Surveillance to reproductive health in the Family Health Strategy
Atención a la salud reproductiva en la Estrategia Salud de la Familia
Vigilância à saúde reprodutiva na Estratégia Saúde da Família
Alessandra Nogueira Elias; Edir Nei Teixeira Mandú; Liliane Maia de Azara Araujo
Abstract
Objective: To analyze the practice of reproductive health surveillance in the Family Health Strategy program, in the scenario of Cuiabá, Mato Grosso.
Methods: An exploratory, qualitative study. We performed participative observation of the practices into the areas of two health teams, from January to June 2012. On the examination of the empiric, content thematic analysis was used.
Results: Surveillance actions were carried out mostly by Health Community Agents (HCA) through home visits to pregnant and postpartum women, with the purpose of controlling reproductive diseases and promote self-care. Its most advanced feature was the facilitation of access of women to the strategic actions of the local service. The production of information on reproductive health, although systematic, was not used by the workers to guide the local health actions.
Conclusion: The surveillance practice analyzed proved to be limited, although enlarged compared to the traditional active search for prenatal care and epidemiological surveillance of controlled diseases.
Keywords
Resumen
Palabras clave
Resumo
Objetivo: Analisar a prática de vigilância à saúde reprodutiva na Estratégia Saúde da Família, no cenário de Cuiabá, Mato Grosso.
Métodos: Estudo exploratório, qualitativo. Realizou-se observação participante das práticas em territórios de duas equipes de saúde, de janeiro a junho de 2012. No exame do empírico, utilizou-se a análise de conteúdo temática.
Resultados: As ações de vigilância foram realizadas, majoritariamente, por agentes comunitários, por meio de visitas domiciliárias às gestantes e às puérperas, com a finalidade de controlar agravos reprodutivos e de promover o autocuidado. O seu traço mais avançado foi à facilitação do acesso de mulheres às ações estratégicas do serviço local. A produção de informações em saúde reprodutiva, ainda que sistemática, não foi usada pelos trabalhadores no direcionamento das ações de saúde locais.
Conclusão: A prática de vigilância analisada mostrou-se restrita, embora ampliada em relação à tradicional busca ativa para o pré-natal e à vigilância epidemiológica de agravos controlados.
Palavras-chave
Referências
1. Paim JS. Modelos de Atenção à Saúde no Brasil. In: Giovanela L, Escorel S, Lobato LVC, Noronha JC, Carvalho AI, organizadores. Políticas e sistemas de saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2008. p. 88-115.
2. Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política nacional de atenção básica. Brasília (DF): MS; 2012.
3. Faria LS, Bertolozzi MRA. Vigilância na Atenção Básica à Saúde: perspectivas para o alcance da Vigilância à Saúde. Rev. Esc. Enferm. USP. 2010; 44(3):789-95.
4. Junges JR, Barbian R. Interfaces entre território, ambiente e saúde na atenção primária: uma leitura bioética. Rev. Bioet. 2013 mar; 21(2): 207-17.
5. Minayo MCS. Análise qualitativa: teoria, passos e fidedignidade. Rev C. S. Col. 2012 mar; 17(3):621-6.
6. Fontanella BJB, Luchesi, MB, Saidel MGB, Ricas J, Turato ER, Melo DG. Amostragem em pesquisas qualitativas: proposta de procedimentos para constatar saturação teórica. Cad. Saúde Pública [online]. 2011; 27(2):388-94. Disponível em http://www.scielosp.org/pdf/csp/v27n2/20.pdf.
7. Brito MJM, Andrade AM, Caçador BS, Freitas LFC, Penna CMM. Atenção domiciliar na estruturação da rede de atenção à saúde: trilhando os caminhos da integralidade. Esc Anna Nery. 2013 set/dez; 17(4):603-10.
8. Couto MT, Pinheiro TF, Valença Ot, Machin R, Silva GSN, Gomes R, et al. O homem na atenção primária à saúde: discutindo (in)visibilidade a partir da perspectiva de gênero. Interface (Botucatu) [online]. 2010 abr-jun; [citado 2013 jan 5]; 14(33):257-70. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/icse/v14n33/a03v14n33.pdf.
9. Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília (DF): MS; 2012.
10. Ministério da Saúde (Brasil). Política nacional de atenção integral à saúde do homem: princípios e diretrizes. Brasília (DF): MS; 2008.
11. Sena LA, Cavalcanti RP, Pereira IL, Leite SRR. Intersetorialidade e ESF: limites e possibilidades no território de uma unidade integrada de Saúde da Família. Rev. Bras. Cienc. Saude. 2012; 16(3):337-42. Disponível em http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rbcs/article/view/12803/7873.
12. Backes MTS, Rosa LM, Fernandes GCM, Becker SG, Meirelles BHS, Santos SMA. Conceitos de saúde e doença ao longo da história sob o olhar epidemiológico e antropológico. Rev. enferm. UERJ. 2009 jan/mar; 17(1):111-7. Disponível em http://www.facenf.uerj.br/v17n1/v17n1a21.pdf.
13. Czeresnia D. O conceito de saúde e a diferença entre prevenção e promoção da saúde. In: Czeresnia D, Freitas CM. Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro (RJ): Editora Fiocruz, 2003; p. 39-53.
14. Grando MK, Dall'agnol CM. Desafios do processo grupal em reuniões de equipe da estratégia saúde da família. Esc Anna Nery. 2010 jul/set; 14 (3):504-10. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/ean/v14n3/v14n3a11.pdf.
15. Lanzoni GMM, Meirelles BHS. Vislumbrando a rede complexa de relações e interações do agente comunitário de saúde. Rev Rene. 2010 abr/jun; 11(2): 140-51.
16. Cunha EM, Giovanella L. Longitudinalidade/continuidade do cuidado: identificando dimensões e variáveis para a avaliação da atenção primária no contexto do sistema público de saúde brasileiro. Cienc. saude colet. 2011 mar; 16(Suppl1): 1029-42. Disponível em http://www.redalyc.org/pdf/630/63018473036.pdf.
17. Gutierrez DMD, Minayo MC de S. Produção de conhecimentos sobre cuidado da saúde no âmbito da família. Cienc. saude colet. 2010 jun; 15(Suppl1): 1497-508. Disponível em http://www.scielosp.org/pdf/csc/v15s1/062.pdf.
18. Hayakawa LY, Marcon SS, Higarashi IH, Waidman MAP. Rede social de apoio à família de crianças internadas em uma unidade de terapia intensiva pediátrica. Rev. bras. enferm. 2010 mai/jun; 63(3):440-5. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/reben/v63n3/a15v63n3.pdf.
Submetido em:
26/02/2013
Revisado em:
12/03/2014
Aceito em:
24/04/2014