Factors associated with care practices for newborns in the delivery room
Factores asociados a las prácticas de asistencia al recién nacido en la sala de parto
Fatores associados às práticas assistenciais ao recém-nascido na sala de parto
Beatriz Cabral Ledo; Fernanda Garcia Bezerra Góes; Andressa Silva Torres dos Santos; Fernanda Maria Vieira Pereira-Ávila; Aline Cerqueira Santos Santana da Silva; Mayara Pacheco da Conceição Bastos
Abstract
Objective: to identify the factors associated with newborn care practices adopted in the delivery room of a maternity hospital in the coastal lowlands of Rio de Janeiro.
Method: a cross-sectional was study carried out in a public institution in the state of Rio de Janeiro using data collected from birth records between 2015 and 2017. The chi-square test and logistic regression were adopted to associate the variables.
Results: among 351 (100.0%) medical records, the following constituted practices performed in the delivery room: skin-to-skin contact and early breastfeeding (28.0%); drying (92.3%); oronasopharyngeal aspiration (82.1%); gastric aspiration (52.7%); tracheal aspiration (12.2%); inhaled oxygen (7.7%); and rooming-in referral (91.1%). Early breastfeeding was associated with the type of delivery (p=0.043) and changes in physical examination (p=0.001). Changes in the physical examination at birth significantly decreased the chances of babies being placed in this position while still in the delivery room (p=0.001), as well as newborns delivered by cesarean section (p=0.045). Being born by cesarean section increased the chances of newborns being submitted to gastric aspiration twice (p=0.002).
Conclusion and implications for practice: it is urgent to organize the routines of services in order to avoid unnecessary interventions aiming at humanized and quality obstetric and neonatal care.
Keywords
Resumen
Objetivo: identificar los factores asociados con las prácticas de atención para recién nacidos adoptados en la sala de partos de un hospital de maternidad en las tierras bajas costeras de Rio de Janeiro.
Método: estudio transversal, realizado en una institución pública en el estado de Rio de Janeiro, utilizando datos de registros de nacimiento entre 2015 y 2017. Se adoptó la prueba de chi-cuadrado y la regresión logística en la asociación entre variables.
Resultados: entre 351 (100.0%) registros médicos, se realizaron las siguientes prácticas en la sala de partos: contacto piel con piel y lactancia temprana (28.0%); secado (92,3%); aspiración oronasofaríngea (82,1%); aspiración gástrica (52.7%); aspiración traqueal (12,2%); oxígeno inhalado (7.7%); y derivación a Vivienda Conjunta (91.1%). El contacto con el seno materno temprano se asoció con el tipo de parto (p=0.043) y los cambios en el examen físico (p=0.001). Tener cambios en el examen físico al nacer redujo significativamente las posibilidades de colocar al bebé en esta posición mientras aún está en la sala de partos (p=0.001), así como a los recién nacidos por cesárea (p=0.045). Nacer por cesárea aumentó las posibilidades de que el recién nacido sea sometido a aspiración gástrica dos veces (p=0.002).
Conclusión e implicaciones para la práctica: es urgente organizar las rutinas de los servicios para evitar intervenciones innecesarias a través de una atención obstétrica y neonatal humanizada y de calidad.
Palabras clave
Resumo
Objetivo: identificar os fatores associados às práticas assistenciais ao recém-nascido adotadas na sala de parto de uma maternidade na baixada litorânea do Rio de Janeiro.
Método: estudo transversal, realizado em instituição pública no estado Rio de Janeiro, mediante coleta de dados em prontuários de nascimentos entre 2015 e 2017. Na associação entre variáveis, adotou-se o Teste Qui-Quadrado e a regressão logística.
Resultados: entre 351 (100,0%) prontuários, constituíram-se como práticas realizadas na sala de parto: contato pele a pele e aleitamento materno precoce (28,0%); secagem (92,3%); aspiração oronasofaríngea (82,1%); aspiração gástrica (52,7%); aspiração traqueal (12,2%); oxigênio inalatório (7,7%); e encaminhamento ao Alojamento Conjunto (91,1%). O contato precoce com o seio materno esteve associado ao tipo de parto (p=0,043) e às alterações no exame físico (p=0,001). Possuir alterações no exame físico ao nascimento diminuiu significativamente as chances de o bebê ser colocado nessa posição ainda na sala de parto (p=0,001) assim como os recém-nascidos de parto cesáreo (p=0,045). Nascer de cesárea aumentou duas vezes as chances de o recém-nascido ser submetido à aspiração gástrica (p=0,002).
