Biovigilance in the process of organ and tissue donation during the pandemic: challenges for nurses
Biovigilancia en el proceso de donación de órganos y tejidos durante la pandemia: desafíos para el enfermero
Biovigilância no processo de doação de órgãos e tecidos durante a pandemia: desafios para o enfermeiro
Sibele Maria Schuantes Paim; Neide da Silva Knihs; João Luis Erbs Pessoa; Aline Lima Pestana Magalhães; Laísa Fischer Wachholz; Patricia Treviso
Abstract
Objective: to identify the strategies developed by nurses capable of maintaining biovigilance in the process of organ and tissue donation in order to minimize the risk of transmission of COVID-19 among donors, recipients and health care teams.
Method: an exploratory research, with a qualitative approach, supported by the theoretical framework on biovigilance of the Brazilian Health Regulatory Agency. Data were collected using an online form composed of open questions. Fifty-two nurses who work in the structures of the National Transplant System participated. The data was analyzed by Content Analysis.
Results: it was identified that the monitoring and control of the donation process, based on the clinical investigation of the potential donor and on the family and community investigation, as well as the modification of the safety culture in the institution, through the development of protocols and guidelines for the care of the potential donor, were strategies developed by nurses during the pandemic in order to maintain patient safety.
Conclusion and practice implications: the strategies developed by the nurses were the monitoring and control of possible risks related to the contamination of the potential donor by the SARS-CoV-2 virus and the modification of the safety culture through the development and implementation of protocols, in order to ensure the continuity of donation and transplantation of organs and tissues, ensuring safety and quality in this process.
Keywords
Resumen
Palabras clave
Resumo
Objetivo: identificar as estratégias desenvolvidas pelo enfermeiro capazes de manter a biovigilância no processo de doação de órgãos e tecidos a fim de minimizar o risco de transmissão da COVID-19 entre doadores, receptores e equipes de saúde.
Método: pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, apoiada no referencial teórico sobre a biovigilância da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Realizou-se a coleta de dados por meio de formulário on-line composto por questões abertas. Participaram 52 enfermeiros atuantes nas estruturas do Sistema Nacional de Transplantes. Os dados foram analisados pela Análise de Conteúdo.
Resultados: identificou-se que o monitoramento e o controle no processo de doação, embasados na investigação clínica do potencial doador e na investigação familiar e comunitária, bem como a modificação da cultura de segurança na instituição, por meio da elaboração de protocolos e diretrizes para o cuidado do potencial doador, foram estratégias elaboradas pelo enfermeiro durante a pandemia com o objetivo de manter a segurança do paciente.
Conclusão e implicações para a prática: as estratégias desenvolvidas pelos enfermeiros foram o monitoramento e o controle dos possíveis riscos relacionados com a contaminação do potencial doador pelo vírus SARS-CoV-2 e a modificação da cultura de segurança a partir da elaboração e implantação de protocolos, de modo a assegurar a continuidade da doação e o transplante de órgãos e tecidos, garantindo a segurança e a qualidade nesse processo.
Palavras-chave
Referencias
1 Xu Z, Shi L, Wang Y, Zhang J, Huang L, Zhang C et al. Pathological findings of COVID-19 associated with acute respiratory distress syndrome. Lancet Respir Med. 2020;8(4):420-2.
2 Wu F, Zhao S, Yu B, Chen YM, Wang W, Song ZG et al. A new coronavirus associated with human respiratory disease in China. Nature. 2020;579(7798):265-9.
3 Ministério da Saúde (BR). Nota Técnica nº 25 de 2020 - CGSNT/DAET/SAES/MS. Critérios técnicos para triagem clínica do coronavírus (SARS, MERS, SARS-CoV-2) nos candidatos à doação de órgãos e tecidos para manejo do paciente em lista de espera e do transplantado [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2020 [cited 2020 Nov 10]. Available from:
4 Tzedakis S, Jeddou H, Houssel‐Debry P, Sulpice L, Boudjema K. COVID‐19: thoughts and comments from a tertiary liver transplant center in France. Am J Transplant. 2020;20(7):1952-1953.
