Access and accessibility to cancer screening for Brazilian women with spinal cord injury
Acceso y accesibilidad al rastreo de cáncer en mujeres brasileñas con lesión medular
Acesso e acessibilidade ao rastreamento de câncer em mulheres brasileiras com lesão medular
Renata Boer; Fabiana Faleiros Santana Castro; Thais de Oliveira Gozzo
Abstract
Objective: to identify and analyze the accessibility and accessibility of Brazilian women with spinal cord injury to preventive examinations for breast and cervical cancer.
Method: quantitative and cross-sectional study developed in a virtual platform. Descriptive statistical analysis was performed, as well as association analysis between qualitative variables using Fisher's exact test. When identified the association (p<0.05), logistic regression was performed.
Results: a total of 120 Brazilian women with spinal cord injury, aged between 25 and 67 years participated in the study; 85.83% visited a gynecologist after the spinal cord injury, 79.17% underwent cytology and 52.50% underwent mammography. It was observed that women who used the supplementary health plan were more likely to have visited a gynecologist than those who used the public service. Those who had a partner and were older were more likely to have undergone the cytology exam. For mammography, those who were older and who used supplementary health care were more likely to have had mammography exams after the spinal cord injury.
Conclusion: women with spinal cord injury seek screening tests. However, they encounter difficulties related to the physical structure, equipment, transportation, health professionals, as well as socio-demographic difficulties and difficulties regarding the health service used.
Keywords
Resumen
Objetivo: este estudio tuvo como objetivo identificar y analizar la accesibilidad y el acceso de mujeres brasileñas con lesión medular para la realización de exámenes preventivos de cáncer de mama y de cuello uterino.
Método: se desarrolló un estudio cuantitativo y transversal, realizado en un entorno virtual. Los análisis estadísticos descriptivos y la asociación entre variables cualitativas se realizaron mediante la prueba exacta de Fisher, cuando se identificó una asociación se realizó una regresión logística.
Resultados: participaron 120 mujeres brasileñas con lesión medular, la edad de las participantes varió de 25 a 67 años. Con relación al rastreo, el 85,83% de las mujeres acudió al ginecólogo tras la LM, el 79,17% se sometió a citología y el 52,50% a mamografía. Se observó que las mujeres que utilizaban un seguro médico privado tenían más probabilidades de haber visto a un ginecólogo que las usuarias del servicio público. Las que tenían pareja y mayores tenían más probabilidades de someterse a citología oncótica. Para la mamografía, las que eran mayores y que usaban un seguro médico privado tenían más probabilidades de someterse al examen después de la LM.
Conclusión: las mujeres con LM buscan pruebas de detección. Sin embargo, enfrentan dificultades relacionadas con la estructura física, equipamientos, transporte, profesionales de la salud, así como dificultades sociodemográficas relacionadas con el tipo de servicio de salud utilizado.
Palabras clave
Resumo
Objetivo: identificar e analisar a acessibilidade e o acesso de mulheres brasileiras com lesão medular para a realização de exames preventivos do câncer de mama e colo de útero.
Método: estudo quantitativo e transversal desenvolvido em plataforma virtual. Realizadas análises estatísticas descritivas e de associação entre as variáveis qualitativas por meio do teste exato de Fisher. Quando identificada a associação (p<0,05), foi realizada a regressão logística.
Resultados: participaram 120 mulheres brasileiras com lesão medular com idades entre 25 e 67 anos; 85,83% foram ao ginecologista após a lesão medular, 79,17% realizaram a citologia e 52,50%, a mamografia. Observou-se que as mulheres que utilizavam a saúde suplementar apresentaram maior probabilidade de terem ido ao ginecologista do que as usuárias do serviço público. Aquelas com companheiro e as de maior idade apresentaram maior probabilidade de terem realizado o exame de citologia. Para a mamografia, aquelas de maior idade e que utilizavam a saúde suplementar apresentaram maiores chances de terem realizado o exame de mamografia após a lesão medular.
