Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
https://app.periodikos.com.br/journal/ean/article/doi/10.1590/2177-9465-EAN-2022-0068en
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
Research

Demands and use of health services among immigrants from a metropolitan region in northeastern Brazil

Demandas y uso de servicios de salud entre inmigrantes de uma región metropolitana del noreste de Brasil

Demandas e utilização de serviços de saúde entre imigrantes de uma região metropolitana do nordeste do Brasil

Herifrania Tourinho Aragão; Alef Nascimento Menezes; Millena Luize de Lima Oliveira; Jessy Tawanne Santana; Rubens Riscala Madi; Cláudia Moura de Melo

Downloads: 0
Views: 127

Abstract

Objective: This study aimed to analyze the demands and use of health services by international migratory clusters in the metropolitan region of Aracaju, Sergipe.

Method: A total of 186 immigrants were recruited, and divided into clusters according to the country of origin and continent. An epidemiological questionnaire on health conditions and care-related.

Results: Low and low middle income country immigrants (LMI) are younger, with lower length of stay in Brazil, elementary education, working without a formal contract, with an income of up to 1 minimum wage (p<0.05). Latin America immigrants (LAI) are approximately twice as likely to have some Chronic noncommunicable disease (NCDs), compared to other country immigrants (OCI). Age and length of stay in Brazil influence self-rated health, search for health services and having some NCDs (p<0.05). The Unified Health System (Sistema Único de Saúde) was the most sought after both on arrival in Brazil and in the last 12 months, mainly by LMI and LAI (p<0.05).

Conclusion and implications for practice: Differences were observed within immigrant subgroups, mainly in terms of their use patterns and the importance for cross-cultural competence in health care.

Keywords

Access to Health Services; Health Conditions; Cultural Competency; Chronic Noncommunicable Diseases; Immigration

Resumen

Objetivo: fueron analizadas las demandas y el uso de los servicios de salud por los inmigrantes en la Región Metropolitana de Aracaju, Sergipe.

Método: fueron reclutados, mediante el método bola de nieve, 186 inmigrantes y se dividieron en agrupación es según la renta per cápita del país de origen y continente. Se utilizó un cuestionario auto aplicado sobre condiciones y prácticas de salud.

Resultados: los inmigrantes de países de renta baja y media baja (IMB) son más jóvenes, han pasado menos tiempo en Brasil, tien en educación primaria/secundaria, trabajan sin contrato formal y tienen una renta de hasta 1 mínimo salario (p<0,05). Los inmigrantes de Latinoamérica (LAI) tienen aproximadamente el doble de probabilidades de tener una enfermedad crónica no transmisible (ENT) em comparación con inmigrantes de otros países (IOP). La edad y el tiempo de permanencia en Brasil influyen en la autoevaluación de la salud, la búsqueda de servicios de salud y el tener algunas ENT (p<0,05). El Sistema Único de Salud (Sistema Único de Saúde) fue el más buscado tanto a su llegada a Brasil como en los últimos 12 meses, principalmente por el IMB y la IAL (p<0,05).

Conclusión e implicaciones para la práctica: se observaron diferencias dentro de los subgrupos de inmigrantes, principalmente en términos de sus patrones de uso, resaltando la importancia de la competencia intercultural em la asistencia.

Palabras clave

Acceso a los Servicios de Salud; Competencia Intercultural; Condiciones de Salud; Enfermedades Crónicas No Transmisibles; Inmigración

Resumo

Objetivo: analisar as demandas e a utilização dos serviços de saúde por imigrantes na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe.

Método: recrutaram-se, pelo método bola de neve, 186 imigrantes, alocados em clusters relacionados à renda per capita do país de origem e países da América Latina ou não. Utilizou-se questionário auto aplicado sobre as condições e práticas de saúde.

Resultados: imigrantes de países com renda baixa e média baixa (IMB) são mais jovens, com menor tempo de permanência no Brasil, possuem ensino fundamental/médio, exercem atividade laboral sem carteira de trabalho assinada e renda de até um salário mínimo (p<0,05). Imigrantes da América Latina (IAL) possuem aproximadamente duas vezes mais chances de ter alguma doença crônica não transmissível (DCNT), comparados aos imigrantes de outros países (IOP). A idade e o tempo de permanência no Brasil influenciam na autoavaliação da saúde, na busca por serviços de saúde e ter alguma DCNT (p<0,05). O Sistema Único de Saúde foi o mais buscado tanto na chegada ao Brasil quanto nos últimos 12 meses, principalmente pelos IMB e IAL (p<0,05).

