Realization of the episiotomy in the current days to the light of the scientific production: a revision
Realización de la episiotomía en los días actuales a luz de la producción científica: una revisión
Realização da episiotomia nos dias atuais à luz da produção científica: uma revisão
Paulo Alexandre de Souza São Bento; Rosangela da Silva Santos
Abstract
Episiotomy is a surgical procedure conducted by obstetricians and obstetrical nurses on the female perineum at the time of delivery. This procedure is adopted as routine in obstetrics, and its practice is currently being questioned. The present study was conducted beginning with bibliographical research of the scientific production regarding episiotomy. The bibliographical research for the present study was done with the help of search tools at the LILACS database. 60 studies were found, of which 22 specific papers on episiotomy, referring to the 1980s, 1990s and the period from 2000 to 2005, were analyzed. Discussions on the subject matter dealt with the study characteristics, the professional conducting the procedure and the manner of study of this procedure. Research indicates the majority of studies on episiotomy were done by doctors, whose main concern appears to be the technical and scientific aspects of the subject matter. This reflects a Cartesian background with a biological focus, as well as a political vision of feminine health, as a rule considering women reproductive beings whose most relevant roles are those connected to domestic, child-rearing activities, all in.
Keywords
Resumen
Este es un procedimiento quirúrgico realizado en el perineo de la mujer en la ocasión del parto, y es ejecutado por obstetras y enfermeros obstetras. Actualmente la episiotomía ha sido empleada de forma rutinaria e esta práctica viene sendo cuestionada. El presente estudio fué conducido a partir de la investigación bibliográfica de la producción científica a respecto de la episiotomía. La investigación bibliográfica se hizo por medio de busca electrónica en el banco de dados informatizado LILACS. Fueron reunidos 60 estudios, analizados 22 trabajos sobre episiotomía especificadamente, divididos por los periodos de las décadas de 80 y 90 e aquello entre los años de 2000 a 2005. Las discusiones se orientaron por la característica del estudio, el profesional quién lo condució y de que forma se estudió la episiotomía. Se concluye que la mayoría de los estudios publicados sobre la episiotomía fueron elaborados por médicos, con predominancia de los aspectos técnico-científicos como reflejo de una formación cartesiana, con enfoque biológico, también reflejo de una visión política para la salud de la mujer, que siempre la he definido como un ser reproductivo, creada para el lar y para los hijos, ideología impresa en los programas políticos que orientaron la salud en este grupo.
Palabras clave
Resumo
A episiotomia é um procedimento cirúrgico realizado no períneo da mulher no momento do parto, feita por obstetras e enfermeiros obstetras. Atualmente tem sido empregada de forma rotineira, e esta prática vem sendo questionada. O presente estudo foi concebido a partir do levantamento bibliográfico da produção científica sobre episiotomia. Deu-se com busca eletrônica no banco de dados informatizado da LILACS. Foram levantados 60 estudos, sendo analisados 22 trabalhos sobre episiotomia especificamente, separados por décadas: 1980, 1990, e de 2000 a 2005. As discussões orientaram-se pela característica de estudo e do profissional que o produziu, e de que forma analisou a questão sobre a episiotomia. Conclui-se que a maioria dos estudos publicados sobre episiotomia foi elaborada por médicos, predominando os aspectos técnico-científicos e revelando-se o reflexo de uma formação cartesiana, com enfoque biologicista, também reflexo da visão política voltada à saúde da mulher, que ao longo dos anos foi definida como ser da reprodução, figura feita para o lar e para os filhos, ideologia impressa nos programas políticos que definiram a saúde deste grupo.
Palavras-chave
Referencias
1. Tortora GJ. Corpo humano fundamentos de anatomia e fisiologia. 4ª ed. São Paulo (SP): ArtMed; 2003.
2. Tomasso G, Althabe F, Cafferata M, Alemán A, Sosa C, Belizán J. Devemos seguir haciendo la episiotomia em forma rutinaria? Rev Obstetrícia e Ginecologia , Venezuela, 2002 jun; 62(2): 115-21.
3. Labrecque M, Eason E, Daniels F, Ymayo MR, Bourget MM. Episiotomia de rotina: as evidências contra. Diagnóstico e tratamento 2000 jul; 5(2): 43-50.
4. Diniz S. Campanha pela abolição da episiotomia de rotina. Fique amiga dela. [periódico on line] 2004 ago; [citado 10 ago 2004]; [aprox. 4 telas]. Disponível em:
5. Borges BB, Serrano F, Pereira F. Episiotomia: uso generalizado versus selectivo. Acta Médica Portuguesa 2003 fev; (16): 447-54.
6. Rubio JA. Política selectiva de episiotomia y riesgo de desgarro perineal em um hospital universitário. Rev Colombiana de Obstetrícia y Ginecologia 2005 abr/jun; 56: 2.
