Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
https://app.periodikos.com.br/journal/ean/article/doi/10.1590/2177-9465-EAN-2021-0275
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
Pesquisa

Poor self-rated health: prevalence and associated factors on women deprived of liberty

Autoevaluación negativa de la salud: prevalencia y factores asociados en mujeres privadas de libertad

Autoavaliação ruim do estado de saúde: prevalência e fatores associados em mulheres privadas de liberdade

Lidiane Castro Duarte de Aquino; Bruna Gomes de Souza; Cosme Rezende Laurindo; Isabel Cristina Gonçalves Leite; Danielle Teles da Cruz

Downloads: 0
Views: 104

Abstract

Objective: To verify the prevalence of poor self-rated health status among incarcerated women and to analyze the associated factors.

Method: This is a cross-sectional study, carried out between 2019 and 2020, by means of a census, with the participation 99 women incarcerated. The analysis of factors associated with the outcome was conducted based on a theoretical model of determination with three hierarchical blocks of variables. Variables were adjusted to each other within each block. Those with significance level ≤ 0.20 were included in the Poisson regression model and adjusted to a level higher than theirs, considering a 5% level of significance.

Results: The prevalence of poor self-rated health was 31.3% (IC95% = 22.8% - 40.9%). Reported morbidity, presence of anxiety symptoms and the worst perspective regarding post-incarceration health conditions were the variables associated with the outcome.

Conclusion and implications for practice: The factors associated to the occurrence of the investigated event may direct measures aimed to reduce health impacts during the incarceration period.

Keywords

Cross-Sectional Studies; Health; Prisons; Self-Assessment; Woman

Resumen

Objetivo: Verificar la prevalencia de autoevaluación negativa de la salud en mujeres encarceladas y analizar los factores asociados.

Método: Se trata de un estudio transversal, realizado entre los años 2019 y 2020, mediante censo, con la participación de 99 mujeres encarceladas. El análisis de factores asociados al resultado se realizó con base en un modelo teórico de determinación con tres bloques jerárquicos de variables. Las variables se ajustaron entre sí dentro de cada bloque. Aquellos con nivel de significancia ≤ 0,20 se incluyeron en el modelo de regresión de Poisson y se ajustaron a un nivel superior al de ellos, considerando un nivel de significancia del 5%.

Resultados: La prevalencia de autoevaluación negativa de la salud fue 31,3% (IC 95% = 22,8% -40,9%). La morbilidad autoinformada, la presencia de síntomas de ansiedad y la peor perspectiva con respecto a las condiciones de salud después del encarcelamiento fueron las variables asociadas con el resultado.

Conclusión e implicaciones para la práctica: Los factores asociados a la ocurrencia del evento investigado pueden conducir a medidas destinadas a reducir los impactos en la salud durante el período de encarcelamiento.

Palabras clave

Autoevaluación; Estudios Transversales; Mujeres; Prisiones; Salud

Resumo

Objetivo: Verificar a prevalência da autoavaliação ruim do estado de saúde em mulheres encarceradas e analisar os fatores associados.

Método: Trata-se de estudo transversal, realizado entre os anos de 2019 e 2020, por meio de censo, com participação de 99 mulheres. A análise dos fatores associados ao desfecho foi conduzida a partir de um modelo teórico de determinação com três blocos hierarquizados de variáveis. As variáveis foram ajustadas entre si dentro de cada bloco. Aquelas com nível de significância ≤ 0,20 foram incluídas no modelo de regressão de Poisson e ajustadas ao nível superior ao seu, considerando o nível de 5% de significância.

Resultados: A prevalência da autoavaliação ruim da saúde foi de 31,3% (IC95% = 22,8%–40,9%). Morbidade referida, presença de sintomas de ansiedade e a pior perspectiva em relação às condições de saúde pós-encarceramento foram as variáveis associadas com o desfecho.

Considerações finais e implicações para a prática: Os fatores associados à ocorrência do evento investigado poderão direcionar medidas que visem à redução dos impactos à saúde durante o período de encarceramento.

Palavras-chave

Autoavaliação; Estudos Transversais; Mulheres; Prisões; Saúde

Referências

1 Santos T, organizador. Levantamento nacional de informações penitenciárias – INFOPEN mulheres. 2. ed. Brasília: Departamento Penitenciário Nacional, Ministério da Justiça e Segurança Pública; 2017.

2 Audi CAF, Santiago SM, Andrade MGG, Francisco PMS. Inquérito sobre condições de saúde de mulheres encarceradas. Saúde Debate. 2016;40(109):112-24. http://dx.doi.org/10.1590/0103-1104201610909.

3 Baranyi G, Scholl C, Fazel S, Patel V, Priebe S, Mundt AP. Severe mental illness and substance use disorders in prisoners in low-income and middle-income countries: a systematic review and meta-analysis of prevalence studies. Lancet Glob Health. 2019;7(4):e461-71. http://dx.doi.org/10.1016/S2214-109X(18)30539-4. PMid:30879509.