Conclusão e implicações para a prática: observaram-se diferenças dentro dos subgrupos de imigrantes, principalmente em termos de padrões de utilização, ressaltando a importância da competência transcultural na assistência.

Palavras-chave

Acesso aos Serviços de Saúde; Competência Transcultural; Condições de Saúde; Doenças Crônicas não Transmissíveis; Imigração

References

1 Leite JC, Uemura J, Siqueira F, organizadores. O eclipse do progressismo: a esquerda latino-americana em debate. São Paulo: Elefante; 2018.

2 Granja L, Villarreal M. Mercosur migrante: enfoques y evolución del tratamiento de la movilidad humana em el Mercosur. Terceiro Milênio [Internet]. 2017; [citado 2022 abr 1];8:49-78. Disponível em: https://revistaterceiromilenio.uenf.br/ind

3 Baeninger R, Demétrio NB, Domeniconi J, Queiroz SN, Silvana CC, Zuben CV et al. Atlas temático: migrações internacionais, região nordeste. In: Universidade Estadual de Campinas, organizador. Observatório das Migrações em São Paulo e Observatório das Migrações no Estado do Ceará. Campinas: NEPO/UNICAMP; 2019 [citado 2022 abr 1]. Disponível em: https://www.nepo.unicamp.br/publicacoes/_atlasnordeste.php

4 Queiroz SN, Baeninger R. Migrações internacionais no século XXI: tendências e características da dinâmica migratória para o Nordeste brasileiro. In: Baptista DMT, Magalhães LFA, organizadores. Migrações em expansão no mundo em crise [Internet]. 1ª ed. São Paulo: EDUC, Editora da PUC-SP; 2020. p. 213-51 [citado 2022 abr 1]. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/343182040_Migracoes_internacionais_no_seculo_XXI_tendencias_e_caracteristicas_da_dinamica_migratoria_para_o_Nordeste_brasileiro

5 Silva CC, Anunciação CS, Barbosa CF. Venezuelanos no Nordeste: Reflexões sobre o perfil dos imigrantes e o acolhimento social e jurídico. In: Baeninger R, Silva JCJ, organizadores. Migrações Venezuelanas [Internet]. Campinas: NEPO/UNICAMP; 2018 [citado 2022 abr 1]. Disponível em: https://www.nepo.unicamp.br/publicacoes/livros/mig_venezuelanas/migracoes_venezuelanas.pdf

6 Martin D, Goldberg A, Silveira C. Imigração, refúgio e saúde: perspectivas de análise sociocultural. Saude Soc. 2018;27(1):26-36. http://dx.doi.org/10.1590/s0104-12902018170870.

7 Goldberg A, Martin D, Silveira C. Por um campo específico de estudos sobre processos migratórios e de saúde na Saúde Coletiva. Interface Comunicacao Saude Educ. 2015;19(53):229-32. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622015.0194.

8 Galina VF, Silva TBB, Haydu M, Martin D. Literature review on qualitative studies regarding the mental health of refugees. Interface. 2017;21(61):297-308. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622016.0929.

9 Beiser M, Hou F. Chronic health conditions, labour market participation and resource consumption among immigrant and native-born residents of Canada. Int J Public Health. 2014;59(3):541-7. http://dx.doi.org/10.1007/s00038-014-0544-z. PMid:24504154.

10 Dowd JB, Zajacova A. Does the predictive power of self-rated health for subsequent mortality risk vary by socioeconomic status in the US? Int J Epidemiol. 2007;36(6):1214-21. http://dx.doi.org/10.1093/ije/dym214. PMid:17971388.

11 Kawada T. Self-rated health and life prognosis. Arch Med Res. 2003;34(4):343-7. http://dx.doi.org/10.1016/S0188-4409(03)00052-3. PMid:12957533.

12 Lommel LL, Chen JL. The relationship between self-rated health and acculturation in hispanic and asian adult immigrants: a systematic review. J Immigr Minor Health. 2016;18(2):468-78. http://dx.doi.org/10.1007/s10903-015-0208-y. PMid:25894534.

13 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (BR). Artigo 196. Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF), 5 out 1988 [citado 17 ago 2021]. Disponível em: https://constituicao.stf.jus.br/dispositivo/cf-88-parte-1-titulo-8-capitulo-2-secao-2-artigo-196

14 Lei nº 13.445, de 24 de maio de 2017 (BR). Institui a Lei de Migração. Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF), 25 maio 2017 [citado 17 ago 2021]. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2017/lei-13445-24-maio-2017-784925-publicacaooriginal-152812-pl.html

15 Nascimento LC, Viegas SMF, Menezes C, Roquini GR, Santos TRO. SUS na vida dos brasileiros: assistência, acessibilidade e equidade no cotidiano de usuários da Atenção Primária à Saúde. Physis. 2020;30(03):1-17. http://dx.doi.org/10.1590/s0103-73312020300330.