7. Organização Mundial de Saúde-OMS. Assistência ao parto normal: um guia prático. Relatório de Grupo Técnico. Genebra; 1996.
8. Lardizábal J, Cingolani S, Martínez L. Episiotomia. parto feliz. [periódico on line] 2006 mar; [citado 20 mar 2006]; [aprox. 2 telas]. Disponível em:
9. Carpanzano C. L'episiotomia. L'ostetrica informa. [on line] 2006 mar; [citado 20 mar 2006]; [aprox. 9 telas]. Disponível em:
10. Paciornik M. Aprenda a envelhecer sem ficar velho. 3ª ed. Curitiba (PR): Ed. Goulart; 1997.
11. Odent M. O renascimento do parto. Tradução de Roland B. Calheiros. Florianópolis (SC): Saint-Germain; 2002.
12. Rampazzo L. Metodologia científica: para alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. 2.ª ed. São Paulo (SP): Loyola; 2004.
13. Dias IMAV, Marchionatti C, Santos RS. A produção científica sobre vacinação na literatura brasileira de enfermagem no período de 1973 a 1999. Esc Anna Nery Rev Enferm 2003 abr; 7(1): 57-68.
14. Benati CJ. Estudo duplo-cego comparativo com dose única de acetaminofen, acido acetilsalicilico e placebo, no tratamento da dor pós-episiotomia. J Bras Ginecol 1984; 94(5): 191-97.
15. Padilla de Gil M. Difunisal vrs aspirina em el dolor post-episiotomía: estúdio comparativo. Rev Med Costa Rica 1987 jul; 54(500): 123-25.
16. Rosas Perez O, Salinas AF. Valoracion del efecto analgésico y tolerabilidad de suprofen y dipirona em pacientes com dolor debido a episiotomia. Invest Med Int 1986 set; 13(2): 105-08.
17. Manso Regalado V, Alemán Ramírez PE, Aguila García MA. Accidente quirúrgico poço frecuente en la episiotomía: presentación de um caso. Rev Cubana Obstetrícia e Ginecologia 1989 jan; 15 (1/2): 107-12.
18. Amar I, Soares MMO. A episiotomia: riscos e benesses. Arq Bras Med 1989 mar/abr; 63 (2): 79-81.
19. Fonseca Morales JV. Determinación de incontinência fecal por lesiones ocultas del esfínter anal durante el parto vaginal con episiotomía media em primigestas. Rev sanidad Militar 1998 nov/dez; 52(6): 355-58.
20. Saab Neto JA, Gonçalves LFA. Avaliação clínica do emprego do cloranfenicol como antibiótico profilático no parto normal com episiotomia. ACM-Arq Catarinense de Medicina 1990 abr/jun; 19 (2): 97-102.
21. Riffel MJ. Episiotomia: a dimensão oculta [dissertação de mestrado]. Porto Alegre (RS): Universidade Federal de Santa Catarina/Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 1997.
22. Martins-Costa S, Ramos JGL, Brietzke E, Stuczinski JV, Dias EC. Episiotomia: o que há de verdade neste tradicional procedimento? Femina 2001 maio; (29): 201-04.
23. Díaz-Barreiro G, Niño Sánchez A. Endometriosis em la cicatriz de episiotomia y em vagina. Informe de um caso y revisión de la literatura. Ginecologia y Obstetricia, México, 2002 jun; 70(6): 281-84.
24. Vasconcelos SDD. Dominação e autonomia: os elementos básicos da enfermagem obstétrica [dissertação de mestrado]. Rio de Janeiro (RJ): Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ; 2001.
25. Martins CA. O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher-PAISM em Goiânia: a (des) institucionalização da consulta de enfermagem no pré-natal. [tese de doutorado]. Rio de Janeiro (RJ): Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ; 2001.
26. Davis-Floyd R. Del medico al sanador. Buenos Aire(AR): Creavida; 2004.
27. Silva HCFS. Programas de ensino de enfermagem obstétrica: análise dos marcos estruturais [dissertação de mestrado]. Rio de Janeiro (RJ): Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ; 1995.
28. Araújo CF, Tyrrell MAR. Exposição oral sobre Políticas da Mulher no Brasil. Política e problemática na saúde da mulher no Brasil. Rio de Janeiro (RJ): UFRJ/CCS/EEAN; abril. 2005
29. Dias-Bordenave JE. O que é participação. 8.ªed. São Paulo (SP): Brasiliense; 1994.
30. Ministério da Saúde (BR). Direitos sexuais e direitos reprodutivos: uma prioridade do governo. Brasília (DF); 2005.
Submitted date:
29/08/2005
Reviewed date:
23/08/2006
Accepted date:
27/10/2006