The Conceptions of users, relatives, and professionals about a Day-Care Unit
Representaciones de usuarios, familiares y profesionales acerca de un centro de atención psicosocial
Representações de usuários, familiares e profissionais acerca de um centro de atenção psicossocial
Rosâne Mello; Antonia Regina Ferreira Furegato
Abstract
From the changes in the mental health policies, several questions concerning the conceptions of users, relatives and professionals about a day-care units came up. This paper aims at: knowing the representations that users, relatives and professionals constructed about a day-care unit in the city of Rio de Janeiro. The research was made among users, relatives and professionals and was methodologically based on the Ego-ecologic theory by Marisa Zavalloni. We could notice that people who were interviewed perceived the day-care unit by a psychosocial model in which they associate the unit to the reduction of the number of admissions, the inclusion of the family and society members in the course of treatment, and the preservation of liberty. The professionals reassure that the importance of the political part of the day-care unit in the movement of psychiatric reformation. The professionals feel pressed to deal with the demand of a chaotic public reality that does not offer support to work, resulting in work overload, insecurity and limitations.
Keywords
Resumen
A partir de los cambios en la política de salud mental, surgieron varias inquietudes respecto al significado constituido por usuarios, familiares y profesionales sobre los Centros de Atención Psicosocial (CAPS). Este estudio tiene como objetivo: Conocer representaciones que usuarios, familiares y profesionales construyeron acerca de un CAPS en el Municipio de Rio de Janeiro, Brasil. La investigación fue realizada con usuarios, familiares y profesionales. Siguió el camino teórico-metodológico de la Teoría Ego-Ecológica de Marisa Zavalloni. Fue observado que los entrevistados perciben el CAPS a través del modelo psicosocial, y asocian el servicio a la reducción del número de internaciones, la inclusión de la familia y de la sociedad en el tratamiento, la manutención de la libertad. Los profesionales destacan la importancia del papel político del CAPS en el movimiento de la Reforma Psiquiátrica. Los profesionales se sienten presionados a dar cuenta de la demanda en una realidad pública caótica que no fornece condiciones de trabajo, generando sobrecarga, inseguridad y limitaciones al trabajo.
Palabras clave
Resumo
A partir das mudanças na política de saúde mental, surgiram várias inquietações no que diz respeito ao significado constituído por usuários, familiares e profissionais sobre os Centros de Atenção Psicossociais (CAPS). Este estudo tem como objetivo: Conhecer representações que usuários, familiares e profissionais construíram acerca de um CAPS no Município do Rio de Janeiro. A pesquisa foi realizada com usuários, familiares e profissionais. Seguiu o caminho teórico-metodológico da Teoria Ego-Ecológica, de Marisa Zavalloni. Observou-se que os entrevistados percebem o CAPS através do modelo psicossocial e associam o serviço à redução do número de internações, à inclusão da família e da sociedade no tratamento e à manutenção da liberdade. Os profissionais ressaltam a importância do papel político do CAPS no movimento da Reforma Psiquiátrica. Os profissionais sentem-se pressionados a dar conta da demanda em uma realidade pública caótica que não fornece condições de trabalho, gerando sobrecarga, insegurança e limitações ao trabalho.
Palavras-chave
References
1- Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF), 9 abr 2001. Seção 1: 2.
2-Portaria n° 336/GM, de 19 de fevereiro de 2002. Estabelece que os Centros de Atenção Psicossocial poderão constituir-se nas seguintes modalidades de serviço: CAPS I, CAPS II E CAPS III. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF), 20 fev 2002. Seção 1:22.
3-Saraceno B. Libertando identidades- da reabilitação psicossocial à cidadania possível. Belo Horizonte (MG): TeCorá; 1999.
4-Mello R, Furegato ARF. Internações psiquiátricas no Rio de janeiro de 1996 a 2005. Rev Enferm UERJ 2007; 15(2): 176-82.
5-Oliveira AGB. Trabalho e cuidado no contexto da atenção psicossocial: algumas reflexões. Esc Anna Nery Rev Enferm 2007;10(4): 694-702
6-Ministério da Saúde (BR). Princípios orientadores para o desenvolvimento da atenção em saúde mental nas Américas. In: Rolim M. Direitos humanos e segurança pública. [citado 27 abr 2005]. [aprox 5 telas]. Disponível em:
7-Zavalloni M, Louis-Guérin C. L'égo-ecologie comme étude de l'interaction symbolique et imaginaire de soi et des autres. Sociologie et Sociétés
8-Zavalloni M, Louis-Guérin C. Identité sociale et conscience. Introduction à l'égo ecologie. Quebec(CA): Les Presses de l'Université de Montreal; 1984.
9-Barton R. Psychosocial rehabilitation services in community support systems: a review of outcomes and policy recommendations. Psychiatric Services, [citado 30 mar 2007]. [aprox 9 telas] 1999. Disponível:
10-Pereira MAO. Representações da doença mental pela família do paciente. Interface: comunicação, saúde, educação. Botucatu (SP); 2003; 7(12): 71-82.
11-Peixoto G. Algumas considerações, com um pouco de história familiar, sobre a relação entre a loucura, a ética e a política no âmbito da saúde mental. In: Conselho Federal de Psicologia, organizador. Loucura, ética e política: escritos militantes. São Paulo (SP): Casa do Psicólogo 2003; p.66-71.
12-Koga M, Furegato ARF. Convivência com a pessoa portadora de esquizofrenia: sobrecarga familiar. Anais do V Encontro de Pesquisadores em Saúde Mental e IV Encontro de Especialistas em Enfermagem Psiquiátrica; 1997 abr. Ribeirão Preto (SP), Brasil: Scala; 1999. p.363-77.
13- Desviat M. A reforma psiquiátrica. Rio de Janeiro (RJ): FIOCRUZ; 1999.
14-Prefeitura do Rio de Janeiro (RJ). Armazém de dados. [citado maio 2005] [aprox 2 telas] Disponível em:
15-Oliveira MMB, Jorge MSB. Doente mental e sua relação com a família. Anais do V Encontro de Pesquisadores em Saúde Mental e IV Encontro de Especialistas em Enfermagem Psiquiátrica; 1997 abr. Ribeirão Preto (SP), Brasil: Scala; 1999. p.379-88.
16-Carvalho MC. Os desafios da desinstitucionalização. In: Figueiredo AC, Cavalcanti MT, organizadoras. A reforma psiquiátrica e os desafios da desinstitucionalização. Rio de Janeiro(RJ): IPUB/CUCA; 2001. p.09-38.
17-Costa-Rosa A. O modo psicossocial: um paradigma das práticas sustitutivas ao modo asilar. In: Amarante PG, organizador. Ensaios: subjetividade, saúde mental e sociedade. Rio de Janeiro (RJ): FIOCRUZ; 2000. p.141-68.
18-Campos FCB. Desafios da gestão de rede atenção em saúde mental para o cuidar em liberdade. In: World Health Organization Mediterranean. International Debate. set 2003. [citado 04 maio 2005]. Disponível:
Submitted date:
02/27/2008
Reviewed date:
04/09/2008
Accepted date:
04/18/2008