Resistência como práxis de inclusão social.
La resistencia como práctica de inclusión social.
Resistance as a practice of social inclusion.
NOBRE, T.L. (Doutora em Psicologia clínica pela PUC-SP. Docente e supervisora de estágios na Universidade Católica de Santos).
Resumo
O objetivo deste texto é o de realizar uma articulação entre o conceito de resistência, a partir da teoria psicanalítica e o movimento de ação que transforma a realidade para a inclusão social. Para isso, acredito ser importante a utilização de um pensamento acerca dos movimentos psicológicos que compõem a cultura ocidental na atualidade e o modo como tem se pensado como tarefa e função de cada um no exercício da cidadania e entendimento do outro em sociedade. Também, pretende-se discutir, contextualizando o cenário atual, a sociedade em rede e o papel da resistência que pode partir do âmbito individual e se expandir para a subjetividade coletiva.
Palavras-chave
Resumen
El propósito de este texto es articular el concepto de resistencia, basado en la teoría psicoanalítica y el movimiento de acción que transforma la realidad para la inclusión social. Para esto, creo que es importante utilizar un pensamiento sobre los movimientos psicológicos que conforman la cultura occidental de hoy y la forma en que se ha considerado como la tarea y la función de cada uno en el ejercicio de la ciudadanía y la comprensión del otro en la sociedad. Además, se pretende debatir, contextualizar el escenario actual, la sociedad de red y el papel de la resistencia que puede comenzar desde el nivel individual y expandirse a la subjetividad colectiva.
Palabras clave
Abstract
The purpose of this text is to articulate the concept of resistance, based on psychoanalytic theory and the movement of action that transforms reality for social inclusion. For this, I believe it is important to use a thought about the psychological movements that make up Western culture today and the way in which it has been thought of as the task and function of each in the exercise of citizenship and understanding of the other in society. Also, it is intended to discuss, contextualizing the current scenario, the network society and the role of resistance that can start from the individual level and expand to collective subjectivity.
Keywords
Referências
BION, W.R. Experiências com grupos. 2a. Ed. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
BLOK, A. O Narcisismo das Pequenas Diferenças. Interseções. Rio de Janeiro, v. 18 n. 2, p. 273-306, dez. 2016.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. 17a.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2016.
______. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. 2a.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2017.
CANAVEZ, Fernanda. Entre Freud e Foucault: a resistência como afirmação de si. Psicologia clínica. Rio de Janeiro, v. 27, n.1, p. 225-244, 2015.
CIVITA, V. Grande dicionário Larousse da língua portuguesa. São Paulo: Nova Cultural, 1992.
FREUD, S. (1917). O tabu da virgindade (contribuições à psicologia do amor III). Vol XI. ESB. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
______. (1921) Psicologia de grupo e a análise do ego. Vol XVIII. ESB. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
______. (1929) O Mal estar na civilização. Obras completas, vol. 18, São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
MARX, K. O capital – livro 1. São Paulo: Civilização brasileira, 2008.
SAMPAIO, J. R. A "Dinâmica de Grupos" de Bion e as Organizações de Trabalho. Psicologia USP, São Paulo, v. 13, n. 2, p. 277-291, 2002.
Submetido em:
08/05/2020
Revisado em:
19/06/2020
Aceito em:
26/06/2020
Publicado em:
28/07/2020