Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
https://app.periodikos.com.br/journal/ean/article/doi/10.1590/2177-9465-EAN-2020-0098
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
Pesquisa

Guidelines to pregnant women: the importance of the shared care in primary health care

Guidelines to pregnant women: the importance of the shared care in primary health care

Orientações às gestantes no pré-natal: a importância do cuidado compartilhado na atenção primária em saúde

Bruna Leticia Marques; Yaná Tamara Tomasi; Suelen dos Santos Saraiva; Antonio Fernando Boing; Daniela Savi Geremia

Downloads: 0
Views: 116

Abstract

Objective: To analyze the association between the adequacy of the guidelines received during prenatal care and the professional who assisted the pregnant woman in most consultations in Primary Health Care.

Method: 3,111 puerperal women who underwent prenatal care by the Unified Health System in the State of Santa Catarina in 2019 participated, through a questionnaire applied in a hospital environment up to 48 hours postpartum. Association between the main exposure variable and covariates with the outcome according to the professional who carried out the prenatal care was analyzed.

Results: The most frequent guidelines were the signs of risks during pregnancy (80.3%) and risks of self-medication (76.9%). Prevalences below 50% were observed in the guidelines on adequate breastfeeding management (45.9%) and the possibility of visiting the maternity ward before delivery (38.2%); having received all guidelines at least once during prenatal care was 18.4%. Pregnant women assisted in most consultations by physicians and nurses had a 41,0% greater chance of adequacy in the guidelines compared to those assisted exclusively by physicians.

Conclusions and implications for practice: The prevalence of guidelines given by health professionals for pregnant women was higher when prenatal care was more shared between nurses and physicians in comparison to the majority of care provided by professionals from only one profession.

Keywords

Cuidado Pré-Natal, Atenção Primária à Saúde, Promoção da Saúde, Educação em Saúde, Equipe de Assistência ao Paciente

Resumen

Objetivo: analizar la asociación entre la adecuación de las directrices recibidas durante la atención prenatal y el profesional que atendió a la mujer embarazada en la mayoría de las consultas en la Atención Primaria de Salud.

Método: participaron 3.111 mujeres puérperas que recibieron la atención prenatal a través del Sistema Único de Salud en el Estado de Santa Catarina en 2019, a través de un cuestionario aplicado en un entorno hospitalario hasta 48 horas después del parto. Se analizó la asociación entre la variable de exposición principal y las covariables, y el resultado según el profesional que asistió en la atención prenatal.

Resultados: las directrices más frecuentes fueron los signos de riesgos en el embarazo (80,3%) y los riesgos de automedicación (76,9%). Se observaron prevalencias inferiores al 50% en las directrices sobre el manejo adecuado de la lactancia materna (45,9%) y la posibilidad de visitar la sala de maternidad antes del parto (38,2%); han recibido todas las directrices al menos una vez durante la atención prenatal fue del 18.4%. Las mujeres embarazadas atendidas en la mayoría de las consultas por profesionales médicos y enfermeras tuvieron un 41% más de posibilidades de adecuarse a las directrices en comparación con las que fueron atendidas exclusivamente por médicos.

Conclusiones e implicaciones para la práctica: la prevalencia de las directrices otorgadas por los profesionales de la salud a las mujeres embarazadas fue mayor cuando la atención prenatal fue más compartida entre las enfermeras y los médicos en comparación con la mayoría de la atención prestada por profesionales de una sola profesión.

Palabras clave

Atención Prenatal, Atención primaria de salud, Promoción de la Salud, Educación en Salud, Grupo de Atención al Paciente

Resumo

Objetivo: Analisar a associação entre a adequação das orientações recebidas durante o pré-natal e o profissional que atendeu a gestante na maioria das consultas na Atenção Primária à Saúde.

Método: Participaram 3.111 puérperas que realizaram pré-natal pelo Sistema Único de Saúde no Estado de Santa Catarina em 2019, através de questionário aplicado em ambiente hospitalar até 48 horas pós-parto. Analisou-se associação entre a variável de exposição principal e covariáveis, e o desfecho segundo profissional que atendeu no pré-natal.

Resultados: As orientações mais frequentes foram os sinais de riscos na gestação (80,3%) e riscos de automedicação (76,9%). Observaram-se prevalências abaixo de 50% nas orientações sobre manejo adequado da amamentação (45,9%) e possibilidade de visitar a maternidade antes do parto (38,2%); ter recebido todas as orientações ao menos uma vez durante o pré-natal foi de 18,4%. Gestantes atendidas na maioria das consultas pelos profissionais médico e enfermeiro apresentaram chance 41,0% maior de adequação às orientações, em comparação com aquelas atendidas exclusivamente por médicos.

Conclusões e implicações para a prática: A prevalência de orientações dadas pelos profissionais de saúde às gestantes foi mais elevada quando o pré-natal foi mais compartilhado entre enfermeiros e médicos, em comparação ao atendimento majoritário por profissional de apenas uma profissão.

