Child health care in primary care in a border region
Atención de salud infantil en atención primaria en una región fronteriza
Cuidado em saúde à criança na atenção primária em região de fronteira
Taigra Morgana Picco; Maria Aparecida Baggio; Aline Renata Hirano; Sebastião Caldeira; Rosangela Aparecida Pimenta Ferrari
Abstract
Objective: to identify the health care provided to children from zero to 24 months of age in primary care in a border region.
Method: a qualitative study conducted in Primary Health Care, with 14 mothers and five nurses, with the use of semi-structured interviews, from March 2018 to June 2019. Thematic content analysis guided the data analysis.
Results: scarce home visits were identified in the follow-up of children whose common childhood problems condition access to health services for medical consultation, the use of popular practices or the indication of medications by pharmacists/pharmacy assistants; access to Emergency Care Units instead of Primary Care units due to the lack of pediatricians in this level of care, in addition to the lack of specialists and slowness to perform exams in the health network.
Conclusion: the lack of health professionals, of specialists in the network, and of material resources are obstacles to be overcome for the care of children in the border region. The follow-up of Brazilian children living in Paraguay requires planning.
Keywords
Resumen
Palabras clave
Resumo
Objetivo: identificar o cuidado em saúde à criança de zero a 24 meses na atenção primária em uma região de fronteira.
Método: estudo qualitativo realizado na Atenção Primária à Saúde, com 14 mães e cinco enfermeiras, com o uso de entrevistas semiestruturadas, de março de 2018 a junho de 2019. A análise temática de conteúdo orientou a análise dos dados.
Resultados: identificaram-se visitas domiciliares escassas no seguimento da criança cujos problemas comuns da infância condicionam o acesso aos serviços de saúde para a consulta médica, o uso de práticas populares ou a indicação de medicações por farmacêuticos/atendentes de farmácia; o acesso às Unidades de Pronto Atendimento em detrimento das unidades de Atenção Primária por carência de pediatras neste nível de atenção, além de carência de especialistas e morosidade para a realização de exames na rede de saúde.
Conclusão: a carência de profissionais de saúde, de especialistas na rede e de recursos materiais são obstáculos a serem superados para o cuidado da criança em região de fronteira. O seguimento da criança brasileira residente no Paraguai requer planejamento.
Palavras-chave
Referencias
1 The United Nations Children’s Fund. Levels & Trends in Child Mortality [Internet]. UNICEF; 2019 [citado 2020 ago 15]. Disponível em:
2 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Tábuas completas de mortalidade no Brasil [Internet]. 2019 [citado 2020 ago 15]. Disponível em:
3 Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (PR). Superintendência de Vigilância em Saúde – SVS. Centro de Epidemiologia – CEPI. Divisão de Informações Epidemiológicas –DVIEP. Mortalidade infantil [Internet]. 2018 [citado 2018 nov 2] Disponível em:
4 França EB, Lansky S, Rego MAS, Malta DC, França JS, Teixeira R et al. Leading causes of child mortality in Brazil, in 1990 and 2015: estimates from the Global Burden of Disease study. Rev Bras Epidemiol. 2017;20(20, suppl. 1):46-60.
5 Ullah MB, Mridha MK, Arnold CD, Matias SL, Khan AS, Siddiqui Z et al. Factors associated with diarrhea and acute respiratory infection in children under two years of age in rural Bangladesh. BMC Pediatr. 2019;19(386):386.
6 Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Manual AIDPI neonatal [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2014 [citado 2020 mar 27]. Disponível em:
7 Abebe AM, Kassaw MW, Mengistu FA. Assessment of Factors Affecting the Implementation of Integrated Management of Neonatal and Childhood Illness for Treatment of under Five Children by Health Professional in Health Care Facilities in Yifat Cluster in North Shewa Zone, Amhara Region, Ethiopia. Int J Pediatr. 2019;2019:9474612.