Conclusão: mulheres com lesão medular buscam a realização de exames de rastreamento. Entretanto, encontram dificuldades relacionadas à estrutura física, aos equipamentos, transporte, profissionais da saúde, assim como dificuldades sociodemográficas e quanto ao serviço de saúde utilizado.
Palavras-chave
References
1 Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017 (BR). Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União, Brasília (DF), 22 set. 2017: Seção 1: 68.
2 Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2019.
3 Cobigo V, Ouellette-Kuntz H, Balogh R, Leung F, Lin E, Lunsky Y. Are cervical and breast cancer screening programmes equitable? The case of women with intellectual and developmental disabilities. J Intellect Disabil Res. 2013;57(5):478-88.
4 Horner-Johnson W, Dobbertin K, Andresen EM, Iezzoni LI. Breast and cervical cancer screening disparities associated with disability severity. Womens Health Issues. 2014;24(1):147-53.
5 Merten JW, Pomeranz JL, King JL, Moorhouse M, Wynn RD. Barriers to cancer screening for people with disabilities: a literature review. Disabil Health J. 2015;8(1):9-16.
6 Shin DW, Lee JW, Jung JH, Han K, Kim SY, Choi KS et al. Disparities in cervical cancer screening among women with disabilities: a national database study in South Korea. J Clin Oncol. 2018;36(27):2778-86.
7 Boer R, Gozzo TO. Rastreamento de câncer em mulheres com deficiência: uma revisão integrativa. Acta Fisiatr. 2019;26(3):157-63.
8 Furlan JC, Sakakibara BM, Miller WC, Krassioukov AV. Global incidence and prevalence of traumatic spinal cord injury. Can J Neurol Sci. 2013;40(4):456-64.
9 Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégias e Departamento de Atenção Especializada. Diretrizes de atenção à pessoa com lesão medular. Brasília, DF: MS; 2013.
10 De França ISX, Coura AS, Sousa FS, Almeida PC, Pagliuca LMF. Quality of life in patients with spinal cord injury. Rev Gaúcha Enferm. 2013;34(1):155-63. PMid:23781737.
11 Schoeller SD, Martini AC, Forner S, Sader LT, Nogueira GC. Knowing to care: characterization of individuals with spinal cord injury treated at a rehabilitation center. Fisioter Mov. 2015;28(1):77-83.
12 Lofters A, Chaudhry M, Slater M, Schuler A, Milligan J, Lee J et al. Preventive care among primary care patients living with spinal cord injury. J Spinal Cord Med. 2019;42(6):702-8.
13 Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal; 1988.
14 Lei n. 8.080 de 19 de setembro de 1990. (BR). Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF), 20 set 1990 [citado 17 fev. 2022]. Disponível em:
15 Lei n. 8.142 de 28 de dezembro de 1990. (BR). Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde - SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF), 31 dez 1990 [citado 17 fev. 2022]. Disponível em:
16 Portaria n 2.436 de 21 de setembro de 2017. (BR). Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF), 22 set 2017 [citado 17 fev. 2022]. Disponível em:
17 Andersen R, Newman JF. Societal and individual determinants of medical care utilization in the United States. Milbank Q. 2005;83(4):1-28.
18 Donabedian A. Aspects of medical care administration. Boston: Harvard University Press; 1973.
19 Instituto Nacional do Câncer. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. 2. ed. Rio de Janeiro: INCA; 2016.
20 Ferreira SMA. Controle do câncer de mama no município de Ribeirão Preto, SP: panorama das ações na perspectiva das usuárias [tese]. Ribeirão Preto: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; 2016.
21 Nandam N, Gaebler-Spira D, Byrne R, Wolfman J, Reis JP, Hung CW et al. Breast cancer screening in women with cerebral palsy: Could care delivery be improved? Disabil Health J. 2018;11(3):435-41.
