Representation of black women in educational leaflets on women's health
Representación de la mujer negra en los folletos educativos sobre la salud de las mujeres
Representatividade da mulher negra em folhetos educativos sobre saúde da mulher
Monalisa Nanaina da Silva; Marcella Carvalho de Azevedo; Hellen Aparecida de Azevedo-Pereira; Marcelo Vinicius Domingos Rodrigues dos Santos; Juliana Cristina dos Santos Monteiro
Abstract
Objective: To identify the educational leaflets of the Brazilian Ministry of Health on women's health available in the Virtual Health Library; to classify the representation of women in these leaflets according to ethnicity / race / color; to analyze the representation of black women in these leaflets.
Method: Documentary, descriptive, exploratory study.
Results: From 2007 to 2019, 19 educational brochures related to women's health were identified, ten of which had images of women. White women were observed in the ten leaflets (100%) that contained images and illustrations, whereas black women were identified in three (30%) of the 10 leaflets. Two analytical categories emerged from the data analysis: “the underrepresented black woman” and “deconstructing stereotypes: the prominent role of black women”.
Conclusion: This study shows a low representation of black women in educational leaflets. However, when represented, black women are portrayed positively and equally in relation to women of other racial and ethnic groups.
Keywords
Resumen
Palabras clave
Resumo
Objetivo: Identificar folhetos educativos do Ministério da Saúde sobre saúde da mulher disponibilizados na Biblioteca Virtual em Saúde; classificar a representação da mulher nesses folhetos de acordo com a etnia/raça/cor; analisar a representatividade da mulher negra nesses folhetos.
Método: Estudo documental, descritivo, exploratório.
Resultados: No período de 2007 a 2019, identificaram-se 19 folhetos educativos relacionados à saúde da mulher, sendo que 10 traziam imagens de mulheres. As mulheres brancas foram observadas nos 10 folhetos (100%) que continham imagens e ilustrações, enquanto mulheres negras foram identificadas em três (30%) dos 10 folhetos. Da análise dos dados, emergiram duas categorias analíticas: “a mulher negra sub-representada” e “desconstruindo estereótipos: o papel de destaque da mulher negra”.
Conclusão: O estudo evidencia uma baixa representação da mulher negra nos folhetos educativos. Entretanto, quando representada, a imagem da mulher negra surge de modo positivo e igualitário em relação às mulheres de outros grupos étnico-raciais.
Palavras-chave
References
1 Oliveira BMC, Kubiak F. Racismo institucional e a saúde da mulher negra: uma análise da produção cientifica brasileira. Saúde Debate. 2019;43(122):939-48.
2 Brasil, Presidência da República, Secretaria de Políticas para as Mulheres. Relatório anual socioeconômico da mulher. Brasília; 2020.
3 Leal MC, Gama SGN, Pereira APE, Pacheco VE, Carmo CN, Santos RV. The color of pain: racial iniquities in prenatal care and childbirth in Brazil. Cad Saude Publica. 2017;33(Supl. 1):e00078816.
4 Werneck J, Iraci N. A situação dos direitos humanos das mulheres negras no Brasil: violências e violações. São Paulo: Geledés Instituto da Mulher Negra; Criola – Organização de Mulheres Negras; 2016. 165 p.
5 Kyrillos G. Uma análise crítica sobre os antecedentes da interseccionalidade. Rev Estud Fem 2020;28(1):e56509.
6 SteelFisher GK, Findling MG, Bleich SN, Casey LS, Blendon RJ, Benson JM et al. Gender discrimination in the United States: experiences of women. Health Serv Res. 2019;54(Supl. 2):1442-53.
7 Fernandes ETBS, Ferreira SL, Ferreira CSB, Santos EA. Autonomy in the reproductive health of quilombolas women and associated factors. Rev Bras Enferm. 2020;73(Supl. 4):e20190786.
8 Werneck J. Racismo institucional e saúde da população negra. Saude Soc. 2016;25(3):535-49.
9 Moraes JCO, Carneiro CR, Cruz HRFV, Costa IP, Almeida MR. A mídia e sua relação com a formação de opiniões sobre o Sistema único de Saúde. Rev Bras Cien Saude. 2017;21(2):103-10.
