Children under violence situation followed-up in the outpatient setting at Rio de Janeiro: knowing their profile
Niños en situación de violencia de un ambulatorio en Rio de Janeiro: conociendo su perfil
Crianças em situação de violência de um ambulatório do Rio de Janeiro: conhecendo seu perfil
Lucia Martins de Magalhães Pierantoni; Ivone Evangelista Cabral
Abstract
The objectives of the study were to characterize children under violence situation, and their family members; and to analyze the social role of relatives as an aggressor and protectors in the circle of violence. A quantitative descriptive study was developed in the outpatient setting at Rio de Janeiro during 2006-2007. Data from 44 children charts showed that there was a strong relation among poverty, low background and gender to the social matrix of the violence. Boys were the main victims (64%) of violence. Physical aggression (33%) was more reported. Paradoxically, mothers were the main relatives who caused the aggression (39.1%), and assumed the social role as children protector (57.1%). It concluded that children, aggressor/protector need to be assisted, followed-up and supported by healthcare facility. Consequently, the double social role aggressor/protector implies family center care approach in order to break the circle of violence.
Keywords
Resumen
Pretende caracterizar los niños implicados en la situación de violencia y sus familiares y analizar el papel social del agresor/protector en el círculo de la violencia. El estudio cuantitativo descriptivo fue desarrollado en el ambulatorio de Familia de un Hospital de Río de Janeiro entre 2006 y 2007. Datos de los registros médicos de 44 niños señalan una intensa relación entre pobreza, bajo nivel de escolaridad y género en la matriz social de la violencia. Existe un mayor índice de niños expuestos a la violencia (64%) en comparación con las niñas. La violencia física es el factor que más se repite (33.3%). Paradójicamente, la madre es la principal agresora (39.1%) y protectora (57.1%). Se concluyó que tanto el niño como el agresor/protector necesitan de ayuda, apoyo y supervisión de los servicios de salud. En consecuencia, la doble función social del agresor/protector implica un enfoque del cuidado centrado en la familia.
Palabras clave
Resumo
Buscou-se caracterizar as crianças envolvidas em situação de violência e seus familiares, e analisar o papel social do agressor/protetor no círculo da violência. Estudo quantitativo descritivo foi desenvolvido no Ambulatório da Família de um Hospital do Rio de Janeiro, entre 2006 e 2007. Dados do prontuário de 44 crianças demonstraram intensa relação entre pobreza, baixa escolaridade e gênero na matriz social da violência. Houve maior registro de meninos (64%) expostos a violência do que meninas. A violência física foi a queixa mais recorrente (33,3%). Paradoxalmente, a mãe foi a principal agressora (39,1%) e protetora (57,1%). Conclui-se que tanto a criança como o agressor/protetor precisam de intervenção, apoio e monitoração do serviço de saúde, e que o duplo papel social (agressor/protetor) implica uma abordagem de cuidado centrado na família.
Palavras-chave
Referencias
1. Freire P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro (RJ): Paz e Terra; 2003.
2. Ministério da Saúde (BR). Estatuto da criança e do adolescente. Brasília (DF); 1991.
3. Taquete SR, organizador. Violência contra a mulher adolescente/jovem. Rio de Janeiro (RJ): Eduerj; 2007.
4. Minayo MCS, Souza ER, organizadores. Violência sob o olhar da saúde: a intrapolítica da contemporaneidade brasileira. Rio de Janeiro (RJ): Fiocruz; 2003.
5. Deslandes SF. Prevenir
6. Cabral IE, Silva JJ, Zillmann DO, Moraes JR, Rodrigues EC. A criança egressa da terapia intensiva na luta pela sobrevida. Rev Bras Enferm
7. Cabral. IE, Moraes JR, Santos FF. O egresso da terapia intensiva de três instituições públicas e a demanda de cuidados especiais.
8. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. -IBGE Estatísticas da saúde: assistência médico - sanitária. [on-line] 2007 jan [citado 17 abr 2007]: [aprox.2 telas]. Disponível em:
9. Pierantoni LMM. (Des) caminhos do protetor da criança em situação de violência: subsídios para a ação da enfermagem na equipe de saúde. [dissertação de mestrado]. Rio de Janeiro (RJ): Escola de Enfermagem Anna Nery/ UFRJ; 2007.
10. Secretaria Municipal de Saúde (RJ). Divisão Administrativa Geral do Município do Rio de Janeiro. Áreas de planejamento e regiões administrativas. [on-line] 2007 jan [citado 22 abr 2007]: [aprox 8 telas]. Disponível em:
11. Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil. (RJ) Unidades
12. Organização Mundial de Saúde -OMS.
13. Abreu VJ. Violência sexual intrafamiliar: ainda um segredo? Anais do Congresso Internacional Família e Violência; 1999 abr 19-23; Florianópolis (SC), Brasil.Florianópolis (SC):GAPEFAM; 1999. p.404-08.
14. Gonçalves MA. Infância e violência no Brasil: um estudo das práticas de educação em lares do Rio de Janeiro [tese de doutorado]. Rio de Janeiro (RJ): Departamento de Psicologia/PUC; 2001.
15. Lisboa MTL; Moura FJM; Reis LD. Violência no cotidiano e no trabalho de enfermagem: apreensões e expectativas de alunos de um curso de graduação em enfermagem do Rio de Janeiro. Esc Anna Nery Rev Enferm 2006 abr; 10(1): 81-6.
16. Faleiros VP. Violência contra a infância. Soc Estado 1995; 10(1): 475-90.
17. Veronese JRP. Criança família e violência: a necessária formulação de políticas públicas. Anais do Congresso Internacional Família e Violência; 1999 abr 19-23; Florianópolis (SC), Brasil. Florianópolis (SC): GAPEFAM; 1999.p. 115-24.
18. Reichenhein ME, Hasselmann MH, Moraes CL. Conseqüências da violência familiar na saúde da criança e do adolescente: contribuições para a elaboração de propostas de ação. Cienc Saude Colet
Submitted date:
07/08/2008
Reviewed date:
01/12/2009
Accepted date:
11/01/2009