Incarcerated women of Recife- PE: Health and quality of life
Mujeres reclusas en Recife-PE: salud y calidad de vida
Mulheres detentas do Recife-PE: saúde e qualidade de vida
Marcia Cibele Andrade dos Santos Ferreira; Rosa Aurea Quintella Fernandes
Abstract
Objectives: To identify the social profile, lifestyle habits, and morbidities of women prisoners; to identify their quality of life (QoL) and to associate this with the sociodemographic variables, lifestyle habits, and morbidities reported.
Method: This cross-sectional, correlational, quantitative field study was conducted with 287 incarcerated women, from October 15 to November 16, 2018. The WHOQOL-Bref was used to assess their quality of life.
Results: The mean score of the prisoners' Overall Quality of Life was low (46). The Physical domain presented the highest mean and the Environment the lowest. The most commonly reported morbidities were musculoskeletal pain (52.9%) and respiratory diseases (25.4%). There was an association between QoL and the assessment of poor/very poor health in all the domains and the morbidities reported in the majority of them.
Conclusions and implications for the practice: The morbidities reported the negative assessment of health, some lifestyle habits, and the prison structure interfered with the prisoners' perception of QoL. Identifying the social and health profile of the women and the situations experienced in prison can contribute to the planning of interventions that can minimize health problems and the impact on their quality of life.
Keywords
Resumen
Palabras clave
Resumo
Objetivos: Identificar o perfil social, hábitos de vida e morbidades referidas, de mulheres detentas; identificar a Qualidade de Vida-QV dessas mulheres e associá-la às variáveis perfil social, hábitos de vida e morbidades referidas.
Método: Pesquisa transversal, correlacional, de campo, com abordagem quantitativa, realizada com 287 detentas, no período de 15 de outubro a 16 de novembro de 2018. Utilizou-se para avaliar a qualidade de vida o WHOQOL-Bref.
Resultados: A média dos escores da Qualidade de Vida Geral das detentas foi baixa (46), o domínio com maior média foi o Físico e o menor o Meio Ambiente. As morbidades mais referidas foram dor musculoesquelética (52,9%) e doenças respiratórias (25,4%). Houve associação entre a QV e a avaliação ruim / péssima da saúde, em todos os domínios e das morbidades referidas na maioria deles.
Conclusões e Implicações para a prática: As morbidades referidas, a avaliação negativa da saúde, alguns hábitos de vida e a estrutura da prisão interferiram na percepção da QV das detentas. Conhecer o perfil social e de saúde das mulheres e as situações vivenciadas no cárcere, pode contribuir para o planejamento de intervenções que possam minimizar os agravos à saúde e o impacto na qualidade de vida dessas mulheres.
Palavras-chave
Referências
1 Ministério da Justiça e Segurança Pública (BR). Relatório temático sobre mulheres privadas de liberdade. Brasília: Ministério da Justiça e Segurança Pública, Departamento Penitenciário Nacional; 2017 [citado 2019 Jan 28]. Disponível em:
2 Walmsley R. World female imprisonment list [Internet] 4th ed. London: Institute for Criminal Policy Research; 2017 [citado 2019 Jan 28]. Disponível em:
3 World Health Organization. Women’s health in prison: Correcting gender inequity in prison health [Internet]. Copenhagen, Denmark: WHO; 2009 [citado 2020 Jan 30]. Disponível em:
4 Audi CAF, Santiago SM, Andrade MGG, Francisco PMSB. Survey on the health conditions of incarcerated women. Saúde debate [Internet]. 2016 jun; [citado 2018 dez 23];40(109):112-24.
5 Mignon S. Health issues of incarcerated women in the United States. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2016 jun; [citado 2018 dez 23];21(7):2051-60.
6 Davison KM, D’Andreamatteo C, Smye VL. Medical nutrition therapy in Canadian federal correctional facilities. BMC Health Serv Res. 2019;19(1):89.
7 Ribeiro MAT, Deus NMSF. Mulheres encarceradas: a saúde atrás das grades. Revista Psicologia, Diversidade e Saúde [Internet]. 2017 nov; [citado 2018 dez 23];6(4):324-39. Disponível em:
8 Reed E, Raj A, Falbo G, Caminha F, Decker MR, Kaliel DC, et al. The prevalence of violence and relation to depression and illicit drug use among incarcerated women in Recife, Brazil. Int J Law Psych [online]. 2009 Sep/Oct; [citado 2019 jan. 23];32:323-8. Disponível em:
9 Gois SM, Santos HPO, Silveira MFA, Gaudêncio MMP. Para além das grades e punições: uma revisão sistemática sobre a saúde penitenciária. Ciênc Saúde Coletiva [Internet]. 2012 [citado 2018 dez 23];(5):1235-1246. Disponível em:
10 Cerezo AI. Women in Prison in Spain: The Implementation of Bangkok Rules to the Spanish Prison Legislation. Eur J Crim Policy Res [Internet] 2017 jun; [citado 2019 jan 21];23:133-51. Disponível em:
11 Graça BC, Mariana MM, Silva JH, Nascimento VF, Hattori TY, Terças-Trette ACP. Perfil epidemiológico e prisional das detentas de um município do médio norte de Mato Grosso. Rev Semina. 2018;39(1):59-68.