10 Candido MR, Feres Jr J. Representação e estereótipos de mulheres negras no cinema brasileiro. Rev Estud Fem. 2019;27(2):e54549.
11 Nascimento EA, Tarcia RML, Magalhães LP, Soares MAL, Suriano MLF, Domenico EBL. Educational pamphlets on health: a reception study. Rev Esc Enferm USP. 2015;49(3):432-9.
12 Andrade Jr JM, Foster ELS. O negro na comunicação: estereótipos racistas. RevistAleph. 2017;29(1):377-97.
13 Viana GCS, Carrera FASA. (in)visibilidade da mulher negra Youtuber. Rev Eletron Comun Inf Saúde. 2019;13(4):707-24.
14 Oliveira FS, Bianconi ML. Um olhar sobre o compartilhamento e a apreensão dos conhecimentos sob a luz da Psicologia: a contribuição da Teoria das Representações Sociais. Ciênc Cogn [Internet]. 2018; [citado 2003 dez 22];23(2):307-14. Disponível em:
15 Fazio IA, Silva CD, Acosta DF, Mota MS. Alimentação e aleitamento materno exclusivo do recém nascido: representação social do pai. Rev Enferm UERJ. 2018;26:e26740.
16 Silva SED, Santos AL, Costa JL, Cunha NMF, Araújo JS, Moura AAA. A teoria das representações sociais sob a ótica das pesquisas de enfermagem no Brasil. J Health Biol Sci. 2017;5(3):272-6.
17 Bonat D. Metodologia da pesquisa. 3ª ed. Curitiba: IESDE Brasil S.A.; 2009.
18 Bardin L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2016.
19 Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14ª ed. São Paulo: Hucitec; 2014.
20 Petruccelli JL. Autoidentificação, identidade étnico-racial e heteroclassificação. In: Petruccelli JL, Saboia AL, organizadores. Características étnico-raciais da população: classificações e identidades. Rio de Janeiro: IBGE; 2013. p. 31-50.
21 Resolução nº 510, de 7 de abril de 2016 (BR). Trata sobre a ética na pesquisa na área de ciências humanas e sociais. Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF), 13 out 2021: 98 [citado 16 out 2018]. Disponível em:
22 Biblioteca Virtual em Saúde. Folhetos [Internet]. Brasília; 2018 [citado 16 out 2008]. Disponível em:
23 Benedito VL. Equal opportunity policy in Brazil: black activism and the state. In: Johnson OA, Heringer R,, organizadores. Race, politics, and education in Brazil. New York: Palgrave Macmillan; 2015. p. 73-94.
24 Ellithorpe ME, Bleakley A. Wanting to see people like me? Racial and gender diversity in popular adolescent television. J Youth Adolesc. 2016;45(7):1426-37.
25 Ellithorpe ME, Hennessy M, Bleakley A. Adolescent perceptions of black- oriented Media: “The Day Beyoncé turned black. J Advert Res. 2019;59(2):158-70.
26 Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social. Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: uma política para o SUS. 3ª ed. Brasília; 2017.
27 Ministério da Saúde (BR). Ministério da Saúde lança campanha contra o racismo no SUS [Internet]. 2018 [citado 2018 out 16]. Disponível em:
28 Maia PM, Silva RJ. Sexo e as negas: empoderamento ou reforço dos estereótipos das mulheres negras na mídia. Cad Gênero Divers. 2016;2(1):20-5.
29 Calaza KC, Erthal F, Pereira MG, Macario K, Daflon VT, David I et al. Facing racism and sexism in science by fighting against social implicit bias: a latina and black woman’s perspective. Front Psychol. 2021;12:671481.
30 Storage D, Horne Z, Cimpian A, Leslie SJ. The frequency of “Brilliant” and “Genius” in teaching evaluations predicts the representation of women and african americans across fields. PLoS One. 2016;11(3):e0150194.
Submitted date:
10/13/2021
Accepted date:
03/15/2022