The physical health of women deprived of their freedom in a prison in the state of Rio de Janeiro
Salud física de las mujeres privadas de su libertad en un centro penitenciario en el estado de Rio de Janeiro
A saúde física de mulheres privadas de liberdade em uma penitenciária do estado do Rio de Janeiro
Márcia Vieira dos Santos; Valdecyr Herdy Alves; Audrey Vidal Pereira; Diego Pereira Rodrigues; Giovanna Rosário Soanno Marchiori; Juliana Vidal Vieira Guerra
Abstract
Objective: To identify factors that influence the physical health of women imprisoned in a prison institution in the State of Rio de Janeiro.
Methods: A descriptive study with a qualitative approach, undertaken with forty incarcerated women, using semi-structured interviews, subjected to thematic analysis.
Results: Factors such as difficulty related to diet, lack of physical activity, sedentary lifestyle, smoking and restriction of exposure to the sun affect the physical health of the women interviewed.
Conclusion: Although these women's understanding regarding their own health is conditioned by the absence of diseases, it is fundamental to have public policies that encourage actions to prevent ill health and promote health and comprehensive health care, as, in the daily life of the institution studied, incarcerated women live with difficulties that influence health conditions. Thus, over time, expanded health concepts may emerge that will stimulate better health and living conditions for this vulnerable group of women.
Keywords
Resumen
Palabras clave
Resumo
Objetivo: Identificar fatores que interferem na saúde física de mulheres encarceradas numa instituição prisional no Estado do Rio de Janeiro.
Métodos: Estudo descritivo, abordagem qualitativa, realizado com quarenta encarceradas, utilizando-se entrevistas semiestruturadas que foram submetidas à análise temática.
Resultados: Fatores como dificuldade relacionada à alimentação, falta de atividade física, sedentarismo, tabagismo e restrição à exposição ao sol, afetam a saúde física das mulheres entrevistadas.
Conclusão: Mesmo que o entendimento dessas mulheres sobre a própria saúde esteja condicionado à ausência de doenças, torna-se fundamental a existência de políticas públicas que incentivem ações de prevenção de agravos e promoção e atenção integral à saúde, pois, no cotidiano da instituição pesquisada as mulheres encarceradas convivem com dificuldades que interferem nas condições de saúde. Desse modo, ao longo do tempo, poderão surgir concepções de saúde ampliadas, que estimulem a garantia de melhores condições de saúde e de vida para esse grupo vulnerável de mulheres.
Palavras-chave
Referências
1 Van den Broucke S, Jooste H, Tlali M, Moodley V, Van Zyl G, Nyamwaya D, Tang KC. Strengthening the capacity for health promotion in South Africa through international collaboration. Glob Health Promot. [Internet] 2010 [cited 2016 Jan 12]; 17(2 suppl):6-16. Available from:
2 Lopes MSV, Saraiva KRO, Fernandes AFC, Ximenes LB. Análise do conceito de promoção da saúde. Texto contexto - enferm. [Internet]. 2010 Sep [cited 2017 Jan 13]; 19(3): 461-468. Available from:
3 Czeresnia D, Freitas CM. Promoção da Saúde: conceitos, reflexões, tendências. 2ª ed. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2011. 229p.