16 Diaz E, Calderón-Larrañaga A, Prado-Torres A, Poblador-Plou B, Gimeno-Feliu L-A. How do immigrants use primaryhealthcareservices? A register-based study in Norway. Eur J Public Health. 2015;25(1):72-8. http://dx.doi.org/10.1093/eurpub/cku123. PMid:25085475.

17 Zapata GP, Prieto Rosas V. Structural and contingent inequalities: the impactof Covid-19 on migrant and refugee populations in South America. Bull Lat Am Res. 2020;39(S1):16-22. http://dx.doi.org/10.1111/blar.13181.

18 Ennes MA, Morato R, Santos CF. Dois olhares sobre a migração internacional no Nordeste brasileiro. Cad CERU. 2020;31(2):232-48. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2595-2536.v31i2p232-248.

19 Cavalcanti L, Oliveira T, Macêdo M, Pereda L. Resumo executivo. Imigração e Refúgio no Brasil. A inserção do imigrante, solicitante de refúgio e refugiado no mercado de trabalho formal [Internet]. Brasília: Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), Ministério da Justiça e Segurança pública/Conselho Nacional de Imigração e Cordenação Geral de Imigração Laboral; 2019 [citado 17 ago 2021]. Disponível em: https://portaldeimigracao.mj.gov.br/images/publicacoes-obmigra/RESUMO%20EXECUTIVO%20_%202019.pdf

20 The World Bank. World Bank country and leding groups [Internet]. 2021 [citado 17 ago 2021]. Disponível em: https://datahelpdesk.worldbank.org/knowledgebase/articles/906519-world-bank-country-and-lending-groups

21 Prado M. Venezuela: 96,2% da população vive na pobreza e 79,3% estão em situação extrema [Internet]. 2021 [citado 17 ago 2021]. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/business/venezuela-96-2-da-populacao-vivem-na-pobreza-e-79-3-estao-em-situacao-extrema/33

22 Vogt WP. Dictionary of statistics and methodology: a non- technical guide for the social sciences. 3th ed. London: Sage; 2005. http://dx.doi.org/10.4135/9781412983907.

23 Alves JFS, Martins MAC, Borges FT, Silveira C, Muraro AP. Utilização de serviços de saúde por imigrantes haitianos na grande Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. Cien Saude Colet. 2019;24(12):4677-86. http://dx.doi.org/10.1590/1413-812320182412.32242017.

24 Dias SF, Severo M, Barros H. Determinants of health care utilization by immigrants in Portugal. BMC Health Serv Res. 2008;8:207. http://dx.doi.org/10.1186/1472-6963-8-207. PMid:18840290.

25 Pereira MG. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Kogan; 1995.

26 Rechel B, Mladovsky P, Ingleby D, Mackenbach JP, Mckee M. Migration and health in anincreasingly diverse Europe. Lancet. 2013;381(9873):1235-45. http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(12)62086-8. PMid:23541058.

27 Uiters E, Devillé W, Foets M, Spreeuwenberg P, Groenewegen PP. Differences between immigrant and non-immigrant groups in the use of primary medical care; a systematic review. BMC Health Serv Res. 2009;9:76. http://dx.doi.org/10.1186/1472-6963-9-76. PMid:19426567.

28 Klein J, von dem Knesebeck O. Inequalities in health care utilization Amon migrants and non-migrants in Germany: a systematic review. Int J Equity Health. 2018;17:160. http://dx.doi.org/10.1186/s12939-018-0876-z. PMid:30382861.

29 Lebano A, Hamed S, Bradby H, Gil-Salméron A, Durá-Ferrandis E, Garcés-Ferrer J et al. Migrant’s and refugees’ health status and healthcare in Europe: a scoping literature review. BMC Public Health. 2020;20:1039. http://dx.doi.org/10.1186/s12889-020-08749-8. PMid:32605605.

30 Starker A, Hovener C, Rommel A. Utilization of preventive care among migrants and non-migrants in Germany: results from the representative cross- sectional study ‘German health interview and examination survey for adults (DEGS1)’. Arch Public Health. 2021;79(1):86. http://dx.doi.org/10.1186/s13690-021-00609-0. PMid:34030735.

