Sexist stereotypes in portuguese nursing: A historical study in the period 1935 to 1974
Estereotipos sexistas en la enfermería portuguesa: Un estudio histórico en el periodo de 1935-1974
Estereótipos sexistas na enfermagem portuguesa: Um estudo histórico no período de 1935 a 1974
Deybson Borba de Almeida; Paulo Joaquim Pina Queirós; Gilberto Tadeu Reis da Silva; Aline Di Carla Laitano; Sirléia de Sousa Almeida
Abstract
Gender may be understood as a historical construction, defined plurally and historically.
Objective: To identify sexist stereotypes of Portuguese nursing in the period 1935 to 1974.
Methods: Historical investigation with a qualitative approach. The session diaries of Portugal's National Assembly and Corporative Chamber were used as a database for this study.
Results: The findings configured the following analytical categories: the influence of the Armed Forces on the profession and military nursing, gender as a social formation, and nursing as a female area of work, exploitation of nursing work, gender as social formation and nursing as auxiliary knowledge, and nursing as a priesthood.
Conclusions: We assert the need to understand nursing as work, marked by historical and cultural contexts, such that it may be possible to think about paths towards the valorization and social recognition of the work of the nurse.
Keywords
Resumen
El género puede ser comprendido como una construcción histórica, plural, e históricamente definidos.
Palabras clave
Resumo
Gênero pode ser entendido como uma construção histórica, plural e, historicamente, definidos.
Objetivo: Identificar estereótipos sexistas da enfermagem portuguesa entre o período de 1935 a 1974.
Métodos: Investigação histórica com abordagem qualitativa. Como banco de dados para este estudo, foi utilizado os diários das sessões da Assembléia Nacional e da Câmara Corporativa de Portugal.
Resultados: Os achados encontrados configuraram as seguintes categorias de análise: influência das forças armadas na profissão e a enfermagem militar, gênero como uma formação social e enfermagem como campo de trabalho feminino, exploração do trabalho em enfermagem, gênero como uma formação social e enfermagem como saber auxiliar, enfermagem como sacerdócio.
Conclusões: Afirmamos, a necessidade de compreensão da enfermagem como trabalho, marcada por contextos históricos e culturais, a fim de pensarmos em caminhos para a valorização e o reconhecimento social do trabalho da enfermeira.
Palavras-chave
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Submetido em:
06/10/2015
Aceito em:
19/01/2016