Conclusão e implicações para a prática: é premente organizar as rotinas dos serviços, de modo a evitar intervenções desnecessárias visando uma atenção obstétrica e neonatal humanizada e de qualidade.
Palavras-chave
Referencias
1 Chaves RL. O nascimento como experiência radical de mudança. Cad Saude Publica. 2014;30(Supl 1):S14-6.
2 Moreira MEL, Gama SGN, Pereira APE, Silva AAM, Lansky S, Pinheiro RS et al. Práticas de atenção hospitalar ao recém-nascido saudável no Brasil. Cad Saude Publica. 2014;30(Supl 1):S128-39.
3 Ramos WMA, Aguiar BGC, Conrad D, Pinto CB, Mussumeci PA. Contribuição da enfermeira obstétrica nas boas práticas da assistência ao parto e nascimento. Rev. Pesqui. (Univ. Fed. Estado Rio J., Online) [Internet]. 2018 jan/mar; [citado 2020 jan 25];10(1):173-9. Disponível em:
4 Andrade LO, Felix ESP, Souza FS, Gomes LOS, Boery RNSO. Práticas dos profissionais de enfermagem diante do parto humanizado. Rev Enferm UFPE Online [Internet]. 2017; [citado 2020 jan 25];11(Supl 6):2576-85. Disponível em:
5 Sociedade Brasileira de Pediatria. Reanimação do recém-nascido ≥34 semanas em sala de parto: Diretrizes 2016 da Sociedade Brasileira de Pediatria [Internet]. 2016 [citado 2020 jan 25]. Disponível em:
6 Moore ER, Bergman N, Anderson GC, Medley N. Early skin-to-skin contact for mothers and their healthy newborn infants. Cochrane Database Syst Rev. 2016;11(CD003519):CD003519.
7 Kologeski TK, Strapasson MR, Schneider V, Renosto JM. Contato pele a pele do recém-nascido com sua mãe na perspectiva da equipe multiprofissional. Rev Enferm UFPE Online. 2017;11(1):94-101.
8 Cetinkaya E, Ertem G. The effects of skin-to-skin contact on maternal-preterm infants: a systematic review. J Educ Res Nurs. 2017;14(2):167-75.
9 Rocha LB, Araujo FMS, Rocha NCO, Almeida CD, Santos MO, Rocha CHR. Aleitamento materno na primeira hora de vida: uma revisão da literatura. Rev Med Saúde Brasília [Internet]. 2017; [citado 2020 jan 25];6(3):384-94. Disponível em:
10 Khan J, Vesel L, Bahl R, Martines JC. Timing of breastfeeding initiation and exclusivity of breastfeeding during the first month of life: effects on neonatal mortality and morbidity - a systematic review and meta-analysis. Matern Child Health J. 2015;19(3):468-79.
11 Monguilhott JJDC, Brüggemann OM, Freitas PF, d’Orsi E. Nascer no Brasil: a presença do acompanhante favorece a aplicação das boas práticas na atenção ao parto na região Sul. Rev Saude Publica. 2018;52:1.
12 Santos LM, Silva JCR, Carvalho ESS, Carneiro AJS, Santana RCB, Fonseca MCC. Vivenciando o contato pele a pele com o recém-nascido no pós-parto como um ato mecânico. Rev Bras Enferm. 2014;67(2):202-7.
13 Pereira SB, Diaz CMG, Backes MTS, Ferreira CLL, Backes DS. Boas práticas de atenção ao parto e ao nascimento na perspectiva de profissionais de saúde. Rev Bras Enferm. 2018;71(Supl 3):1313-9.
14 Kim B-Y. Factors that influence early breastfeeding of singletons and twins in Korea: a retrospective study. Int Breastfeed J. 2017;12(4):1-10.
