Professional records of prenatal care and the (in) visibility of domestic violence against woman
Los Registros Profesionales de la atención prenatal y la (In) Visibilidad de la violencia doméstica contra la mujer
Os registros profissionais do atendimento pré-natal e a (in)visibilidade da violência doméstica contra a mulher
Elisiane Gomes Bonfim; Marta Julia Marques Lopes; Marcele Peretto
Abstract
It is a qualitative study that utilized documentary research in the collection of data. It approaches the domestic violence against woman considering the public pre-natal care. It aims at identifying and analyzing the conducts and strategies utilized by health professionals during the prenatal in the suspicion of violence cases and in the declared violence besides discussing the problem of care of pregnant women under violence condition from the perspective of the records. The research focused on 784 records of pregnant women registered in 2006 at 12 Basic Health Care Services in Porto Alegre. 20 records of violence against woman were identified, 10 out of them were upon the prenatal, 07 during the prenatal and 03 at the postnatal. It has been found out that violence appears out of context and the conduct was centered in the consequences on the physical and psychological health of the woman and the children. Violence is not registered as an offense to the woman´s health; thus, it generates omissions in the attendance, sub-registration and invisibility so as to make the elaboration of confronting strategies non-feasible.
Keywords
Resumen
Se trata de estudio cualitativo que utilizó la pesquisa documental para la recolección de los datos. Aborda la violencia doméstica contra la mujer tomando en consideración la atención prenatal pública. El objetivo fue identificar y analizar las conductas y estrategias utilizadas por los profesionales de la salud durante el prenatal, en la sospecha de casos de violencia y en la violencia declarada, y discutir la problemática de los atendimientos a las mujeres embarazadas en situación de violencia, bajo la luz de los registros. Se analizaron 784 registros de mujeres embarazadas registrados en 2006 en 12 Centros de Servicios de Atención Básica de Porto Alegre. Se identificaron 20 registros de violencia contra la mujer, 10 anteriores al periodo prenatal, 07 durante el periodo prenatal y 03 durante el periodo posnatal. Fue constatado que la violencia aparece descontextualizada y la conducta se centró en las consecuencias sobre la salud física y psicológica de la mujer y de los hijos. La violencia no es registrada como un agravante de la salud de la mujer, provocando omisiones en el atendimiento, subregistro y la franca invisibilidad, causando como consecuencia, la imposobilidade de desarrollar estrategias para enfrentar la violencia.
Palabras clave
Resumo
Trata-se de estudo qualitativo que utilizou pesquisa documental na coleta dos dados. Aborda a violência doméstica contra a mulher, considerando a atenção pré-natal pública. Objetiva-se identificar e analisar condutas e estratégias utilizadas por profissionais de saúde durante o pré-natal, na suspeita de casos e na violência declarada, e discutir a problemática dos atendimentos às gestantes em situação de violência, na perspectiva dos registros. Foram pesquisados 784 prontuários de gestantes cadastradas em 2006, em 12 Serviços de Atenção Básica de Porto Alegre. Identificara-se 20 registros de violência contra a mulher, 10 anteriores ao pré-natal, 7 durante o pré-natal e 3 no pós-natal. Constatou-se que a violência aparece descontextualizada, e a conduta centrou-se nas consequências sobre a saúde física e psicológica da mulher e dos filhos. A violência não é registrada como agravo à saúde da mulher, gerando omissões no atendimento, sub-registro e invisibilização; consequentemente, inviabiliza-se a elaboração de estratégias de enfrentamento.
Palavras-chave
Referências
1.Bonfim EG. A violência doméstica contra a mulher na perspectiva da atenção pré-natal pública. [dissertação de mestrado] Porto Alegre (RS): Escola de Enfermagem/UFRGS; 2008.
2.Organização Mundial da Saúde-OMS. Informe Mundial sobre Violência e Saúde
3.Menezes TC, Amorim MMR, Santos LC, Faúndes A. Violência física doméstica e gestação: resultados de um inquérito no puerpério. Rev Bras Ginecol Obstetr 2003; 25 (5) 309-16.
4.Kronbauer JFD, Meneghel SN. Perfil da violência de gênero perpetrada por companheiro. Rev Saude Publica 2005; 39: 695-701.
5.Ministério da Saúde (BR). Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada - manual técnico
6.Pan American Health Organization- PAHO. Domestic violence during pregnancy. Fact sheet of the Program on Women, Health and Development. [serial on-line] 2000; 24. [cited 2006 Jun 19]. Available from:
7.Gerhardt TE. Anthropologie et santé publique: approcheinterdisciplinaire. Pauvreté, situations de vie et santé au quotidien à Paranaguá, Paraná, Brésil. [tese de doutorado] Bordeaux (FR): Universite de Bordeaux 2- Victor Segalen; 2000
8.Schraiber LB, D'Oliveira AFL, França-Junior I, Pinho AA
9.D' Oliveira AFPL. Violência de gênero, necessidades de saúde e uso de serviços em atenção primária. [tese de doutorado] São Paulo (SP): Faculdade Medicina/USP; 2000.
10.Leal SMC, Lopes MJM. Vulnerabilidade à morbidade por causas externas entre mulheres com 60 anos e mais, usuárias da atenção básica de saúde. Cienc Saude Colet 2006; 5 (3) 309-16.
11.Rodrigues GS, Lopes MJM, Souza AC, Ribeiro LM
12.Franzoi NM. Concepções de profissionais de equipes de saúde da família sobre violência de gênero. [dissertação de mestrado] São Paulo (SP): Escola de Enfermagem / USP; 2007.
13.Bruyn M. Violence, pregnancy and abortion
14.Cocco M. Geração e gênero na constituição de situações de vulnerabilidade aos acidentes e violências entre jovens de Porto Alegre
15.Cavasin S, coordenadora
16.Grossi PK, Aghinsky BG. Por uma nova ótica e uma nova ética na abordagem da violência contra mulheres nas relações conjugais
17.Oliveira CC, Fonseca RMGS. Práticas dos profissionais das equipes de saúde da família voltadas para as mulheres em situação de violência sexual. Rev Esc Enferm USP 2007; 41(4) 605-12.
18.César BAL. O beber feminino: a marca social do gênero feminino no alcoolismo em mulheres. [dissertação de mestrado] Rio de Janeiro (RJ): Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca; 2005
Submetido em:
26/06/2008
Revisado em:
18/09/2008
Aceito em:
30/01/2010