Family perceptions about the institutionalized psychic suffering patient
Percepciones de familiares sobre el portador de sufrimiento psíquico institucionalizado
Percepções de familiares sobre o portador de sofrimento psíquico institucionalizado
Dulcian Medeiros de Azevedo; Francisco Arnoldo Nunes de Miranda; Mércia Maria de Paiva Gaudêncio
Abstract
The objective was to investigate the perception of mental suffering in the family vision. Descriptive study with a qualitative approach held in June 2005, in a midsize psychiatric hospital. It was interviewed 15 relatives who accompanied the treatment and assistance in hospital. The speeches were submitted to content analysis, in thematic categories. In that sense, the families have demonstrated the knowledge of behavioral changes resulted from mental suffering and its beginning time. Also reported a distressing and difficult journey when searching for help, saying they don't know to whom or what to look for, appealing, initially, to magical-religious aid, and subsequently, to medical and scientific knowledge. Within the family environment, the conflicts exist and reinforce the commitment in interpersonal relationships and social ties. It is a challenge for mental health professionals to establish therapeutic relationships with family members of individuals with psychological distress, providing a redirection of care practices, especially, in health education.
Keywords
Resumen
El objetivo fue investigar la percepción del sufrimiento psíquico desde la visión de la familia. Estudio descriptivo con enfoque cualitativo, realizado en junio de 2005 en un hospital psiquiátrico de tamaño medio. Fueron entrevistados 15 familiares que acompañaban el tratamiento y la asistencia en el hospital. Los discursos fueron sometidos a análisis de contenido, la categoría temática. En este sentido, los familiares demostraron conocimiento de los cambios de comportamiento resultantes del sufrimiento psíquico y el tiempo que toma para instalarse.. Relataron un angustiante y difícil recorrido en busca de ayuda, explicando que desconocen quién yo qué buscar, recurriendo en primera instancia a auxilios mágico-religiosos y, en seguida, al conocimiento médico-científico. En el ámbito de la convivencia familiar, los conflictos existen y fortalecen el desgaste de las relaciones interpersonales y vínculos sociales. La implantación de relaciones terapéuticas con los familiares de personas con sufrimiento psíquico es un desafío para los profesionales de salud mental, lo que requiere de una reorientación de las prácticas asistenciales, especialmente en la educación para la salud.
Palabras clave
Resumo
Objetivou-se investigar a percepção do sofrimento psíquico na visão familiar. Estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado em junho de 2005 em um hospital psiquiátrico de médio porte. Entrevistaram-se 15 familiares que acompanhavam o tratamento e a assistência no hospital. As falas foram submetidas à análise de conteúdo, categoria temática. Nesse sentido, os familiares demonstraram conhecer as alterações comportamentais decorrentes do sofrimento psíquico e o seu período de instalação. Relataram ainda um percurso angustiante e difícil na procura por ajuda, afirmando não saber a quem ou o quê procurar, valendo-se, inicialmente, do auxílio mágico-religioso e, posteriormente, do conhecimento médico-científico. No âmbito da convivência familiar, os conflitos existem e reforçam o comprometimento nas relações interpessoais e vínculos sociais. Torna-se um desafio para os profissionais de saúde mental estabelecer vínculos terapêuticos com familiares de portadores de sofrimento psíquico, ensejando um redirecionamento das práticas assistenciais e, sobretudo, de educação em saúde.
Palavras-chave
References
1.Souza RC, Pereira MAO, Scatena MCM. Família e transformação da atenção psiquiátrica: olhares que se (des)encontram. Rev Gaucha Enferm 2002 jul; 23(2): 68-80.
2.Casanova EG, Porto IS, Figueiredo NMA. O cuidado de enfermagem familiar/exótico na unidade de internação psiquiátrica: do asilar para a reabilitação psicossocial. Esc Anna Nery Rev Enferm 2006 dez; 10(4): 635-44.
3.Kaloustian SM, organizador. Família brasileira: a base de tudo. 7ª ed. São Paulo(SP): Cortez; 2005.
4.Coimbra VCC, Guimarães J, Silva MCF, Kantorski L, Scatena MCM. Reabilitação psicossocial e família: considerações sobre a reestruturação da assistência psiquiátrica no Brasil. Rev Eletr Enferm [periódico on-line] 2005 [citado 25 dez 2005] 7(1): 99-104, 2005. Disponível em:
5.Ministério da Saúde (BR). Saúde mental no SUS: acesso ao tratamento e mudança do modelo de atenção. Relatório de Gestão 2003-2006. Brasília (DF); 2007.
6.Polit DF, Beck CT, Hungler BP. Fundamentos de pesquisa em enfermagem. 5ª ed. Porto Alegre (RS): Artmed; 2004.
7.Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa (PT): Ed 70; 2002.
8.Amaral PCG, Durman S. O que pensa a família sobre o atendimento oferecido pela psiquiatria. Acta Sci Health Sci 2004; 26 (1): 113-19.
9.Ministério da Saúde (BR). Relatório sobre a saúde no mundo 2001: saúde mental - nova concepção, nova esperança. Brasília (DF); 2001.
10.Koga M, Furegato AR. Convivência com a pessoa esquizofrênica: sobrecarga familiar. Cienc Cuid Saude 2002 jan/jun; 1(1): 75-9.
11.Melman J. Família e doença mental: repensando a relação entre profissionais de saúde e familiares. 2ªed. São Paulo(SP): Esculturas; 2006.
12.Pereira MAO, Pereira Júnior A. Transtorno mental: dificuldades enfrentadas pela família. Rev Esc Enferm USP 2003; 37(4): 92-100.
13.Pinheiro JN, Chaves MC, Jorge MSB. A concepção de doença nas perspectivas: histórica, filosófica, antropológica, epistemológica e política. Rev RENE 2004 jul/dez; 5(2): 93-100.
14.Nasi C, Stumm LK, Hildebrandt LM. Convivendo com o doente mental psicótico na ótica do familiar. Rev Eletr Enferm [periódico on-line] 2005; [citado 25 dez 2005]; 6(1): 59-67. Disponível em:
15.Coelho VLD, Hollanda DM. Quando o usuário é autor: reflexões sobre depoimentos redigidos por pacientes com esquizofrenia. J Bras Psiquiatr 2002 jan; 51(6): 341-52.
16.Saraceno B. Libertando identidades: da reabilitação psicossocial à cidadania possível. Rio de Janeiro (RJ): IFB; 1999.
17.Schrank G, Olschowsky A. O centro de atenção psicossocial e estratégias para inserção da família. Rev Esc Enferm USP 2008; 42(1): 127-34.
18 - Teixeira A, Morais J, Fenili R. Uma nova proposta de assistência ao sofredor mental através de visitas domiciliares. Nurs 2005 abr; 83(8): 190-94.
Submitted date:
07/26/2008
Reviewed date:
02/06/2009
Accepted date:
04/10/2009