5 Pan L, Wang P, Huang X. How to face the novel coronavirus infection during the 2019-2020 epidemic: the experience of Sichuan Provincial People’s Hospital. Intensive Care Med. 2020;46(4):573-5.
6 Zhang BH, Yan LN, Yang JY. Organ transplantation management in the midst of the COVID-19 outbreak: a synopsis. HBSN. 2020;9(2):250-2.
7 World Health Organization. The Conceptual Framework for the International Classification for Patient Safety. Version 1.1. Final Technical Report and Technical Annexes [Internet]. Geneva: WHO; 2009 [citado 2020 nov 10]. Disponível em:
8 Ministério da Saúde (BR). Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Guia de Biovigilância de Células, Tecidos e Órgãos e Manual de Notificação [Internet]. Brasília (DF), 2016 [citado 2020 nov 10]. Disponível em:
9 Resolução da Diretoria Colegiada nº 339, de 20 de fevereiro de 2020 (BR). Dispõe sobre a instituição do Sistema Nacional de Biovigilância. Diário Oficial da União, Brasília (DF) [periódico na internet], 2020: Seção 1 [citado 2020 nov 10]. Disponível em:
10 Magalhães ALP, Lanzoni GMM, Knihs NS, Silva EL, Erdmann AL. Patient safety in the process of organ and tissue donation and transplant. Cogitare Enferm. 2017;22(2):e45621.
11 Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. Transplante e coronavírus [Internet]. São Paulo: ABTO; 2020 [citado 2020 nov 10]. Disponível em:
12 Ministério da Saúde (BR). Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020. Orientações para serviços de saúde: medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2021 [citado 2020 nov 10]. Disponível em:
13 Maben J, Bridges JB. Covid-19: supporting nurses’ psychological and mental health. J Clin Nurs. 2020 ago;29(15-16):2742-50.
14 Bardin L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 708; 2011.
15 Oliveira AC, Lucas TC, Iquiapaza RA. What has the covid-19 pandemic taught us about adopting preventive measures? Texto Contexto Enferm. 2020;29:e20200106.
16 Santana N, Costa GA, Costa SSP, Pereira LV, Silva JV, Sales IPPM. Segurança dos profissionais de saúde no enfrentamento do novo coronavírus no Brasil. Esc Anna Nery. 2020;24(spe):e20200241.
17 Pessoa JLE, Knihs NS, Magalhães ALP, Schuantes-Paim SM, Fischer L, Roza BA. Coronavirus infections: recommendations for good practice in obtaining tissues and organs for the transplantation. SciELO Preprints. No prelo 2020.
18 Carvalho EC, Oliveira-Kumakura ARS, Morais SCRV. Clinical reasoning in nursing: teaching strategies and assessment tools. Rev Bras Enferm. 2017;70(3):662-8.
19 Menegon FHA, Santos JLG, Gonçalves N, Kahl C, Barreto MS, Gelbcke FL. Development of the clinical reasoning of nurses of an emergency hospital service. Rev Rene (Online). 2019;20(1):e40249.
20 Westphal GA, Veiga VC, Franke CA. Determinação da morte encefálica no Brasil. Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(3):403-9.
21 Resolução da Diretoria Colegiada nº 36 de 25 de julho de 2013 (BR). Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF), 2013 [citado 2020 nov 10]. Disponível em:
22 Souza CS, Tomaschewski-Barlem JG, Dalmolin GL, Silva TL, Neutzling BRS, Zugno RM. Strategies for strengthening safety culture in intensive care units. Rev enferm UERJ. 2019;27:e38670.
23 Decreto nº 9.175, de 18 de outubro de 2017 (BR). Regulamenta a lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, para tratar da disposição de órgãos, tecidos, células e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento. Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF), 2017 [citado 2020 nov 10]. Disponível em:
24 Treviso P, Peres SC, Silva AD, Santos AA. Competências do enfermeiro na gestão do cuidado. Rev Adm Saúde. 2017;17(69):10-5.
Submitted date:
02/03/2021
Accepted date:
26/05/2021