Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
https://app.periodikos.com.br/journal/ean/article/doi/10.1590/2177-9465-EAN-2020-0427
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
Pesquisa

Types of workplace violence in nursing in the Family Health Strategy  

Tipos de violencia en el trabajo de enfermería en la Estrategia de Salud Familiar

Tipos de violência no trabalho da enfermagem na Estratégia Saúde da Família

Grasiele Fatima Busnello; Letícia de Lima Trindade; Daiane Dal Pai; Carmem Lúcia Colomé Beck; Olga Maria Pimenta Lopes Ribeiro

Downloads: 0
Views: 28

Abstract

Objective: to analyze the occurrence of different types of violence in the work of Nursing in the Family Health Strategy and the implications of the labor and worker aspects.

Method: a mixed, explanatory, sequential study, with 169 nursing workers of the Family Health Strategy. As instruments of data collection, the Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector and the semi-structured interview were used.

Results: episodes of verbal aggression with better averages were found in the assessment of recognition and relationships at work and the highest use of medication. Workplace bullying was associated with the participants' white skin color, the position of nurse, more negative evaluations about work recognition and interpersonal relationships, and a greater concern with violence. Sexual harassment was associated with the position of nursing technician/auxiliary and the lack of encouragement to report violence. Racial discrimination was associated with brown/black skin color and reduced job satisfaction.

Conclusion and implications for practice: the analysis of the factors that are associated with specific types of violence makes it possible to better determine institutional measures and policies that minimize violent acts against nursing workers.

Keywords

Violence at Work; Nursing; Worker Health; Family Health Strategy; Primary Health Care

Resumen

Objetivo: analizar la ocurrencia de los diferentes tipos de violencia en el trabajo de enfermería en la Estrategia Salud de la Familia y las implicaciones de los aspectos laborales y trabajador.

Método: estudio explicativo secuencial mixto con 169 trabajadores de enfermería de la Estrategia Salud de la Familia. Como instrumentos de recolección de datos se utilizó Cuestionario de Encuesta de Violencia Laboral en el Sector Salud e la entrevista semiestructurada.

Resultados: se encontraron episodios de agresión verbal con mejores promedios en la evaluación del reconocimiento y las relaciones en el trabajo y mayor uso de medicamentos. El acoso moral se asoció con el color de piel blanco de los participantes, como enfermeras, presentaron valoraciones más negativas sobre el reconocimiento laboral y las relaciones interpersonales y mayor preocupación por la violencia. El acoso sexual, por su parte, se relacionó con el puesto de técnico / auxiliar de enfermería y la falta de estímulo para denuncias de violencia. La discriminación racial se asoció con el color de piel marrón / negro y una menor satisfacción laboral.

Conclusión e implicaciones para la práctica: el análisis de los factores que se asocian a tipos específicos de violencia permite determinar mejor las medidas y políticas institucionales que minimicen actos violentos contra trabajadores de enfermería.

Palabras clave

Violencia en el Trabajo; Enfermería; Salud del Trabajador; Estrategia de Salud Familiar; Atención Primaria de Salud

Resumo

Objetivo: analisar a ocorrência dos diferentes tipos de violência no trabalho da Enfermagem na Estratégia Saúde da Família e as implicações dos aspectos laborais e do trabalhador.

Método: estudo misto, explanatório, sequencial, com 169 trabalhadores de Enfermagem da Estratégia Saúde da Família. Como instrumentos de coleta de dados, foram utilizados o Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector e a entrevista semiestruturada.

Resultados: foram encontrados episódios de agressão verbal com melhores médias na avaliação sobre o reconhecimento e os relacionamentos no trabalho e o maior uso de medicamentos. O assédio moral foi associado à cor da pele branca dos participantes, ao cargo de enfermeiro; apresentaram-se avaliações mais negativas acerca do reconhecimento laboral e dos relacionamentos interpessoais e uma maior preocupação com a violência. Já o assédio sexual relacionou-se ao cargo de técnico/auxiliar de Enfermagem e pela ausência de estímulo para os relatos de violência. A discriminação racial foi associada à cor da pele parda/negra e à redução da satisfação laboral.

Conclusão e implicações para a prática: a análise dos fatores que se associam aos tipos específicos de violência permite melhor determinar medidas e políticas institucionais que minimizem os atos violentos contra os trabalhadores de Enfermagem.

Palavras-chave

Violência no Trabalho; Enfermagem; Saúde do Trabalhador; Estratégia Saúde da Família; Atenção Primária à Saúde

Referências

1 Dal Pai D, Sturbelle ICS, Santos C, Tavares JP, Lautert L. Violência física e psicológica perpetrada no trabalho em saúde. Texto Contexto Enferm. 2018;27(1):e2420016. http://dx.doi.org/10.1590/0104-07072018002420016.

