Non-suicidal self-injury among adolescents: meanings for education and Primary Health Care professionals
Autolesión no suicida entre adolescentes: significados para profesionales de educación y Atención Primaria de Salud
Autolesão não suicida entre adolescentes: significados para profissionais da educação e da Atenção Básica à Saúde
Isabela Martins Gabriel; Luiza Cesar Riani Costa; Ana Beatriz Campeiz; Natalia Rejane Salim; Marta Angelica Iossi Silva; Diene Monique Carlos
Abstract
Objective: to understand the perceptions of the health and education professionals about non-suicidal self-injury among adolescents.
Method: qualitative research, with Symbolic Interactionism as its theoretical framework. Data collection carried out with 20 professionals from a school and a Family Health Unit in São Carlos-SP, through focus groups and field diaries. Data analysis was carried out using the inductive thematic modality.
Results: It was revealed that adolescence is still seen as a period of transition, and self-injury emerges as transitioning and as the search for attention. Trivialization is reinforced, mainly due to the belief of the contagion effect, in which adolescents reproduce the act performed by peers. Family and Internet relations are signaled as propagators of the phenomenon. In view of these meanings, care is fragile, being based on specific actions.
Conclusion and implications for the practice: professionals act against self-injury in adolescence according to the meanings that are constructed by them. There is an urgent need for continuing education on such issues, the design of actions promoting mental health in the school context and the construction of protocols for intersectoral care.
Keywords
Resumen
Palabras clave
Resumo
Objetivo: conhecer as percepções dos profissionais da educação e da saúde acerca da autolesão não suicida em adolescentes.
Método: pesquisa qualitativa, tendo como referencial teórico o Interacionismo Simbólico. Coleta de dados realizada junto a 20 profissionais de uma escola e de uma Unidade de Saúde da Família de São Carlos-SP, por meio de grupos focais e diário de campo. A análise de dados se deu pela modalidade temática indutiva.
Resultados: revelou-se que a adolescência ainda é vista como período de transição, e a autolesão emerge como passageira e pela busca por atenção. Reforça-se a banalização, principalmente, pela crença do efeito contágio, em que os adolescentes reproduzem o ato realizado por pares. As relações familiares e com a Internet são sinalizadas como propagadoras do fenômeno. Frente a esses significados, o cuidado é fragilizado, baseado em ações pontuais.
Conclusão e implicações para a prática: os profissionais agem frente à autolesão na adolescência de acordo com os significados que são construídos por eles. É urgente a necessidade de educação permanente sobre tais questões, o delineamento de ações promotoras de saúde mental no contexto escolar e construção de protocolos para cuidado intersetorial.
Palavras-chave
References
1 Brasil. Ministério da Saúde. Proteger e Cuidar da Saúde de Adolescentes na Atenção Básica. Brasília (DF): Ed. Ministério da Saúde; 2017.
2 United Nations Population Fund. State of world population 2019. Unfinished Business: The pursuit of rights and choices for all [Internet]. New York: UNFPA; 2019. [citado 2020 abr 15]. Disponível em:
3 Trinco MEM, Santos JC, Barbosa A. Vivências e Necessidades dos Pais no Internamento do Filho Adolescente com Comportamento Autolesivo. Rev Enfermagem Referência. 2017 abr;4(13):115-24.
4 Frazen M, Keller F, Brown RC, Plener PL. Emergency Presentations to child and adolescent Psychiatry: Nonsuicidal Self-Injury and suicidality. Front Psychiatry. 2019;10:e979.
5 Silva AC, Botti NCL. Comportamento autolesivo ao longo do ciclo vital: revisão integrativa da literatura. Rev Port Enferm Saude Mental. 2017 dez;20(18):67-76.
6 Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim epidemiológico [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2017c [citado 2019 jun 8]. Disponível em:
7 Brown RC, Plener PL. Non-suicidal Self-Injury in Adolescence. Curr Psychiatry Rep. 2017 mar;19(3):20.
8 World Health Organization. Practice manual for establishing and maintaining surveillance systems for suicide attempts and self-harm [Internet]. Geneva: WHO; 2016. [citado 2020 abr 15]. Disponível em:
9 Doyle L, Sheridan A, Treacy MP. Motivations for adolescent self‐harm and the implications for mental health nurses. J Psychiatr Ment Health Nurs. 2017 mar;24(2-3):134-42.
10 Mitten N, Preyde M, Lewis S, Vanderkooy J, Heintzman J. The perceptions of adolescents who self-harm on stigma and care following inpatient psychiatric treatment. Soc Work Ment Health. 2016 dez;14(1):1-21.
11 Ayres JRCM. Vulnerabilidade, direitos humanos e cuidado: aportes conceituais. In: Barros S, Campos PFS, Fernandes JJS, organizadores. Atenção à saúde de populações vulneráveis. Barueri (SP): Manole; 2014. p. 1-25.