15 Ndirangu MN, Gatimu SM, Mwinyi HM, Kibiwott DC. Trends and factors associated with early initiation of breastfeeding in Namibia: analysis of the demographic and health surveys 2000-2013. BMC Pregnancy Childbirth. 2018;18(1):171.
16 Berde AS, Yalcin SS. Determinants of early initiation of breastfeeding in Nigeria: a population-based study using the 2013 demograhic and health survey data. BMC Pregnancy Childbirth. 2016;16(1):32.
17 Santos JB, Souza EM, Rocha CS, Trindade FS, Oliveira KA. Aspectos epidemiológicos do parto cesáreo em Sergipe. Rev Saúde ReAGES [Internet]. 2019; [citado 2020 jan 25];1(4):47-51. Disponível em:
18 Vale LD, Lucena EEES, Holanda CSM, Cavalcante RD, Santos MM. Preferência e fatores associados ao tipo de parto entre puérperas de uma maternidade pública. Rev Gaúcha Enferm. 2015 jul/set;36(3):86-92.
19 Oliveira RR, Melo EC, Novaes ES, Ferracioli PLRV, Mathias TAF. Factors associated to cesarean delivery in public and private health care systems. Rev Esc Enferm USP. 2016;50(5):733-40.
20 Silva ACL, Félix HCR, Ferreira MBG, Wysocki AD, Contim D, Ruiz MT. Preferência pelo tipo de parto, fatores associados à expectativa e satisfação com o parto. Rev Eletr Enf. 2017;19:a34.
21 Sampaio ARR, Bousquat A, Barros C. Contato pele a pele ao nascer: um desafio para a promoção do aleitamento materno em maternidade pública no nordeste brasileiro com o título de Hospital Amigo da Criança. Epidemiol Serv Saude. 2016;25(2):281-90.
22 Arruda GT, Barreto SC, Morin VL, Petter GN, Braz MM, Pivetta HMF. Existe relação da via de parto com amamentação na primeira hora de vida? Rev Bras Promoç Saúde. 2018;31(2):1-7.
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico 2010: características da população e dos domicílios. Resultados do universo [Internet]. 2011 [citado 2020 jan 25]. Disponível em:
24 Ministério da Saúde (BR). Guia de implementação do quesito Raça/Cor/Etnia [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2018 [citado 2020 jan 25]. Disponível em:
25 Pacheco VC, Silva JC, Mariussi AP, Lima MR, Silva TR. As influências da raça/cor nos desfechos obstétricos e neonatais desfavoráveis. Saúde Debate. 2018;42(116):125-37.
26 Leal MC, Gama SGN, Pereira APE, Pacheco VE, Carmo CN, Santos RV. A cor da dor: iniquidades raciais na atenção pré-natal e ao parto no Brasil. Cad Saude Publica. 2017;33(33, Supl 1):e00078816.
27 Calegari FL, Barbieratto BJ, Fujinaga CI, Fonseca LMM, Oliveira CR, Leite AM. Prontidão do recém-nascido a termo durante a primeira mamada em alojamento conjunto. Rev Rene. 2016 out 4;17(4):444-50.
28 Iyengar K, Jain M, Thomas S, Dashora K, Liu W, Saini P et al. Adherence to evidence based care practices for child birth before and after a quality improvement intervention in health facilities of Rajasthan, India. BMC Pregnancy Childbirth. 2014;14(1):270.
29 Abdala LG, Cunha MLC. Contato pele a pele entre mãe e recém-nascido e amamentação na primeira hora de vida. Clin Biomed Res. 2018;38(4):356-60.
30 Mercer JS, Erickson-Owens DA, Graves B, Haley MM. Práticas baseadas em evidências para a transição do feto a recém-nascido. Rev Tempus Actas Saúde Col. [Internet]. 2010; [citado 2020 jan 25];4(4):173-89. Disponível em:
31 Sandall J, Soltani H, Gates S, Shennan A, Devane D. Midwife-led continuity models versus other models of care for childbearing women. Cochrane Database Syst Rev. 2016;4(CD004667):CD004667.
Submitted date:
26/03/2020
Accepted date:
17/06/2020