22 Fang WH, Yen CF, Hu J, Lin JD, Loh CH. The utilization and barriers of Pap smear among women with visual impairment. Int J Equity Health. 2016;15:65.
23 Iezzoni LI, Rao SR, Agaronnik ND, El-Jawahri A. Associations between disability and breast or cervical cancers, accounting for screening disparities. Med Care. 2021;59(2):139-47.
24 Xu X, Mann JR, Hardin JW, Gustafson E, McDermott SW, Deroche CB. Adherence to US Preventive Services Task Force recommendations for breast and cervical cancer screening for women who have a spinal cord injury. J Spinal Cord Med. 2017;40(1):76-84.
25 Andresen EM, Peterson-Besse JJ, Krahn GL, Walsh ES, Horner-Johnson W, Iezzoni LI. Pap, mammography, and clinical breast examination screening among women with disabilities: a systematic review. Womens Health Issues. 2013;23(4):205-14.
26 World Health Organization. Social determinants of health [Internet]. 2013 [citado 17 abr. 2022]. Disponível em:
27 Sakellariou D, Rotarou ES. Utilisation of mammography by women with mobility impairment in the UK: secondary analysis of cross-sectional data. BMJ Open. 2019;9(3):e024571.
28 Yen SM, Kung PT, Tsai WC. Mammography usage with relevant factors among women with mental disabilities in Taiwan: a nationwide population-based study. Res Dev Disabil. 2015;37:182-8.
29 Yen SM, Kung PT, Tsai WC. Sociodemographic characteristics and health-related factors affecting the use of Pap smear screening among women with mental disabilities in Taiwan. Res Dev Disabil. 2015;36C:491-7.
30 Floud S, Barnes I, Verfürden M, Kuper H, Gathani T, Blanks RG et al. Disability and participation in breast and bowel cancer screening in England: a large prospective study. Br J Cancer. 2017;117(11):1711-4.
31 Sakellariou D, Rotarou ES. Utilisation of cancer screening services by disabled women in Chile. PLoS One. 2017;12(5):e0176270.
32 Ramjan L, Cotton A, Algoso M, Peters K. Barriers to breast and cervical cancer screening for women with physical disability: a review. Women Health. 2016;56(2):141-56.
33 Bussière C, Le Vaillant M, Pelletier-Fleury N. Screening for cervical cancer: what are the determinants among adults with disabilities living in institutions? Findings from a National Survey in France. Health Policy. 2015;119(6):794-801.
34 Pearson J, Payne D, Yoshida K, Garrett N. Access to and engagement with cervical and breast screening services for women with disabilities in Aotearoa New Zealand. Disabil Rehabil. 2020;15:1-12. PMid:32931340.
35 Sakellariou D, Anstey S, Gaze S, Girt E, Kelly D, Moore B et al. Barriers to accessing cancer services for adults with physical disabilities in England and Wales: an interview-based study. BMJ Open. 2019;9(6):e027555.
36 Kilic A, Tastan S, Guvenc G, Akyuz A. Breast and cervical cancer screening for women with physical disabilities: a qualitative study of experiences and barriers. J Adv Nurs. 2019;75(9):1976-86.
37 Courtney-Long E, Armour B, Frammartino B, Miller J. Factors associated with self-reported mammography use for women with and women without a disability. J Womens Health (Larchmt). 2011;20(9):1279-86.
38 Angus J, Seto L, Barry N, Cechetto N, Chandani S, Devaney J et al. Access to cancer screening for women with mobility disabilities. J Cancer Educ. 2012 mar;27(1):75-82.
39 Pinho E, da Cunha T, Lemos M, Ferreira G, Lourenção L, Pinheiro H et al. Acesso e acessibilidade na atenção primária à saúde no Brasil. Enfermagem em Foco. 2020;11(2).
40 Iezzoni LI, Pendo E. Accessibility of medical diagnostic equipment - implications for people with disability. N Engl J Med. 2018;378(15):1371-3.
Submitted date:
12/17/2021
Accepted date:
05/28/2021