Este artigo tem como objetivo analisar o processo do luto sob uma perspectiva psicanalítica articulada a contribuições contemporâneas, especialmente o modelo das cinco fases proposto por Elisabeth Kübler-Ross e as reflexões clínicas de Sérgio Telles Kovács. Com base em uma pesquisa bibliográfica qualitativa, discutem-se as dimensões inconscientes, emocionais, relacionais e socioculturais que permeiam a vivência do luto. Os resultados indicam que a elaboração da perda constitui um processo psíquico singular, envolvendo o trabalho de desinvestimento libidinal (FREUD, 1917/2010), a vivência das fases emocionais e a simbolização da ausência, sendo esta modulada pelas condições do ambiente relacional e do reconhecimento social (BUTLER, 2006). A articulação entre os referenciais teóricos amplia a compreensão clínica e fundamenta intervenções terapêuticas mais sensíveis às particularidades do sujeito enlutado.