12 Fonseca PHN, Silva AC, Araújo LMC, Botti NCL. Autolesão sem intenção suicida entre adolescentes. Arq Bras Psicol. [Internet]. 2018 set/dez; [citado 2020 fev 11];70(3):246-58. Disponível em:
13 Blumer H. Symbolic interactionism: perspective and method. California: University of California; 1969.
14 Silva AC, Botti NCL. Uma investigação sobre automutilação em um grupo da rede social virtual Facebook. SMAD Rev Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. 2018 dez;14(4):203-10.
15 Fonseca PHN, Silva AC, Araujo LMC, Botti NCL. Autolesão sem intenção suicida entre adolescentes. Arq Bras Psicol. [Internet]. 2018 [citado 2019 ago 8];70(3):246-58. Disponível em:
16 Flick U. An introduction to qualitative research 5th ed. Thousand Oaks (CA): Sage; 2009.
17 Ministério da Saúde (BR). Estado de São Paulo - município de São Carlos. Unidade de Saúde USF Água Vermelha. Relatório de cadastro individual. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2018
18 Kinalski DDF, Paula CC, Padoin SMM, Neves ET, Kleinubing RE, Cortes LF. Focus group on qualitative research: experience report. Rev Bras Enferm. 2017 abr;70(2):424-9.
19 Hennink MM, Kaiser BK, Marconi VC. Code saturation versus meaning saturation: How Many Interviews Are Enough? Qual Health Res. 2017 mar;27(4):591-608.
20 Clarke V, Braun V. Teaching thematic analysis: Overcoming challenges and developing strategies for effective learning. Psychologist. 2013;26(2):120-3.
21 World Health Organization. Coming of age: adolescent health [Internet]. Geneva: WHO; 2018 [citado 2016 set 11]. Disponível em:
22 Luckow HI, Cordeiro AFM. Concepções de adolescência e educação na atuação de profissionais do CAPSi. Psicologia (Cons Fed Psicol). 2017 jun;37(2):393-403.
23 Costa JS, Silva AC, Vedana KGG. Postagens sobre autolesão não suicida na internet. Adolesc Saude [Internet]. 2019 jan; [citado 2020 fev 11];16(1):7-12. Disponível em:
24 Olfson M, Wall M, Wang S, Crystal S, Bridge JA, Liu SM et al. Suicide after deliberate self-harm in adolescents and young adults. Pediatrics. 2018 abr;141(4):1-12.
25 Tidemalm D, Beckman K, Dahlin M, Vaez M, Lichtenstein P, Långström N et al. Age-specific suicide mortality following non-fatal self-harm: national cohort study in Sweden. Psychol Med. 2015 jun;45(8):1699-707.
26 Macalli M, Tournier M, Galéra C, Montagni I, Soumare A, Côté SM et al. Perceived parental support in childhood and adolescence and suicidal ideation in young adults: A cross-sectional analysis of the i-Share study. BMC Psychiatry. 2018 nov;18(1):373.
27 Santos AB, Barros DB, Lima BM, Brasileiro TC. Automutilação na adolescência: compreendendo suas causas e consequências. Temas em Saúde [Internet]. 2018 [citado 2020 fev 11];18(3):116-42. Disponível em:
28 Deville DC, Whalen D, Breslin FJ, Morris AS, Khalsa SS, Paulus MP et al. Prevalence and family-related factors associated with suicidal ideation, suicide attempts, and self-injury in children aged 9 to 10 years. JAMA Netw Open. 2020 fev;3(2):e1920956.
29 Miller AB, Esposito-Smythers C, Leichtweis RN. Role of social support in adolescent suicidal ideation and suicide attempts. J Adolesc Health. 2015 mar;56(3):286-92.
30 Ramos JMG, Noriega ML, Martínez MCV, Lorente AP. Educación y relaciones familiares: Ansiedad, depresión y otras variables. RIJE. 2018;1:21-44.
31 Pearce LD, Hayward GM, Chassin L, Curran PJ. The increasing diversity and complexity of family structures for adolescents. J Res Adolesc. 2018 set;28(3):591-608.
32 Marchant A, Hawton K, Stewart A, Montgomery P, Singaravelu V, Lloyd K et al. A sistematic review of the relationship between internet use, self-harm and suicidal behavior in Young people: The good, the bad and the unknown. PLoS One. 2017;13(3):e0193937.
33 Beserra GL, Ponte BAL, Silva RP, Beserra EP, Sousa LB, Gubert FA. Atividade de vida “comunicar” e uso de redes sociais sob a perspectiva de adolescentes. Cogitare Enferm. 2016;21(1):1-9.
Submitted date:
03/04/2020
Accepted date:
05/08/2020