12 Naz S, Hashmi AM, Asif A. Burnout and quality of life in nurses of a tertiary care hospital in Pakistan. J Pak Med Assoc. 2016;66(5):532-6. PMid:27183930.
13 World Health Organization. Programme on Mental Health: WHOQOL User Manual, 2012 revision [Internet]. Genebra: World Health Organization; 1998 [citado 2018 Jul. 13]. Disponível em:
14 The WHOQOL Group. Development of the World Healt Organization WHOQOL-B: quality of life assessment. Psychol Med. 1998;28(3):551-8.
15 Fleck MPA, Louzada S, Xavier M, Chachamovich E, Vieira G, Santos L et al. Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida “WHOQOL-bref. Rev Saude Publica. 2000;34(2):178-83.
16 Teixeira MMS; Lemos SMA; Bento, EB; Souza, DOG; Schetinger, MRC. Saúde da mulher encarcerada: uma proposta de intervenção, amor e vida. RIAEE – Rev Ibero-Americana de Estudos em Educação. 2017 jul-set;12(3):1659-1673.
17 Santos MV, Alves VH, Pereira AV, Rodrigues DP, Marchiori GRS, Guerra JVV. Mental health of incarcerated women in the state of Rio de Janeiro Texto Contexto Enferm [Internet]. 2017 [citado 2018 jul. 13];26(2):e5980015. Disponível em:
18 Torres AIM. El delito como castigo: las cárceles colombiana. Rev Latinoamericana de Estudios de Seguridad [Internet]. 2019 [citado 2019 mar 12];24:134-149. Disponível em:
19 Ministério da Saúde (BR). Vigitel Brasil 2018: Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Brasília: Ministério da Saúde; 2018.
20 Rodrigues ESR, Moreira RF, Rezende AAB, Costa LD. Sedentarismo e tabagismo em pacientes com doenças cardiovasculares, respiratórias e ortopédicas. Rev enferm UFPE. 2014;8(3):591-9.
21 Martins ELC, Martins LC, Silveira AM, Melo EM. O contraditório direito à saúde de pessoas em privação de liberdade: o caso de uma unidade prisional de Minas Gerais. Saúde Soc. 2014;23(4):1222-1234.
22 Barros I, Lima MG, Ceolim MF, Zancanella E, Cardoso TAMO. Quality of sleep, health and well-being in a population-based study. Rev Saude Publica. 2019;53(82):1-12
23 Santos MV, Alves WH, Pereira AV, Rodrigues DP, Marchiori GRS, Guerra JVV. The physical health of women deprived of their freedom in a prison in the state of Rio de Janeiro Esc Anna Nery. 2017;21(2):e20170033.
24 Lessa PRA, Ribeiro SG, Lima DJM, Nicolau AIO, Damasceno AKC, Pinheiro AKB. Presence of high-grade intraepithelial lesions among women deprived of their liberty: a documental study. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2012;20(2):e20170033.
25 Rodrigues MM, Fernandes RAQ. Calidad de vida y morbilidad referida a mujeres productivamente activas. Enfermería Global. 2017;16(2):246-280.
26 Marcacine PR, Castro SS, Castro SS, Meirelles MCCC, Haas VJ, IAP Walsh. Quality of life, sociodemographic and occupational factors of working women. Ciênc. saúde coletiva. 2019.
27 Gomes NDB, Leal NPR, Pimenta CJL, Martins KP, Ferreira GRS, Costa KNFM. Quality of life of men and women on hemodialysis. Rev baiana enferm. 2018;32:e24935.
28 Correia RA, Bonfim CV, Ferreira DKS, Furtado BMASM, Costa HVV, Feitosa KMA, Santos SL. Quality of life after treatment for cervical cancer. Esc Anna Nery. 2018; 22(4):e20180130.
29 Faria CA, Lourenção LG, Quintanilha DO, Vieira MS, Andrade PFL, Eduardo JCC. Qualidade de vida de mulheres com infecções recorrentes do trato urinário em atendimento ambulatorial. Fisioterapia Brasil. 2018;19(3):329-36.
30 Organización Mundial de la Salud. Promoción de La Salud: Glosario [Internet]. Genebra: OMS; 1998. [citado 2019 Set 02]. Disponível em:
31 Binotto M, Daltoé T, Formolo F, Spada PKWDS. Atividade física e seus benefícios na qualidade de vida de mulheres com câncer de mama: um estudo transversal em Caxias do Sul – RS. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2016.21(2):154-161.
32 Zanuto EAC, Lima MCS, Araújo RG, Silva EP, Anzolin ICC, Araujo MYC et al. Sleep disturbances in adults in a city of Sao Paulo state. Rev bras Epidemiol. [Internet]. 2015 [citado 2019 Set 1];18(1):42-53. Disponível em:
33 Muller MR, Guimaraes SS. Impacto dos transtornos do sono sobre o funcionamento diário e a qualidade de vida. Estudos de Psicologia [Internet]. 2007 [citado 2019 Set 1];24(4):519-28. Disponível em:
34 Andrade CC, Oliveira A Jr, Braga AA, Jakob AC, Araújo TD. O desafio da reintegração social do preso: uma pesquisa em estabelecimentos prisionais. Brasília: Ipea; 2015. [citado 2019 Set 1]. Disponível em:
Submetido em:
10/03/2020
Aceito em:
27/04/2020