8 Portaria nº 1.130, de 5 de agosto de 2015 (BR). Institui a Política Nacional de Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF) 2015 [citado 2018 jun 21]. Disponível em:
9 Conselho Nacional de Secretários de Saúde (BR). A Atenção Primária e as Redes de Atenção à Saúde [Internet]. Brasília, DF: CONASS; 2015 [citado 2018 abr 14]. Disponível em:
10 Zaslavsky R, Goulart BN. Migração pendular e atenção à saúde na região de fronteira. Cien Saude Colet. 2017;22(12):3981-6.
11 de Mello F, Victora CG, Gonçalves H. Saúde nas fronteiras: análise quantitativa e qualitativa da clientela do centro materno infantil de Foz do Iguaçu, Brasil. Cien Saude Colet. 2015;20(7):2135-45.
12 Minayo MCS. O desafio do conhecimento. Pesquisa qualitativa em saúde. 14. ed. São Paulo: Hucitec; 2014. 406 p.
13 Perry R, Leach V, Penfold C, Davies P. An overview of systematic reviews of complementary and alternative therapies for infantile colic. Syst Rev. 2019;8(1):271.
14 Tarciuc P, Stanescu AMA, Diaconu CC, Paduraru L, Duduciuc A, Diaconescu S. Patterns and Factors Associated with Self-Medication among the Pediatric Population in Romania. Medicina (Kaunas). 2020;56(6):312.
15 Lima MRA, Nunes MLA, Kluppel BLP, Medeiros SM, Sa LD. Nurses’ performance on indigenous and African-Brazilian healthcare practices. Rev Bras Enferm. 2016;69(5):788-94.
16 Hirano AR, Baggio MA, Ferrari RP. Amamentação, alimentação complementar e segurança alimentar em uma região de fronteira. CogitareEnferm. 2021;26:e72739.
17 Da Silva JG, Gomes GC, Costa AR, Juliano LF, Arruda CP, De Carvalho LN. A prática da automedicação em crianças por seus pais: atuação da enfermagem. Rev Enferm UFPE. 2018;12(6):1570-7.
18 Konder MT, O’Dwyer G. A integração das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) com a rede assistencial no município do Rio de Janeiro, Brasil. Interface (Botucatu). 2016;20(59):879-92.
19 Vaz EMC, Collet N, Cursino EG, Forte FDS, Magalhães RKBP, Reichert APS. Care coordination in Health Care for the child/adolescent in chronic condition. Rev Bras Enferm. 2018;71(suppl. 6):2612-9.
20 Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (PR). Superintendência de Atenção à Saúde. Linha Guia da Rede Mãe Paranaense. 7ª ed [Internet]. Curitiba; 2018 [citado 2020 dez 20]. Disponível em:
21 Seid SS, Sendo EG. A survey on Integrated Management of Neonatal and Childhood Illness implementation by nurses in four districts of West Arsi zone of Ethiopia. Pediatric Health Med Ther. 2018;9:1-7.
22 Aikes S, Rizzotto MLF. Integração regional em cidades gêmeas do Paraná, Brasil, no âmbito da saúde. Cad Saude Publica. 2018;34(8):e00182117.
23 Nascimento VA, Andrade SMO. As armas dos fracos: estratégias, táticas e repercussões identitárias na dinâmica do acesso à saúde na fronteira Brasil/Paraguai. Horiz Antropol. 2018;24(50):181-214.
24 Mello DF, Silva RMM, Pancieri L. Êxito técnico e sucesso em visita domiciliar para o cuidado da saúde da criança. Rev Pesquisa Qualitativa [Internet]. 2017;5(7):13-22 [citado 2020 dez 20]. Disponível em:
25 Mochizuke KC. Influência do atendimentoemsaúde à estrangeirosemumacidadefronteiriçabrasileira. J Health NPEPS. [Internet]. 2017;2(1) [citado 2020 dez 20]. Disponível em:
26 Gomide MFS, Pinto IC, Bulgarelli AF, Santos ALP, Serrano Gallardo MP. A satisfação do usuário com a atenção primária à saúde: uma análise do acesso e acolhimento. Interface Comunicacao Saude Educ. 2017 set 21;22(65):387-98.
Submitted date:
16/04/2021
Accepted date:
15/08/2021