Mother in psychic suffering: object of science or subject of the clinic?
La madre en sufrimiento psíquico: ¿objeto de la ciencia o sujeto de la clínica?
A mãe em sofrimento psíquico: objeto da ciência ou sujeito da clínica?
Denise Tomaz Aguiar; Lia Carneiro Silveira; Sandra Mara Nunes Dourado
Abstract
The maternity experience is seen in the medical scientific model and approached under the organic point of view. However, for some women this is an experience of intense psychic suffering. We developed a theoretical reflection aiming to reflect on the possibilities of approaching this matter in the perspective of a clinic of subject as delimited in the psychoanalytic approach, opposing it to the medical scientific model view. The modern science institutes the exclusion of the subject as praxis, and it is this rationality that supports the approach of psychic symptoms in the medical model, seen as something to be eliminated. Psychoanalysis comes from the discovery of the unconscious and the symptom as a truth on the subject in suffering. We consider that the concepts pointed by the psychoanalytic perspective can support us on the construction of a less objectifying clinic that allows the subject to interrogate himself on the meaning of what makes him suffer.
Keywords
Resumen
La experiencia de la maternidad es mirada en el modelo médico científico y discutida bajo la perspectiva orgánica. Sin embargo, para algunas mujeres, esto se realiza como una experiencia de gran sufrimiento psíquico. Desarrollamos una reflexión teórica con el fin de reflexionar sobre las posibilidades de abordar esta cuestión desde la perspectiva de una clínica del sujeto, definida en el abordaje psicoanalítico, en contraste con la visión del modelo médico científico. La ciencia moderna se ha establecido como práctica para la exclusión del sujeto, y es esta racionalidad que subsidia el abordaje de los síntomas psicológicos en el modelo médico, que se percibe como algo que debe eliminarse. El psicoanálisis surge a través del descubrimiento del inconsciente y del síntoma como una verdad sobre el sujeto que sufre. Creemos que los conceptos subrayados por la perspectiva psicoanalítica nos pueden ayudar en la construcción de una clínica menos objetiva, que permita al propio sujeto la pregunta sobre el significado de lo que le hace sufrir.
Palabras clave
Resumo
A vivência da maternidade é abordada no modelo médico científico do ponto de vista orgânico. Porém, para algumas mulheres, isso se dá como uma experiência de intenso sofrimento psíquico. Desenvolvemos uma reflexão teórica visando refletir acerca das possibilidades de abordagem dessa questão na perspectiva de uma clínica do sujeito, conforme delimitado na abordagem psicanalítica, contrapondo-a à visão do modelo médico científico. A ciência moderna institui-se como práxis pela exclusão do sujeito, e é esta racionalidade que subsidia a abordagem dos sintomas psíquicos no modelo médico, percebidos como algo a ser eliminado. A psicanálise surge a partir da descoberta do inconsciente e do sintoma como portando uma verdade sobre o sujeito que sofre. Consideramos que os conceitos apontados pela perspectiva psicanalítica podem nos apoiar na construção de uma clínica menos objetificadora, que permita ao próprio sujeito se interrogar sobre o sentido daquilo que o faz sofrer.
Palavras-chave
References
1.Arrais A da R. As configurações subjetivas da depressão pós-parto: para além da padronização patologizante [tese]. Brasília(DF): Instituto de Psicologia/UnB; 2005.
2.Simanke RT. Metapsicologia lacaniana: os anos de formação. São Paulo: Discurso Editorial; 2002.
3.Terra MG, Ribas DL, Sarturi F, Erdmann AL. Saúde mental: do velho ao novo paradigma - uma reflexão. Esc Anna Nery. 2006 dez; 10 (4): 711-17.
4.Foucault M. O nascimento da clínica. Tradução Roberto Machado. Rio de Janeiro: Forense Universitária; 2004.
5.Costa R, Pacheco A, Figueiredo B. Prevalência e preditores de sintomatologia depressiva após o parto. Rev Psiquiatr Clin. 2007; 34 (4); 157-65
6.Ruschi GEC, Sun SY, Mattar R, Filho AC, Zandonade E, Lima VJ de. Aspectos epidemiológicos da depressão pósparto em amostra brasileira. Rev Psiquiatr. 2007; 29(3): 274-80
7.Moraes IGS, Pinheiro RT, Silva RA da, Horta BL, Sousa PLR, Faria AD. Prevalência da depressão pós-parto e fatores associados. Rev Saude Publica. 2006; 40(1)
8.Zinga D, Phillips SD, Born L. Depressão pós-parto: sabemos os riscos, mas podemos preveni-la? Rev Bras Psiquiatr. 2005 out; 27 (2): 56 64.
9.Schwengber DD de S, Piccinini CA. O impacto da depressão pós-parto para a interação mãe-bebê. Rev Estud Psicol UFRGS. 2003; 8(3), 403-11.
10.Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: plano de ação 2004-2007. Brasília(DF); 2004.
11.Marcon HH. A subjetividade no trabalho com saúde mental. Psychê. 2007 jan/jun; 20 (11): 151-64.
12.Quinet A. A descoberta do inconsciente. Rio de Janeiro: J Zahar; 2000.
13.Fink B. O sujeito lacaniano; entre a língua e o gozo. Rio de Janeiro: J Zahar; 1998.
14.Freud S. A feminilidade. Novas Conferências Introdutórias XXXIII, 1932. In: Freud S, Edição standard brasileira das obras completas. Rio de Janeiro: Imago; 1976. v. 22.
15.Valente TZ, Lopes CMB. A perda simbólica e a perda real: o luto materno. Universidade Estadual do Centro-Oeste UNICENTRO. [on-line] 2008. [citado 2009 nov 03]. Disponível em:
16.Schiavo RA. Gravidez: um retorno às vivências edipianas. São Paulo: Redepsi- Portal de Psicologia; 2008.
Submitted date:
07/14/2010
Reviewed date:
01/17/2011
Accepted date:
05/10/2011