Work and care in the psychosocial attention context: some reflections
Trabajo y cuidado en el contexto de la atención psicosocial: algunas reflexiones
Trabalho e cuidado no contexto da atenção psicossocial: algumas reflexões
Alice Guimarães Bottaro de Oliveira
Abstract
Based on the data of a local study, we present a reflection about the care work and practices carried out by the two teams of the Psychosocial Attention Centers (CAPS), in light of the theoretical, administrative and technical-assistance presuppositions of the Psychiatric Reform and the historicity, materiality and contradictions of the teamwork within the matogrossense context. In the reality studied, the kind of management in mental health conditions the model of attention and, in great measure, reduces the collective and individual creative potential of the workers and the users. We emphasize the innovative and creative potential of this new technology, which, however, when being nationally standardized, simultaneously warrants resources and institutionalizes the care and mobilizes the therapeutic practices. Work and care is a dynamical process including workers and patients into a dialectic. The enlargement of the technical-political habilitation of the workers and the act of facing the contradictions inherent to this work allows to construct the always provisional psychosocial attention.
Keywords
Resumen
Partiendo de datos de un estudio local, presentamos una reflexión sobre el trabajo y las prácticas de cuidado realizadas por dos equipos de los Centros de Atención Psicosocial (CAPS), de acuerdo a los presupuestos teóricos administrativos y técnico-asistenciales de la Reforma Psiquiátrica, de la historia, materialidad y de contradicciones de trabajo de los equipos en el contexto del estado del Mato Grosso Brasil. En la realidad estudiada, el modo de gestión en salud mental condiciona el modelo de atención y, en gran medida, reduce el potencial creativo individual y colectivo de trabajadores y usuarios. Destacándose la potencialidad innovadora y creativa de esa nueva tecnología que mientras al ser estandarizada nacionalmente, simultáneamente garante recursos, institucionaliza el cuidado e inmoviliza prácticas terapéuticas. Trabajar/cuidar es un proceso dinámico que incluye a trabajadores y pacientes en una dialéctica. La ampliación de capacitación técnico-político de los trabajadores y los enfrentamientos de las contradicciones de ese trabajo puede permitir la construcción, siempre provisional, de la atención psicosocial
Palabras clave
Resumo
Partindo de dados de um estudo local, apresentamos uma reflexão sobre o trabalho e as práticas de cuidado realizadas por duas equipes dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), à luz dos pressupostos teóricos, administrativos e técnico-assistenciais da Reforma Psiquiátrica, e da historicidade, materialidade e contradições do trabalho das equipes no contexto matogrossense. Na realidade estudada, o modo de gestão em saúde mental condiciona o modelo de atenção e, em grande medida, reduz o potencial criativo individual e coletivo de trabalhadores e usuários. Destaca-se a potencialidade inovadora e criativa dessa nova tecnologia que, entretanto, ao ser padronizada nacionalmente, simultaneamente garante recursos e institucionaliza o cuidado e imobiliza práticas terapêuticas. Trabalhar/cuidar é um processo dinâmico que inclui trabalhadores e pacientes numa dialética. A ampliação da capacitação técnico-política dos trabalhadores e o enfrentamento das contradições desse trabalho pode permitir a construção, sempre provisória, da atenção psicossocial.
Palavras-chave
Referencias
1. Costa-Rosa A, Luzio CA, Yasui S. Atenção psicossocial: rumo a um novo paradigma na Saúde Mental Coletiva. In: Amarante P, organizador. Archivos de saúde mental e atenção psicossocial. Rio de Janeiro (RJ): Nau; 2003.
2. Ministério da Saúde (BR). Saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial. Brasília (DF); 2004.
3. Ministério da Saúde (BR). Dados sobre os centros de atenção psicossocial no Brasil.[on-line] [citado 09 out 2006] Disponível em:
4. Secretaria de Estado da Saúde (MT). Resolução CIB N°009/2001 de 25 de maio de 2001. Dispõe sobre a flexibilização do processo de implantação e implementação dos Centros de Atenção Psicossocial- CAPS em Mato Grosso. Publicada no DOMT de 18/06/2001; 2001.
