Poor self-rated health: prevalence and associated factors on women deprived of liberty
Autoevaluación negativa de la salud: prevalencia y factores asociados en mujeres privadas de libertad
Autoavaliação ruim do estado de saúde: prevalência e fatores associados em mulheres privadas de liberdade
Lidiane Castro Duarte de Aquino; Bruna Gomes de Souza; Cosme Rezende Laurindo; Isabel Cristina Gonçalves Leite; Danielle Teles da Cruz
Abstract
Objective: To verify the prevalence of poor self-rated health status among incarcerated women and to analyze the associated factors.
Method: This is a cross-sectional study, carried out between 2019 and 2020, by means of a census, with the participation 99 women incarcerated. The analysis of factors associated with the outcome was conducted based on a theoretical model of determination with three hierarchical blocks of variables. Variables were adjusted to each other within each block. Those with significance level ≤ 0.20 were included in the Poisson regression model and adjusted to a level higher than theirs, considering a 5% level of significance.
Results: The prevalence of poor self-rated health was 31.3% (IC95% = 22.8% - 40.9%). Reported morbidity, presence of anxiety symptoms and the worst perspective regarding post-incarceration health conditions were the variables associated with the outcome.
Conclusion and implications for practice: The factors associated to the occurrence of the investigated event may direct measures aimed to reduce health impacts during the incarceration period.
Keywords
Resumen
Palabras clave
Resumo
Objetivo: Verificar a prevalência da autoavaliação ruim do estado de saúde em mulheres encarceradas e analisar os fatores associados.
Método: Trata-se de estudo transversal, realizado entre os anos de 2019 e 2020, por meio de censo, com participação de 99 mulheres. A análise dos fatores associados ao desfecho foi conduzida a partir de um modelo teórico de determinação com três blocos hierarquizados de variáveis. As variáveis foram ajustadas entre si dentro de cada bloco. Aquelas com nível de significância ≤ 0,20 foram incluídas no modelo de regressão de Poisson e ajustadas ao nível superior ao seu, considerando o nível de 5% de significância.
Resultados: A prevalência da autoavaliação ruim da saúde foi de 31,3% (IC95% = 22,8%–40,9%). Morbidade referida, presença de sintomas de ansiedade e a pior perspectiva em relação às condições de saúde pós-encarceramento foram as variáveis associadas com o desfecho.
Considerações finais e implicações para a prática: Os fatores associados à ocorrência do evento investigado poderão direcionar medidas que visem à redução dos impactos à saúde durante o período de encarceramento.
Palavras-chave
Referências
1 Santos T, organizador. Levantamento nacional de informações penitenciárias – INFOPEN mulheres. 2. ed. Brasília: Departamento Penitenciário Nacional, Ministério da Justiça e Segurança Pública; 2017.
2 Audi CAF, Santiago SM, Andrade MGG, Francisco PMS. Inquérito sobre condições de saúde de mulheres encarceradas. Saúde Debate. 2016;40(109):112-24.
3 Baranyi G, Scholl C, Fazel S, Patel V, Priebe S, Mundt AP. Severe mental illness and substance use disorders in prisoners in low-income and middle-income countries: a systematic review and meta-analysis of prevalence studies. Lancet Glob Health. 2019;7(4):e461-71.
4 Leite ASQ, Lira Ferreira C, Silva KLL, Lima ADP, Leão LD, Carvalho YNFS. Questões de gênero nas instituições prisionais: um olhar a partir do projeto grupo de diálogo universidade-cárcere-comunidade. Pretextos [Internet]. 2020; [citado 2021 jul 15];5(9):598-617. Disponível em:
5 Ross J, Field C, Kaye S, Bowman J. Prevalence and correlates of low self-reported physical health status among prisoners in New South Wales, Australia. Int J Prison Health. 2019;15(2):192-206.
6 DeSalvo KB, Bloser N, Reynolds K, He J, Muntner P. Mortality prediction with a single general selfrated health question: a meta-analysis. J Gen Intern Med. 2006;21(3):267-75.
7 Szwarcwald CL, Souza-Júnior PRB, Esteves MAP, Damacena GN, Viacava F. Socio-demographic determinants of self-rated health in Brazil. Cad Saude Publica. 2005;21(1, Supl.):54-64.
8 Idler EL, Benyamini Y. Self-rated health and mortality: a review of twenty-seven community studies. J Health Soc Behav. 1997;38(1):21-37.
9 Pavão ALB, Werneck GL, Campos MR. Autoavaliação do estado de saúde e a associação com fatores sociodemográficos, hábitos de vida e morbidade na população: um inquérito nacional. Cad Saude Publica. 2013;29(4):723-34.
10 Sousa JL, Alencar GP, Antunes JLF, Silva ZP. Marcadores de desigualdade na autoavaliação da saúde de adultos no Brasil, segundo o sexo. Cad Saude Publica. 2020;36(5):e00230318.
11 Meireles AL, Xavier CC, Andrade ACS, Friche AAL, Proietti FA, Caiaffa WT. Autoavaliação da saúde em adultos urbanos, percepção do ambiente físico e social e relato de comorbidades: estudo saúde em Beagá. Cad Saude Publica. 2015;31(1):120-35.
12 Szwarcwald CL, Damacena GN, Borges PR Jr, Almeida WS, Lima LTM, Malta DC et al. Determinantes da autoavaliação de saúde no Brasil e a influência dos comportamentos saudáveis: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde. 2013. Rev Bras Epidemiol. 2015;18(2, Supl. 2):33-44.
13 Belmonte JMMM, Pivetta NRS, Batistoni SST, Neri AL, Borim FSA. The association between self-rated health and functional capacity indicators. Geriatr. Gerontol. Aging. 2017;11(2):61-7.