31 Laberge M, Leclerc M. Immigration factors and potentially avoidable hospitalizations in Canada. SSM Popul Health. 2019;7:100336. http://dx.doi.org/10.1016/j.ssmph.2018.100336. PMid:30581968.

32 Creatore AI, Moineddin R, Booth G, Manuel DH, DesMeules M, McDermott S et al. Age-and sex-related prevalence of diabetes mellitus among immigrants to Ontario, Canada. CMAJ. 2010;182(8):781-9. http://dx.doi.org/10.1503/cmaj.091551. PMid:20403889.

33 Pandey M, Kamrul R, Michaels CR, McCarron M. Perceptions of mental health and utilization of mental health services among new immigrants in Canada: a qualitative study. Community Ment Health J. 2022;58(2):394-404. http://dx.doi.org/10.1007/s10597-021-00886-7. PMid:34047862.

34 Guo S, Lucas RM, Joshy G, Banks E. Cardiovascular disease risk factor profiles of 263,356 older Australians according to region of birth and acculturation, with a focus on migrants born in Asia. PLoS One. 2015;10(2):e0115627. http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0115627. PMid:25695771.

35 Goldberg A. Contextos de vulnerabilidad social y situaciones de riesgo para lasalud: tuberculosis en inmigrantes bolivianos que trabajan y vivenentallerestextiles clandestinos de Buenos Aires. Cuad Antropol Soc [Internet]. 2014; [citado 2022 abr 1];39:91-114. Disponível em: http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1850-275X2014000100004&lng=es&nrm=iso

36 Grillet ME, Hernández-Villena JV, Llewellyn MS, Paniz-Mondolfi AE, Tami A, Vincenti-Gonzalez MF et al. Venezuela’s humanitarian crisis, resurgence of vector-borne diseases, and implications for spillover in the region. Lancet Infect Dis. 2019;19(5):e149-61. http://dx.doi.org/10.1016/S1473-3099(18)30757-6. PMid:30799251.

37 Burki T. COVID-19 in Latin America. Lancet Infect Dis. 2020;20(5):547-8. http://dx.doi.org/10.1016/S1473-3099(20)30303-0. PMid:32311323.

38 Guerra K, Ventura M. Bioética, imigração e assistência à saúde: tensões e convergências sobre o direito humano à saúde no Brasil na interpretação regional dos países. Cad Saude Colet. 2017;25(1):123-9. http://dx.doi.org/10.1590/1414-462x201700010185.

39 Arruda-Barbosa L, Sales AFG, Torres MEM. Impacto da migração venezuelana na rotina de um hospital de referência em Roraima, Brasil. Interface. 2020;24(2):e190807. http://dx.doi.org/10.1590/interface.190807.

40 Herrero-Arias R, Diaz E. A qualitative study on the experiences of southern European immigrant parents navigation the Norwegian health care system. Int J Equity Health. 2021;20(1):42. http://dx.doi.org/0.1186/s12939-021-01384-8. PMid:33478515.

41 Delamuta KG, Mendonça FF, Domingos CM, Carvalho MN. Experiências de atendimento à saúde de imigrantes bengaleses entre trabalhadores da atenção primária à saúde no Paraná, Brasil. Cad Saude Publica. 2020;36(8):1-12. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00087019. PMid:32813795.

42 Dalmau-Bueno A, García-Altés A, Vela E, Clèries M, Pérez CV, Argimon JM. Frequency of health-care service use and severity of illness in undocumented migrants in Catalonia, Spain: a population-based, cross-sectional study. Lancet Planet Health. 2021;5(5):e286-96. http://dx.doi.org/10.1016/S2542-5196(21)00036-X. PMid:33964238.

43 Credé SH, Such E, Mason S. International migrants’ use of emergency departments in Europe compared with non-migrants’ use: a systematic review. Eur J Public Health. 2018;28(1):61-73. http://dx.doi.org/10.1093/eurpub/ckx057. PMid:28510652.

44 Sánchez J. Self-medication practices among a sample of Latino migrant workers in South Florida. Public Health Front. 2014;2:108. http://dx.doi.org/10.3389/fpubh.2014.00108. PMid:25140297.

45 Arrais PSD, Fernandes MEP, Pizzol TSD, Ramos LR, Mengue SS, Luiza VL et al. Prevalência da automedicação no Brasil e fatores associados. Rev Saude Publica. 2016;50(Supl. 2):1s-12s. http://dx.doi.org/10.1590/s1518-8787.2016050006117. PMid:27982373.


Submitted date:
04/01/2022

Accepted date:
09/28/2022

67bf6d63a9539504a8759363 ean Articles

Esc. Anna Nery

Share this page
Page Sections