Health network assisting users of alcohol, crack, and other drugs
Red de salud en la atención a los usuarios de alcohol, crack y otras drogas
Rede de saúde no atendimento ao usuário de álcool, crack e outras drogas
Danielle Souza Silva Varela; Isabela Maria Magalhães Sales; Fernanda Mendes Dantas e Silva; Claudete Ferreira de Souza Monteiro
Abstract
Objective: This study has the goal to analyze the articulation of the health network to assist users of alcohol, crack and other drugs from a nurses' perspective.
Methods: This is an observational, descriptive, and exploratory study with a quantitative approach. It was conducted in the health network in a coastal city in the state of Piaui, Brazil, with 56 nurses who answered a questionnaire.
Results: The majority of nurses (82.0%) reported that the place where they work is articulated with other health network services for assistance to users of alcohol, crack and other drugs. Mainly, it happens by using the referral to a mental health service (48.8%). The integration among the health staff (46.3%), and the responsibility with the user and his/her family was considered fair (51.2%). In fact, nurses who said that they use strategies to overcome this situation also informed the presence of difficulties on the integration process. Among the difficulties that were reported, 40.5% of them was related to disrespect for the reference and counter reference system.
Conclusion: Thus, it is necessary to promote debates in order to discuss the functioning and coordination of the health network that assist these users.
Keywords
Resumen
Palabras clave
Resumo
Objetivo: Analisar, na perspectiva dos enfermeiros, a articulação de uma rede de saúde para o atendimento aos usuários de álcool, crack e outras drogas.
Métodos: Estudo observacional, descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa, desenvolvido em um município litorâneo do estado do Piauí, Brasil, com 56 enfermeiros por meio da aplicação de questionários.
Resultados: A maioria dos enfermeiros (82,0%) afirmou que os locais de saúde onde trabalham articulam-se com outros serviços da Rede de Saúde na assistência ao usuário de álcool, crack e outras drogas, principalmente por meio do encaminhamento a um serviço de saúde mental (48,8%). A integração entre as equipes (46,3%) e a corresponsabilidade ao usuário e sua família foi considerada razoável (51,2%). A presença de dificuldades no processo de articulação foi informada pelos enfermeiros que afirmaram utilizar estratégias para superá-las. Dentre as dificuldades informadas, 40,5% estiveram relacionadas ao desrespeito ao sistema de referência e contra referência.
Conclusão: Ressalta-se a necessidade da realização de debates para tratar do funcionamento e articulação em rede para atenção a esses usuários.
Palavras-chave
References
1 Machado LV, Boarini ML. Políticas sobre drogas no Brasil: a estratégia de redução de danos. Psicol. cienc. prof. 2013 mar;33(3):580-95.
2 Ministério da Saúde (BR). A política do ministério da saúde para a atenção integral a usuários de álcool e outras drogas. 2a ed. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2004.
3 Schneider ARS. A rede de atenção em saúde mental: a importância da interação entre a atenção primária e os serviços de saúde mental. Cienc. saude colet. 2009 jul/dez; 2(2):78-84.
4 Schneider JF, Roos CM, Olschowsky A, Pinho LB, Camatta MW, Wetzel C. Atendimento a usuários de drogas na perspectiva dos profissionais da estratégia saúde da família. Texto Contexto Enferm. 2013 jul/set; 22(3):654-61.
5 Moretti-Pires RO, Ferro SBG, Büchele F, Oliveira HM, Gonçalves MJF. Enfermeiro de Saúde da Família na Amazônia: conceitos e manejo na temática do uso de álcool. Rev. Esc. Enferm. USP. 2011 ago;45(4):926-32.
6 Schneider DR, Lima DS. Implicações dos modelos de atenção à dependência de álcool e outras drogas na rede básica em saúde. Psico. 2011 abr/jun;42(2):168-78.
7 Rosenstock KIV, Neves MJ. Papel do enfermeiro da atenção básica de saúde na abordagem ao dependente de drogas em João Pessoa, PB, Brasil. Rev. Bras. Enferm. 2010 jul/ago;63(4):581-6.
8 Moretti-Pires RO, Lima LAM, Katsurayama M. A formação dos médicos de saúde da família no interior da Amazônia sobre a problemática do abuso de álcool. Rev. Bras. Promoç. Saude. 2010 jan/mar;23(1):56-62.
9 Gonçalves SSPM, Tavares CMM. Atuação do enfermeiro na atenção ao usuário de álcool e outras drogas nos serviços extra-hospitalares. Esc. Anna Nery. 2007 set/dez;11(4):586-92.
10 Ministério da Saúde (BR). Saúde Mental no SUS: As novas fronteiras da reforma psiquiátrica. 1a ed. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2011.
11 Souza LM, Pinto MG. Atuação do enfermeiro a usuários de álcool e de outras drogas na Saúde da Família. Rev. Eletr. Enf. [on line]. 2012 abr/jun [citado 2013 dez 10]; 14(2): 374-83. Disponível em:
12 Zambenedetti G, Perrone CM. O processo de construção de uma rede de atenção em saúde mental: desafios e potencialidades no processo de reforma psiquiátrica. Physis. 2008 abr/jun;18(2): 277-93.
13 Paes LG, Schimith MD, Barbosa TM, Righ LB. Rede de atenção em saúde mental na perspectiva dos coordenadores de serviços de saúde. Trab. Educ. Saude. 2013 maio/ago; 11(2):395-409.
14 Delfini PSS, Sato MT, Antonelli PP, Guimarães POS. Parceria entre CAPS e PSF: o desafio da construção de um novo saber. Cienc. saude colet. 2009;14(supl.1):1483-92.
15 Mororó MEML, Colvero LA, Machado AL. Os desafios da integralidade em um centro de atenção psicossocial e a produção de projetos terapêuticos. Rev. Esc. Enferm. USP. 2011 set/out; 45(5):1171-6.
16 Azevedo DM, Gondim MCSM, Silva DS. Matrix support in mental health: the perception of professional in territory. R. Pesq.: cuid. Fundam. Online [online]. 2013 jan/mar [citado 2014 maio 30]; 5(1): 3311-22. Disponível em:
17 Cortes LF, Terra MG, Pires FB, Heinrich J, Machado KL, Weiller TH, et al. Atenção a usuários de álcool e outras drogas e os limites da composição de redes. Rev. Eletr. Enf [on line]. 2014 jan/mar [citado 2014 maio 31]; 16(1): 84-92. Disponível em:
18 Vargas D, Duarte FAB. Enfermeiros dos centros de atenção psicossocial em álcool e drogas (CAPSad): Formação e a busca pelo conhecimento específico da área. Texto Contexto Enferm. 2011 jan/mar; 20(1):119-26.
Submitted date:
07/08/2015
Accepted date:
01/18/2016