20150093. PMid:26559987.

13. Gazzoni GF, Fraga MB, Ferrari ADL, Soliz PC, Borges AP, Bartholomay E, et al. Preditores de mortalidade total e de resposta ecocardiográfica à terapia de ressincronização cardíaca: um estudo de coorte. Arq Bras Cardiol. 2017;109(6):569-78. PMid:29185615.

14. Polegato BF, Minicucci MF, Azevedo OS, Gonçalves AF, Lima AF, Martinez PF, et al. Associação entre variáveis funcionais e insuficiência cardíaca após o infarto do miocárdio em ratos. Arq Bras Cardiol. 2016;106(2):105-12. PMid:26815462.

15. Antonelli L, Katz M, Bacal F, Makdisse MRP, Correa AG, Pereira C, et al. Insuficiência cardíaca com fração de ejeção do ventrículo esquerdo preservada em pacientes com infarto agudo do miocárdio. Arq Bras Cardiol. 2015;105(2) PMid:26039659.

16. Dores H, Santos JF, Dinis P, Costa FM, Mendes L, Monge J, et al. Variabilidade na interpretação do eletrocardiograma do atleta: mais uma limitação na avaliação pré-competitiva. Rev Port Cardiol. 2017;36(6):443-9. http://dx.doi.org/10.1016/j.repc.2016.07.013. PMid:28599797.

17. Oliveira No NR, Torres GG, Fonseca GPC, Souza RL, Pinheiro MA, Tores KP. Correlação entre eletrocardiograma e função sistólica na presença de bloqueio de ramo esquerdo. Rev Lat-Am Marcapasso Arritm. 2012;25(2):91-8.

18. Rolande DM, Fantini JP, Cardinalli No A, Cordeiro JA, Bestetti RB. Determinantes prognósticos de pacientes com insuficiência cardíaca sistólica crônica secundária à hipertensão arterial sistêmica. Arq Bras Cardiol. 2012;98(1):76-83. http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2011005000123. PMid:22159402.

19. Baroncini LAV, Borges LJL, Camarozano AC, Carmo DC, Darwich RZ, Fortunato Jr JA. Correlação ecocardiográfica entre função ventricular direita e volume atrial esquerdo. Arq Bras Cardiol. 2019;112(3):249-57. PMid:30916187.

20. Castilla-Guerra L, Fernández-Moreno MC, Aguilera-Saborido A, Solanella-Soler J. Importance of hypertensive left ventricular hypertrophy in patients with ischemic events of the heart or brain. Hipertens Riesgo Vasc. 2016;33(2):58-62. http://dx.doi.org/10.1016/j.hipert.2015.10.003. PMid:26669485.

21. Viana PAS, Carneiro No JD, Novais CT, Guimarães IF, Lopes YS, Reis BC. Perfil de pacientes internados para tratamento de insuficiência cardíaca descompensada. SANARE, Sobral. 2018;17(1):15-23.

22. Gao Y, Xia L, Gong YL, Zheng DC. Electrocardiogram (ECG) patterns of left anterior fascicular block and conduction impairment in ventricular myocardium: a whole-heart model-based simulation study. J Zhejiang Univ Sci B. 2018;19(1):49-56. http://dx.doi.org/10.1631/jzus.B1700029. PMid:29308607.

23. Yamada S, Yoshihisa A, Sato Y, Sato T, Kamioka M, Kaneshiro T, et al. Utility of heart rate turbulence and t-wave alternans to assess risk for re-admission and cardiac death in hospitalized heart failure patients. J Cardiovasc Electrophysiol. 2018;29(9):1257-64. http://dx.doi.org/10.1111/jce.13639. PMid:29777559.

24. Teixeira JAC, Messias LR, Dias KP, Costa WLB, Cascon RM, Miranda SMR, et al. Estudo por analisador de gases do teste de caminhada de seis minutos na insuficiência cardíaca com fração de ejeção normal. Int J Cardiovasc Sci. 2018;31(2):143-51.

25. Galvão R, Galvão Fo S, Vasconcelos J. Reversão de taquicardiomiopatia de coração nativo em paciente com transplante cardíaco heterotópico. Rev Lat-Am Marcapasso Arritm. 2018;31(1):13-6. http://dx.doi.org/10.24207/1983-5558v31.4-003.

26. Assumpção AC, Moreira DAR. Arritmias cardíacas na sala de emergência e UTI. Bradiarritmias: como identificar e tratar o paciente com baixa perfusão. Rev Soc Cardiol. 2018;28(3):296-301. http://dx.doi.org/10.29381/0103-8559/20182803296-301.

27. Gottwik MG, Parisi AF, Askenazi J, McCaughan D. Computerized orthogonal electrocardiogram: relation of QRS forces to left ventricular ejection fraction. Am J Cardiol. 1978;41(1):9-13. http://dx.doi.org/10.1016/0002-9149(78)90125-X. PMid:623011.

28. Burgos PFM, Luna Fo. Desempenho do eletrocardiograma no diagnóstico da hipertrofia ventricular esquerda em pacientes hipertensos na presença de bloqueio de ramo esquerdo. Arq Bras Cardiol. 2017;108(1) PMid:27992034.

29. Fioretti P, Brower RW, Lazzeroni E, Simoons ML, Wijns W, Reiber JH, et al. Limitations of a QRS scoring system to assess left ventricular function and prognosis at hospital discharge after myocardial infarction. Br Heart J. 1985;53(3):248-52. http://dx.doi.org/10.1136/hrt.53.3.248. PMid:3970783.

30. Luwaert RJ, Cosyns J, Rousseau MF, Brasseur LA, Detry JM, Brohet CR. Reassessment of the relation between QRS forces of the orthogonal electrocardiogram and left ventricular ejection fraction. Eur Heart J. 1983;4(2):103-9. http://dx.doi.org/10.1093/oxfordjournals.eurheartj.a061423. PMid:6852064.


Submetido em:
06/01/2021

Aceito em:
25/02/2021

60b4db25a953956d836b9002 prmjournal Articles
Links & Downloads

PRMJ

Share this page
Page Sections