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Periodical

A dialética de Marx e a naturalização capitalista da pobreza.

La dialéctica de Marx y la naturalización capitalista de la pobreza.

Marx's dialectic and the capitalist naturalization of poverty

Evandro Prestes Guerreiro.

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Resumo

O estudo parte de análise teórico-metodológica, na perspectiva da tese e antítese, para que o leitor estabeleça a síntese, que melhor traduza sua história de vida, quanto a consciência da “naturalização” capitalista da pobreza, desigualdade humana e alienação social pelo trabalho. Este fenômeno estrutural, por assim qualificar a “naturalização” como parte indicativa da ideologia liberalista do sistema, que se reinventa com a crise e ressignifica o modo de produzir, possibilitando que o capital gere exponencialmente, mais capital, concentração de riqueza e universalização da pobreza. A especulação financeira, que sendo fora do sistema oficial é ilegal e desconfortante, dentro torna-se legítima e se justifica pelas leis protecionistas, criadas pela classe hegemônica, com o único propósito de lucrar o máximo, em menor tempo possível e de forma hereditária. A cultura que potencializa a tradição é a mesma que legitima a especulação. Com esta compreensão, interpreta-se, a partir do método dialético materialista e sócio-histórico, substanciado pela estrutura filosófica da tese-antítese-síntese, o que escreveu Karl Marx sobre a pobreza, no modo de produção capitalista. O mais contundente crítico do capitalismo, sentiu cotidianamente a carência material e seus reflexos na expectativa de vida do ser humano, foi sujeito e objeto de seu estudo, também foi testemunha do significado da família despossuída, dependente, submissa à vontade solidária do outro e a transformação de sonhos de superação, em esperança comprometida e realidade alienada. 

Palavras-chave

Pobreza. Marx. Capitalismo. Sistema. Dialética.

Resumen

El estudio parte de un análisis teórico-metodológico, desde la perspectiva de la tesis y la antítesis, para que el lector pueda establecer la síntesis que mejor traduce su historia de vida, en cuanto a la conciencia de la “naturalización” capitalista de la pobreza, la desigualdad humana y la alienación social por el trabajo. Este fenómeno estructural, para calificar la “naturalización” como parte indicativa de la ideología liberalista del sistema, que se reinventa con la crisis y resignifica la forma de producir, posibilitando que el capital genere exponencialmente más capital, concentración de riqueza y universalización de la pobreza. La especulación financiera, que estando fuera del sistema oficial es ilegal e incómoda, dentro de ella se legitima y justifica por leyes proteccionistas, creadas por la clase hegemónica, con el único fin de lucrarse al máximo, en el menor tiempo posible y de forma hereditaria. La cultura que realza la tradición es la misma que legitima la especulación. Con este entendimiento, se interpreta, desde el método dialéctico materialista y sociohistórico, fundamentado en la estructura filosófica de tesis-antítesis-síntesis, lo que Karl Marx escribió sobre la pobreza, en el modo de producción capitalista. El más contundente crítico del capitalismo, sintió cotidianamente la escasez material y sus reflejos en la esperanza de vida del ser humano, fue sujeto y objeto de su estudio, fue también testigo del significado de la familia desposeída, dependiente, sumisa a la voluntad solidaria del otro ya la transformación de los sueños de superación en esperanza comprometida y realidad alienada.

Palabras clave

Pobreza. Marx. Capitalismo. Sistema. Dialéctica.

Abstract

The study starts from a theoretical-methodological analysis, from the perspective of thesis and antithesis, so that the reader can establish the synthesis that best translates his/her life story, as to the consciousness of the capitalist "naturalization" of poverty, human inequality, and social alienation through labor. This structural phenomenon, for so qualifying the "naturalization" as indicative part of the liberalist ideology of the system, which reinvents itself with the crisis and re-signifies the mode of production, enabling capital to exponentially generate more capital, concentration of wealth and universalization of poverty. Financial speculation, which is illegal and uncomfortable outside the official system, becomes legitimate inside and is justified by the protectionist laws created by the hegemonic class, with the sole purpose of making the most profit in the shortest time possible and in a hereditary way. The culture that strengthens tradition is the same one that legitimizes speculation. With this understanding, we interpret what Karl Marx wrote about poverty in the capitalist production mode, based on the dialectical materialist and social-historical method, substantiated by the philosophical structure of the thesis-antithesis-synthesis. The most trenchant critic of capitalism, he felt on a daily basis the material deprivation and its consequences in the life expectancy of the human being, he was the subject and object of his study, and also witnessed the meaning of the dispossessed family, dependent, submissive to the solidary will of the other, and the transformation of dreams of overcoming into compromised hope and alienated reality.  

Keywords

Poverty. Marx. Capitalism. System. Dialectics.

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Submitted date:
02/03/2022

Reviewed date:
03/10/2022

Accepted date:
03/21/2022

Publication date:
04/28/2022

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