5. Secretaria de Estado da Saúde (MT). Resolução CIB N°001/2002 de 22 de março de 2002. Dispõe sobre a alteração de materiais permanentes para implantação e implementação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) em Mato Grosso. Publicada no DOMT de 12/06/2002; 2002a
6. Secretaria de Estado da Saúde (MT). Portaria n° 047/SES/GS de 15 de abril de 2002. Dispõe sobre a microrregionalização da saúde. Publicada no DOMT de 13/05/2002; 2002 b
7. Oliveira AGB, Alessi NP. Superando o manicômio? Desafios na construção da reforma psiquiátrica. Cuiabá (MT): Ed UFMT; 2005.
8. Oliveira AGB, Santos JP, Marcon SR. Características da população atendida na central de vagas psiquiátricas do Município de Cuiabá: 1998/1999. Colet Enferm 2004 jan-abr; 3(1): 36-44.
9. Pires D, Gelbcke FL. Transformações no mundo do trabalho e a enfermagem: transformações e oportunidades no mercado de trabalho. Anais do 53º Congresso Brasileiro de Enfermagem; 2001 out 09-14; [CD-ROM] Curitiba (PR), Brasil: Curitiba (PR): ABEn; 2001.
10. Vieira ALS. Empregabilidade dos enfermeiros no Brasil. Esc Nery Rev Enferm 2003; 6(1): 65-74.
11. Oliveira AGB, Conciani ME. Participação social e reforma psiquiátrica: um estudo de caso. Ciência & Saúde Coletiva. No prelo 2006.
12. Castel R. A ordem psiquiátrica: a idade de ouro do alienismo. Rio de Janeiro (RJ): Graal; 1978.
13. Paim JS. Vigilância da saúde: dos modelos assistenciais para a promoção da saúde. In: Czeresnia D, organizador. Promoção da saúde. Rio de Janeiro (RJ): Ed da FIOCRUZ; 2003.
14. Costa-Rosa A O modo psicossocial: um paradigma das práticas substitutivas ao modo asilar. In: Amarante P, organizador. Ensaios: subjetividade, saúde mental, sociedade. Rio de Janeiro (RJ): Ed da FIOCRUZ; 2000.
15. Oliveira AGB, Moura Vieira MA, Andrade SMR. Saúde mental na saúde da família: subsídios para o trabalho assistencial. São Paulo (SP): Olho d'agua; 2006.
16. Freire FHMA, Ugá MAD, Amarante P. Os centros de atenção psicossocial e o impacto do sistema de financiamento no modelo assistencial. In: Amarante P, organizador. Archivos de saúde mental e atenção psicossocial. Rio de Janeiro (RJ): Nau; 2005.
17. Goldberg J. Reabilitação como processo: o centro de atenção psicossocial. In: Pitta A, organizadora. Reabilitação psicossocial no Brasil. São Paulo (SP): Hucitec; 2001.
18. Prata NISS. As oficinas e o ofício de cuidar. In: Costa CM, Figueiredo A, organizadores. Oficinas terapêuticas em saúde mental. Rio de Janeiro (RJ): IPUB; 2004.
19. Saraceno B. Reabilitação psicossocial: uma estratégia para a passagem do milênio. In: Pitta A, organizadora. Reabilitação psicossocial no Brasil. São Paulo (SP): Hucitec; 2001.
20. Arendt H. Origens do totalitarismo: anti-semitismo, imperialismo, totalitarismo. São Paulo (SP): Companhia das Letras; 1989.
21. Basaglia F. Escritos em saúde mental e reforma psiquiátrica. Rio de Janeiro(RJ): Garamond; 2005.
Submitted date:
29/09/2006
Reviewed date:
25/10/2006
Accepted date:
14/11/2006