4 Bergh BJVD, Gatherer A, Fraser A, Moller L. Imprisonment and women's health: concerns about gender sensitivity, human rights and public health. Bulletin of the World Health Organization. [Internet] 2011 [cited 2017 Jan 13]; 89(9): 689-94. Available from:
5 Kramer K, Comfort M. Considerations in HIV prevention for women affected by the criminal justice system. Women's Health Issues. [Internet] 2011 [cited 2017 Jan 13]; 21(6): S272-7. Available from:
6 Mignon S. Health issues of incarcerated women in the United States. Ciênc. saúde coletiva. [Internet] 2016 [cited 2017 Jan 13]; 21(7): 2051-60. Available from:
7 Gois SM, Junior HPOS, Silveira MFA, Gaudêncio MMP. Para além das grades e punições: uma revisão sistemática sobre a saúde penitenciária. Ciênc. saúde coletiva. [Internet] 2012 [cited 2017 Jan 13]; 17(5):1235-46. Available from:
8 Ministério da Justiça (BR). Levantamento nacional de informações INFOPEN. Brasília (DF): Ministério da Justiça; 2014. 148p. Available from:
9 Tavares GP, Almeida RMM. Violência, dependência química e transtornos mentais em presidiários. Estud psicol. [Internet] 2010 [cited 2017 Jan 13]; 27(4): 545-52. Available from:
10 Neri MS, Oliveira JF, Nascimento ER, Gusmão MEN, Moreira VS. Presas pelas drogas: características de saúde de presidiárias em salvador, Bahia. Rev Baiana Enferm. [Internet]. 2011 [cited 2017 Jan 13]; 25(2): 121-32. Available from:
11 França MHO. Criminalidade e prisão feminina: uma análise da questão de gênero. Rev. ártemis. [Internet] 2015 [cited 2017 Jan 13]; 18(1): 212-27. Available from:
12 Ministério da Saúde (BR). Portaria Interministerial nº 210, de 16 de janeiro de 2014. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2014. Available from:
13 Barbosa ML, Celino SDM, Oliveira LV, Pedraza DF, Costa GMC. Atenção básica à saúde de apenados no sistema penitenciário: subsídios para a atuação da enfermagem. Esc. Anna Nery. [Internet]. 2014 [cited 2017 Jan 13]; 18(4): 586-92. Available from:
14 Bardin L. Análise de contéudo. Lisboa: Edições 70 LDA; 2011. 279p.
15 IBGE (BR). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ministério do Planejamento. Síntese de indicadores sociais, uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro (RJ): Ministério do Planejamento; 2013. 266p. Available from:
16 Kolling GJ, Silva MBB, Delduque MC. Direito à Saúde no Sistema Penitenciário. Rev tempus acta saúde col. [Internet] 2013 [cited 2017 Jan 13]; 7(1): 291-8. Available from:
17 Pereira DA, Marques MF, Hubner CVK, Silva KJF. Sintomas depressivos e abuso de drogas entre mulheres presas na cadeia pública feminina de Votorantim/SP. Rev. fac cienc med sorocaba. [Internet]. 2014 [cited 2017 Jan 13]; 16(2): 71-5. Available from:
18 Oliveira LV, Costa GMC, Medeiros KKAS, Cavalcanti AL. Epidemiological profile of female detainees in the Brazilian state of Paraíba: a descriptive study. Online braz j nurs. [Internet]. 2013 [cited 2017 Jan 13]; 12(4): 892--901. Available from:
19 Trindade CM. Doenças, alimentação e resistência na penitenciária da Bahia, 1861-1865. Hist cienc Saúde. [Internet]. 2011 [cited 2017 Jan 13]; 18(4): 1073-93. Available from:
20 Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Brasil 2011: uma análise da situação de saúde e a vigilância da saúde da mulher. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2012. 446p. Available from:
21 Brasil. Ministério da Saúde. Pesquisa especial de tabagismo - PETab: relatório Brasil. Rio de Janeiro (RJ): Ministério da Saúde; 2011. 205 p. Available from:
22 Nicolau AIO, Pinheiro AKB. Sociodemographic and sex determinants of knowledge, attitude and practice of women prisoners regarding the use of condoms. Texto contexto enferm. [Internet]. 2012 [cited 2017 Jan 13]; 21(3): 581-90. Available from:
23 Moraes AM, Moraes BM, Ramos VM. A prática da atividade física no presídio: o que pensam os apenados? Caderno de Educação Física e Esporte. [Internet]. 2014 [cited 2017 Jan 13]; 12(1): 47-54. Available from:
Submetido em:
07/10/2016
Aceito em:
18/01/2017