Referências

1 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Tábua completa de mortalidade para o Brasil – 2018. Rio de Janeiro: IBGE; 2019.

2 United Nations. The Millennium Development Goals Report 2015. New York: United Nations; 2015.

3 Barros FC, Bhutta ZA, Batra M, Hansen TN, Victora CG, Rubens CE. Global report on preterm birth and stillbirth (3 of 7): evidence for effectiveness of interventions. BMC Pregnancy Childbirth. 2010 fev;10(Suppl 1):S3. http://dx.doi.org/10.1186/1471-2393-10-S1-S3. PMid:20233384.

4 Bhutta ZA, Das JK, Bahl R, Lawn JE, Salam RA, Paul VK et al. Can available interventions end preventable deaths in mothers, newborn babies, and stillbirths, and at what cost? Lancet. 2014 jul;384(9940):347-70. http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(14)60792-3. PMid:24853604.

5 Domingues RMSM, Viellas EF, Dias MAB, Torres JA, Theme-Filha MM, Gama SGN et al. Adequação da assistência pré-natal segundo as características maternas no Brasil. Rev Panam Salud Publica. 2015;37(3):140-7. PMid:25988250.

6 Carroli G, Rooney C, Villar J. How effective is antenatal care in preventing maternal mortality and serious morbidity? An overview of the evidence. Paediatr Perinat Epidemiol. 2001;15(Suppl 1):1-42. http://dx.doi.org/10.1046/j.1365-3016.2001.00001.x. PMid:11243499.

7 Tomasi E, Fernandes PAA, Fischer T, Siqueira FCV, Silveira DSD, Thumé E et al. Qualidade da atenção pré-natal na rede básica de saúde do Brasil: indicadores e desigualdades sociais. Cad Saude Publica. 2017;33(3):e00195815. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00195815. PMid:28380149.

8 Carvalho DSC, Novaes HMD. Avaliação da implantação de programa de atenção pré-natal no Município de Curitiba, Paraná, Brasil: estudo em coorte de primigestas. Cad Saude Publica. 2004;20(Suppl 2):S220-30. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2004000800017. PMid:15608936.

9 Matos DS, Rodrigues MS, Rodrigues TS. Atuação do enfermeiro na assistência ao pré-natal de baixo risco na estratégia saúde da família em um município de Minas Gerais. Rev Enfermagem. [Internet] 2013 [citado 1 mar 2020];16(1):18-33. Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/enfermagemrevista/article/ view/5282/5237

10 Silva SR, Parreira BDM, Dias FA, Cardoso LE, Cunha JD. Práticas de autocuidado desenvolvidas por gestantes atendidas em um ambulatório de pré-natal. Rev Eletr Enf. 2014;16(4):812-21. http://dx.doi.org/10.5216/ree.v16i4.21779.

11 Reserch Eletronic Data Capture. First Latin American and Brazilian REDCapCon [Internet]. [citado 1 mar 2020]. Disponível em: http://www.redcapbrasil.com.br/redcapcon/en/redcapcon/en/

12 Ministério da Saúde (BR). Atenção ao pré-natal de baixo. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.

13 Leal MDC, Gama SGND, Campos MR, Cavalini LT, Garbayo LS, Brasil CLP et al. Fatores associados à morbi-mortalidade perinatal em uma amostra de maternidades públicas e privadas do Município do Rio de Janeiro, 1999-2001. Cad Saude Publica. 2004;20(Suppl 1):S20-33. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2004000700003.

14 Ministério da Saúde (BR). Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2a ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2015.

15 Polgliane RBS, Leal MDC, Amorim MHC, Zandonade E, Santos Neto ETD. Adequação do processo de assistência pré-natal segundo critérios do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento e da Organização Mundial de Saúde. Cien Saude Colet. 2014;19(7):1999-2010. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232014197.08622013.

16 Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011 (BR). Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) a Rede Cegonha. Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF), 24 jun 2011 [citado 1 mar 2020]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1459_24_06_2011.html

17 Viellas EF, Domingues RMSM, Dias MAB, Gama SGN, Theme MM Fa, Costa JV et al. Assistência pré-natal no Brasil. Cad Saude Publica. 2014;30(Suppl 1):S85-100. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00126013.

18 Ministério da Saúde (BR). O SUS de A a Z: garantindo saúde nos municípios. 3a ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2009.

19 Santos EF, Santos EB, Santana GO, Assis MFD, Meneses RDO. Legislação em enfermagem: atos normativos do exercício e do ensino de enfermagem. Rio de Janeiro: Atheneu; 1997.

20 Rodrigues EM, Nascimento RG, Araújo A. Protocolo na assistência pré-natal: ações, facilidades e dificuldades dos enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família. Rev Esc Enferm USP. 2011;45(5):1041-7. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342011000500002. PMid:22031361.
 


Submetido em:
30/03/2020

Aceito em:
17/06/2020

67ddba05a953953fa55fd353 ean Articles

Esc. Anna Nery

Share this page
Page Sections