14 Szwarcwald CL, Damacena GN, Barros MBA, Malta DC, Souza PRB Jr, Azevedo LO et al. Factors affecting Brazilians’ self-rated health during the COVID-19 pandemic. Cad Saude Publica. 2021;37(3):e00182720.
15 Jylhä M. What is self-rated health and why does it predict mortality? Towards a unified conceptual model. Soc Sci Med. 2009;69(3):307-16.
16 Friestad C. Socio-economic status and health in a marginalized group: the role of subjective social status among prison inmates. Eur J Public Health. 2010;20(6):653-8.
17 Silva VH, Rocha JSB, Caldeira AP. Fatores associados à autopercepção negativa de saúde em mulheres climatéricas. Cien Saude Colet. 2018;23(5):1611-20.
18 Shooshtari S, Menec V, Tate R. Comparing Predictors of Positive and Negative Self-Rated Health Between Younger (25-54) and Older (55+) Canadian Adults: A Longitudinal Study of Well-Being. Res Aging. 2007;29(6):512-54.
19 Operario D, Adler NE, Williams DR. Subjective Social Status: reliability and predictive utility for global health. Psychol Health. 2004;19(2):237-46.
20 Vogel CE, Barry LC. Self-rated health as a predictor os depression and axiety in older adult inmates. Innov Aging. 2019;3(Supl. 1):S166.
21 Yu SSV, Sung HE, Mellow J, Koenigsmann CJ. Self-Perceived Health Improvements Among Prison Inmates. J Correct Health Care. 2015;21(1):59-69.
22 Minayo MCS, Constantino P. Deserdados Sociais: condições de vida e saúde dos presos do estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Ed. FioCruz; 2015.
23 Löwe B, Wahl I, Rose M, Spitzer C, Glaesmer H, Wingenfeld K et al. A 4-item measure of depression and anxiety: validation and standardization of the Patient Health Questionnaire-4 (PHQ-4) in the general population. J Affect Disord. 2010;122(1-2):86-95.
24 Kroenke K, Spitzer RL, Williams JBW, Lowe B. An ultra-brief screening scale for anxiety and depression: the PHQ-4. Psychosomatics. 2009;50(6):613-21.
25 Sanchón-Macias MV, Prieto-Salceda D, Bover-Bover A, Gastaldo D. Relação entre status social subjetivo e saúde percebida entre mulheres imigrantes latino-americanas. Rev Lat Am Enfermagem. 2013;21(6):1353-9. http://dx.doi.org/10.1590/0104-1169.2943.2374. PMid:24402346.
26 Victora CG, Huttly SR, Fuchs SC, Olinto MT. The role of conceptual frameworks in epidemiological analysis: a hierarchical approach. Int J Epidemiol. 1997;26(1):224-7.
27 Bezerra C, Fernandes RAQ. Perfil social e de saúde de mulheres apenadas de uma penitenciária da cidade de São Paulo. Perspect Medicas. 2015;26(2):21-30.
28 Franks P, Gold MR, Fiscella K. Sociodemographics, self-rated health, and mortality in the US. Soc Sci Med. 2003;56(12):2505-14.
29 Barros MBA, Zanchetta LM, Moura EC, Malta DC. Auto-avaliação da saúde e fatores associados, Brasil, 2006. Rev Saude Publica. 2009;43(Supl. 2):27-37.
30 Santos SM, Chor D, Werneck GL, Coutinho ESF. Associação entre fatores contextuais e auto-avaliação de saúde: uma revisão sistemática de estudos multinível. Cad Saude Publica. 2007;23(11):2533-54.
31 Siqueira FV, Facchini LA, Piccini RX, Tomasi E, Thumé E, Silveira DS et al. Prevalência de quedas em idosos e fatores associados. Rev Saude Publica. 2007;41(5):749-56.
32 Freudenberg N. Jails, prisons and the health of urban population: a review of the impact of the correctional system on community health. J Urban Health. 2001;78(2):214-35.
33 Constantino P, Assis SG, Pinto LW. O impacto da prisão na saúde mental dos presos do estado do Rio de Janeiro, Brasil. Cien Saude Colet. 2016;21(7):2089-100.
34 Fazel S, Seewald K. Severe mental illness in 33 588 prisoners worldwide: systematic review and metaregression analysis. Br J Psychiatry. 2012;200(5):364-73.
35 Benyamini Y, Leventhal EA, Leventhal H. Gender differences in processing information in making self-assessments of health. Psychosom Med. 2000;62(3):354-64.
36 Idler EL, Hudson SV, Leventhal H. The meanings of self-ratings of health: a qualitative and quantitative approach. Res Aging. 1999;21(3):458-76.
37 Valenca MS, Possuelo LG, Cezar-Vaz MR, Silva PEA. Tuberculose em presídios brasileiros: uma revisão integrativa da literatura. Cien Saude Colet. 2016;21(7):2147-60.
38 Magalhães R. Desigualdades sociais e equidade em saúde. In: Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz, Núcleo de Estudos em Direitos Humanos e Saúde, organizador. Saúde e direitos humanos. Brasília: Ministério da Saúde; 2004. p. 61-8.
39 Silva MVM, organizador. Relatório temático sobre mulheres privadas de liberdade – junho de 2017. Brasília: Ministério da Justiça e Segurança Pública. Departamento Penitenciário Nacional; 2019.
40 Almeida PRC, Soares RSC, Coura AS, Cavalcanti AL, Dutra MOM, Lima TMA. Condição de saúde de mulheres privadas de liberdade: uma revisão integrativa. Rev Bras Ciênc Saúde. 2015;19(1):73-80.
Submetido em:
15/07/2021
Aceito em:
18/10/2021