Pará Research Medical Journal
https://app.periodikos.com.br/journal/prmjournal/article/doi/10.4322/prmj.2019.027
Pará Research Medical Journal
Artigo de Pesquisa Pediatria

Mortalidade infantil por doenças infecciosas e parasitárias no estado do Pará: vigilância de óbitos entre 2008 a 2017

Child mortality for infectious and parasitic diseases in the state of Pará: surveillance of deaths between 2008 to 2017

Julieth Ferreira Sousa, Kedma Farias dos Santos, Deivid Ramos dos Santos, Adriana Veiga da Conceição Silva, Inara Santos Pereira, Ronel Correia da Silva

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Resumo

Objetivo: Analisar a ocorrência da mortalidade infantil por doenças infecciosas e parasitárias no estado do Pará. Métodos: Estudo com abordagem quantitativa, analítica, retrospectiva, abrangendo uma série histórica do ano de 2008 até 2017. Para análise dos resultados, utilizou-se testes estatísticos não-paramétricos, Qui-quadrado e teste G, capazes de expressar associação estatística. Resultados: Foram notificados 1530 óbitos infantis no estado do Pará, com uma queda em 47,8% entre o período estudado. A população indígena teve a maior taxa de mortalidade. 92,5% (n = 1415) dos óbitos ocorreram no período pós-natal e 51,7% (n = 791) com escolaridade materna entre 4-11 anos. Conclusão: A mortalidade infantil ainda pode e deve ser reduzida, pois em sua grande maioria atinge indivíduos no período pós-natal e possui maior incidência quanto menor a escolaridade materna e menor acesso à saúde.

Palavras-chave

mortalidade infantil; doenças transmissíveis; vigilância em saúde pública

Abstract

Purpose: To analyze the occurrence of infant mortality due to infectious and parasitic diseases in the state of Pará. Methods: Study with a quantitative, analytical, retrospective approach, covering a historical series from 2008 to 2017. For the analysis of the results, we used non-parametric statistical tests, Chi-square and G test. Results: 1530 infant deaths were reported in the state of Pará, with a fall of 47.8% between the study period. The indigenous population had the highest mortality rate. 92.5% (n = 1415) of deaths occurred in the postnatal period and 51.7% (n = 791) with maternal education between 4-11 years. Conclusion: Infant mortality still can and should be reduced because its great majority affects individuals in the postnatal period and has a higher incidence when lower maternal schooling and lower access to health.

Keywords

infant mortality; communicable diseases; public health surveillance.

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