2 Organização Mundial da Saúde. Relatório Mundial Sobre Violência e Saúde. Brasília: OMS/OPAS; 2002.

3 Organización Internacional del Trabajo, Consejo Internacional de Enfermeras, Organización Mundial de laSalud/Internacional de Servicios Públicos. Directrices marco para afrontar la violencia laboral en el sector de la salud. Ginebra: Organización Internacional del Trabajo; 2002.

4 Vincent-Höper S, Stein M, Nienhaus A, Schablon A. Workplace aggression and burnout in nursing: the moderating role of follow-up counseling. int j environ res public health. 2020;17(9):3152. http://dx.doi.org/10.3390/ijerph17093152. PMid:32369903.

5 Pompeii LA, Schoenfisch AL, Lipscomb HJ, Dement JM, Smith CD, Upadhyaya M. Physical assault, physical threat, and verbal abuse perpetrated against hospital workers by patients or visitors in six US hospitals. Am J Ind Med. 2015;58(11):1194-204. http://dx.doi.org/10.1002/ajim.22489. PMid:26076187.

6 Abdellah RF, Salama KM. Prevalence and risk factors of workplace violence against health care workers in emergency department in Ismailia, Egypt. Pan Afr Med J. 2017;26(21):21. http://dx.doi.org/10.11604/pamj.2017.26.21.10837. PMid:28451000.

7 Schablon A, Wendeler D, Kozak A, Nienhaus A, Steinke S. Prevalence and consequences of aggression and violence towards nursing and care staff in germany: a survey. Int J Environ Res Public Health. 2018;15(6):1274. http://dx.doi.org/10.3390/ijerph15061274. PMid:29914142.

8 Ruiz-Hernández JA, López-García C, Llor-Esteban B, Galián-Muñoz I, Benavente-Reche AP. Evaluation of the users violence in primary health care: adaptation of an instrument. Int J Clin Health Psychol. 2016;16(3):295-305. http://dx.doi.org/10.1007/s00127-015-1039-9. PMid:30487873.

9 Fisekovic Kremic MB, Terzic-Supic ZJ, Santric-Milicevic MM, Trajkovic GZ. Encouraging employees to report verbal violence in primary health care in Serbia: a cross-sectional study. Zdr Varst. 2016;56(1):11-7. http://dx.doi.org/10.1515/sjph-2017-0002. PMid:28289458.

10 Ministério da Saúde (BR). Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde; 2017.

11 Silva ATC, Peres MFT, Lopes CS, Schraiber LB, Susser E, Menezes PR. Violence at work and depressive symptoms in primary health care teams: a cross-sectional study in Brazil. Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol. 2015;50(9):1347-55. http://dx.doi.org/10.1007/s00127-015-1039-9. PMid:25777684.

12 Sturbelle ICS, Dal Pai D, Tavares JP, Trindade LL, Riquinho DL, Ampos LF. Violência no trabalho em saúde da família: estudo de métodos mistos. Acta Paul Enferm. 2019;32(6):632-41. http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201900088.

13 Flórido HG, Duarte SCM, Floresta WMC, Marins AMF, Broca PV, Moraes JRMM. Gerenciamento das situações de violência no trabalho na estratégia de saúde da família pelo enfermeiro. Texto Contexto Enferm. 2020;29:e20180432.

14 Creswell JW, Clark VLP. Pesquisa de métodos mistos. 2. ed. Porto Alegre: Penso; 2013.

15 Di Martino V. Relationship between work stress and workplace violence in the health sector. Geneva: World Health Organization; 2003.

16 Palácios M. Relatório preliminar de pesquisa, violência no trabalho no setor saúde - Rio de Janeiro – Brasil [Internet]. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro; 2002 [citado 2020 mar 20]. Disponível em: http://www.assediomoral.org/IMG/pdf/pesquisa_sobre_Violencia_no_trabalho_Universidade_Federal_RJ.pdf

17 Minayo MCS. Amostragem e saturação em pesquisa qualitativa: consensos e controvérsias. Rev Pesquisa Qualitativa [Internet]. 2017; [citado 2020 mar 20];5(7):1-12. Disponível em. http://rpq.revista.sepq.org.br/index.php/rpq/article/view/82

18 Bardin L. Análise de conteúdo. Ed. rev e ampl. São Paulo: Editora 70; 2016. 279 p.

19 Contrera L, Monteiro I. Violência e capacidade para o trabalho entre trabalhadores de enfermagem brasileiros. São Paulo: Unicamp BFCM; 2017.