4 Leite ASQ, Lira Ferreira C, Silva KLL, Lima ADP, Leão LD, Carvalho YNFS. Questões de gênero nas instituições prisionais: um olhar a partir do projeto grupo de diálogo universidade-cárcere-comunidade. Pretextos [Internet]. 2020; [citado 2021 jul 15];5(9):598-617. Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/pretextos/article/view/22469

5 Ross J, Field C, Kaye S, Bowman J. Prevalence and correlates of low self-reported physical health status among prisoners in New South Wales, Australia. Int J Prison Health. 2019;15(2):192-206. http://dx.doi.org/10.1108/IJPH-06-2018-0039. PMid:31172857.

6 DeSalvo KB, Bloser N, Reynolds K, He J, Muntner P. Mortality prediction with a single general selfrated health question: a meta-analysis. J Gen Intern Med. 2006;21(3):267-75. http://dx.doi.org/10.1111/j.1525-1497.2005.00291.x. PMid:16336622.

7 Szwarcwald CL, Souza-Júnior PRB, Esteves MAP, Damacena GN, Viacava F. Socio-demographic determinants of self-rated health in Brazil. Cad Saude Publica. 2005;21(1, Supl.):54-64. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2005000700007. PMid:16462997.

8 Idler EL, Benyamini Y. Self-rated health and mortality: a review of twenty-seven community studies. J Health Soc Behav. 1997;38(1):21-37. http://dx.doi.org/10.2307/2955359. PMid:9097506.

9 Pavão ALB, Werneck GL, Campos MR. Autoavaliação do estado de saúde e a associação com fatores sociodemográficos, hábitos de vida e morbidade na população: um inquérito nacional. Cad Saude Publica. 2013;29(4):723-34. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2013000800010. PMid:23568302.

10 Sousa JL, Alencar GP, Antunes JLF, Silva ZP. Marcadores de desigualdade na autoavaliação da saúde de adultos no Brasil, segundo o sexo. Cad Saude Publica. 2020;36(5):e00230318. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00230318. PMid:32490914.

11 Meireles AL, Xavier CC, Andrade ACS, Friche AAL, Proietti FA, Caiaffa WT. Autoavaliação da saúde em adultos urbanos, percepção do ambiente físico e social e relato de comorbidades: estudo saúde em Beagá. Cad Saude Publica. 2015;31(1):120-35. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00076114. PMid:26648368.

12 Szwarcwald CL, Damacena GN, Borges PR Jr, Almeida WS, Lima LTM, Malta DC et al. Determinantes da autoavaliação de saúde no Brasil e a influência dos comportamentos saudáveis: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde. 2013. Rev Bras Epidemiol. 2015;18(2, Supl. 2):33-44. http://dx.doi.org/10.1590/1980-5497201500060004. PMid:27008601.

13 Belmonte JMMM, Pivetta NRS, Batistoni SST, Neri AL, Borim FSA. The association between self-rated health and functional capacity indicators. Geriatr. Gerontol. Aging. 2017;11(2):61-7. http://dx.doi.org/10.5327/Z2447-211520171700021.

14 Szwarcwald CL, Damacena GN, Barros MBA, Malta DC, Souza PRB Jr, Azevedo LO et al. Factors affecting Brazilians’ self-rated health during the COVID-19 pandemic. Cad Saude Publica. 2021;37(3):e00182720. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00182720. PMid:33950075.

15 Jylhä M. What is self-rated health and why does it predict mortality? Towards a unified conceptual model. Soc Sci Med. 2009;69(3):307-16. http://dx.doi.org/10.1016/j.socscimed.2009.05.013. PMid:19520474.

16 Friestad C. Socio-economic status and health in a marginalized group: the role of subjective social status among prison inmates. Eur J Public Health. 2010;20(6):653-8. http://dx.doi.org/10.1093/eurpub/ckp242. PMid:20123684.

17 Silva VH, Rocha JSB, Caldeira AP. Fatores associados à autopercepção negativa de saúde em mulheres climatéricas. Cien Saude Colet. 2018;23(5):1611-20. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232018235.17112016. PMid:29768614.

18 Shooshtari S, Menec V, Tate R. Comparing Predictors of Positive and Negative Self-Rated Health Between Younger (25-54) and Older (55+) Canadian Adults: A Longitudinal Study of Well-Being. Res Aging. 2007;29(6):512-54. http://dx.doi.org/10.1177/0164027507305729.

19 Operario D, Adler NE, Williams DR. Subjective Social Status: reliability and predictive utility for global health. Psychol Health. 2004;19(2):237-46. http://dx.doi.org/10.1080/08870440310001638098.

20 Vogel CE, Barry LC. Self-rated health as a predictor os depression and axiety in older adult inmates. Innov Aging. 2019;3(Supl. 1):S166. http://dx.doi.org/10.1093/geroni/igz038.593.

21 Yu SSV, Sung HE, Mellow J, Koenigsmann CJ. Self-Perceived Health Improvements Among Prison Inmates. J Correct Health Care. 2015;21(1):59-69. http://dx.doi.org/10.1177/1078345814558048. PMid:25559631.

22 Minayo MCS, Constantino P. Deserdados Sociais: condições de vida e saúde dos presos do estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Ed. FioCruz; 2015.

23 Löwe B, Wahl I, Rose M, Spitzer C, Glaesmer H, Wingenfeld K et al. A 4-item measure of depression and anxiety: validation and standardization of the Patient Health Questionnaire-4 (PHQ-4) in the general population. J Affect Disord. 2010;122(1-2):86-95. http://dx.doi.org/10.1016/j.jad.2009.06.019. PMid:19616305.

24 Kroenke K, Spitzer RL, Williams JBW, Lowe B. An ultra-brief screening scale for anxiety and depression: the PHQ-4. Psychosomatics. 2009;50(6):613-21. http://dx.doi.org/10.1176/appi.psy.50.6.613. PMid:19996233.

25 Sanchón-Macias MV, Prieto-Salceda D, Bover-Bover A, Gastaldo D. Relação entre status social subjetivo e saúde percebida entre mulheres imigrantes latino-americanas. Rev Lat Am Enfermagem. 2013;21(6):1353-9. http://dx.doi.org/10.1590/0104-1169.2943.2374. PMid:24402346.

26 Victora CG, Huttly SR, Fuchs SC, Olinto MT. The role of conceptual frameworks in epidemiological analysis: a hierarchical approach. Int J Epidemiol. 1997;26(1):224-7. http://dx.doi.org/10.1093/ije/26.1.224. PMid:9126524.

27 Bezerra C, Fernandes RAQ. Perfil social e de saúde de mulheres apenadas de uma penitenciária da cidade de São Paulo. Perspect Medicas. 2015;26(2):21-30. http://dx.doi.org/10.6006/perspectmed.20150203.7233250448.

28 Franks P, Gold MR, Fiscella K. Sociodemographics, self-rated health, and mortality in the US. Soc Sci Med. 2003;56(12):2505-14. http://dx.doi.org/10.1016/S0277-9536(02)00281-2. PMid:12742613.

29 Barros MBA, Zanchetta LM, Moura EC, Malta DC. Auto-avaliação da saúde e fatores associados, Brasil, 2006. Rev Saude Publica. 2009;43(Supl. 2):27-37. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102009000900005. PMid:19936496.

30 Santos SM, Chor D, Werneck GL, Coutinho ESF. Associação entre fatores contextuais e auto-avaliação de saúde: uma revisão sistemática de estudos multinível. Cad Saude Publica. 2007;23(11):2533-54. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2007001100002. PMid:17952247.

31 Siqueira FV, Facchini LA, Piccini RX, Tomasi E, Thumé E, Silveira DS et al. Prevalência de quedas em idosos e fatores associados. Rev Saude Publica. 2007;41(5):749-56. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102007000500009. PMid:17923896.

32 Freudenberg N. Jails, prisons and the health of urban population: a review of the impact of the correctional system on community health. J Urban Health. 2001;78(2):214-35. http://dx.doi.org/10.1093/jurban/78.2.214. PMid:11419576.

33 Constantino P, Assis SG, Pinto LW. O impacto da prisão na saúde mental dos presos do estado do Rio de Janeiro, Brasil. Cien Saude Colet. 2016;21(7):2089-100. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015217.01222016. PMid:27383343.

34 Fazel S, Seewald K. Severe mental illness in 33 588 prisoners worldwide: systematic review and metaregression analysis. Br J Psychiatry. 2012;200(5):364-73. http://dx.doi.org/10.1192/bjp.bp.111.096370. PMid:22550330.

35 Benyamini Y, Leventhal EA, Leventhal H. Gender differences in processing information in making self-assessments of health. Psychosom Med. 2000;62(3):354-64. http://dx.doi.org/10.1097/00006842-200005000-00009. PMid:10845349.

36 Idler EL, Hudson SV, Leventhal H. The meanings of self-ratings of health: a qualitative and quantitative approach. Res Aging. 1999;21(3):458-76. http://dx.doi.org/10.1177/0164027599213006.

37 Valenca MS, Possuelo LG, Cezar-Vaz MR, Silva PEA. Tuberculose em presídios brasileiros: uma revisão integrativa da literatura. Cien Saude Colet. 2016;21(7):2147-60. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015217.16172015. PMid:27383348.

38 Magalhães R. Desigualdades sociais e equidade em saúde. In: Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz, Núcleo de Estudos em Direitos Humanos e Saúde, organizador. Saúde e direitos humanos. Brasília: Ministério da Saúde; 2004. p. 61-8.

39 Silva MVM, organizador. Relatório temático sobre mulheres privadas de liberdade – junho de 2017. Brasília: Ministério da Justiça e Segurança Pública. Departamento Penitenciário Nacional; 2019.

40 Almeida PRC, Soares RSC, Coura AS, Cavalcanti AL, Dutra MOM, Lima TMA. Condição de saúde de mulheres privadas de liberdade: uma revisão integrativa. Rev Bras Ciênc Saúde. 2015;19(1):73-80. http://dx.doi.org/10.4034/RBCS.2015.19.01.12.
 


Submetido em:
15/07/2021

Aceito em:
18/10/2021

67d970ada9539568a63b72f7 ean Articles

Esc. Anna Nery

Share this page
Page Sections