20 Trindade LL, Ribeiro ST, Zanatta EA, Vendruscolo C, Dal Pai D. Agressão verbal no trabalho da Enfermagem na área hospitalar. Rev Eletron Enferm. 2019;21(54333):1-8. http://dx.doi.org/10.5216/ree.v21.54333.

21 Cheung T, Lee PH, Yip PSF. Workplace Violence toward Physicians and Nurses: Prevalence and Correlates in Macau. Int J Environ Res Public Health. 2017;14(8):879. http://dx.doi.org/10.3390/ijerph14080879. PMid:28777333.

22 Vieira GLC. Agressão física contra técnicos de enfermagem em hospitais psiquiátricos. Rev Bras Saúde Ocup. 2017;42:e8. http://dx.doi.org/10.1590/2317-6369000004216.

23 Tsukamoto SAS, Galdino MJQ, Robazzi MLCC, Ribeiro RP, Soares MH, Haddad MCFL et al. Violência ocupacional na equipe de enfermagem: prevalência e fatores associados. Acta Paul Enferm. 2019;32(4):425-32. http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201900058.

24 Soratto J, Pires DEP, Trindade LL, Oliveira JSMA, Forte ECN, Melo TP. Insatisfação no trabalho de profissionais da saúde na Estratégia Saúde da Família. Texto Contexto Enferm. 2017;26(3):e2500016. http://dx.doi.org/10.1590/0104-07072017002500016.

25 Lima DM, Santos DF, Oliveira FN, Fonseca APLA, Passos JP. Violencia psicológica institucional no trabalho da enfermagem. Rev Pesq Cuid Fundam. 2012;4(1):17-20. http://dx.doi.org/10.9789/2175-5361.rpcfo.v0.1651.

26 Silva RVS, Deusdedit-Júnior M, Batista MA. A relação entre reconhecimento, trabalho e saúde sob o olhar da Psicodinâmica do Trabalho e da Clínica da Atividade: debates em psicologia do trabalho. Gerais Rev Interinst Psicol [Internet]. 2015; [citado 2020 mar 20];8(2):415-27. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-82202015000300010&lng=pt

27 Bordignon M, Monteiro MI. Violence in the workplace in Nursing: consequences overview. Rev Bras Enferm. 2016;69(5):996-9. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2015-0133. PMid:27783746.

28 Dashtipour P, Vidaillet B. Work as affective experience: the contribution of Christophe Dejours’ ‘psychodynamics of work’. Organization. 2017;24(1):18-35. http://dx.doi.org/10.1177/1350508416668191.

29 Vasconcellos IRR, Griep RH, Lisboa MTL, Rotenberg L. Violence in daily hospital nursing work. Acta Paul Enferm. 2012;25(spe2):40-7. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002012000900007.

30 Wu S, Zhu W, Li H, Lin S, Chai W, Wang X. Workplace violence and influencing factors among medical professionals in China. Am J Ind Med. 2012;55(11):1000-8. http://dx.doi.org/10.1002/ajim.22097. PMid:22886819.

31 Andrade CG, Leão JDM, Costa ICP, Brito FM, Santos KFO, Costa SFG. Assédio moral na atenção básica segundo os profissionais de enfermagem. Trab Educ Saúde. 2015;13(Supl. 1):77-90. http://dx.doi.org/10.1590/1981-7746-sip00031.

32 Harb A, Al Rayan A, Al.khashashneh OZ. The relationship between workplace bullying and positive mental health among registered nurses. J Am Psychiatr Nurses Assoc. 2019. http://dx.doi.org/10.1177/1078390319877223.

33 Douglas KE, Nkporbu AK. Prevalence and pattern of workplace violence and ethnic discrimination among workers in a tertiary institution in Southern Nigeria. OALib J. 2017;4(3):3464. http://dx.doi.org/10.4236/oalib.1103464.

34 Conselho Federal de Enfermagem. Mulheres e negros são maioria entre os profissionais de Enfermagem em MT [Internet]. 2018 [citado 2020 mar 20]. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/mulheres-e-negros-sao-maioria-entre-os-profi-em-mt_66743.htmlssionais-de-enfermagem

35 Smith CR, Palazzo SJ, Grubb PL, Gillespie GL. Standing up against workplace bullying behavior: recommendations from newly licensed nurses. J Nurs Educ Pract. 2020;10(7):1-2.
 


Submetido em:
27/10/2020

Aceito em:
15/02/2021

67fd6781a953953c417d5fb3 ean Articles

Esc. Anna Nery

Share this page
Page Sections