Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
https://app.periodikos.com.br/journal/ean/article/doi/10.1590/2177-9465-EAN-2019-0325
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
Research

Women's perception of their vulnerability to Sexually Transmitted Infections

Percepción de las mujeres de su vulnerabilidad a las Infecciones Sexualmente Transmisibles

Percepção de mulheres quanto à sua vulnerabilidade às Infecções Sexualmente Transmissiveis

Samy Loraynn Oliveira Moura; Maria Adelane Monteiro da Silva; Andréa Carvalho Araújo Moreira; Cibelly Aliny Siqueira Lima Freitas; Ana Karina Bezerra Pinheiro

Downloads: 0
Views: 87

Abstract

Objective: To analyze the perception of women regarding their vulnerability to sexually transmitted infections.

Method: This is an exploratory and descriptive study with a qualitative approach, developed between August 2018 and October 2019, in a Primary Healthcare Unit. Eight women, aged between 21 and 44 years participated in the study with previous history of sexually transmitted infections. The data collected with semi-structured interviews were submitted to thematic analysis proposed by Bardin.

Results: There is low perception and disregard by women about their condition of vulnerability to these infections. They believe that the possibility of acquiring them is related to behaviors considered deviant, being likely in the life of those who do not experience a stable relationship.

Conclusion and Implications for the practice: The main challenge is to overcome situations experienced by women that enhance their vulnerabilities generated by mistakes and misconceptions. It is necessary to plan preventive actions that are not limited to the transmission of information, but the exchange of knowledge, beliefs and values ​​linked to the way in which women experience their sexuality.

Keywords

Vulnerability in Health; Sexually Transmitted Infections; Woman;  Gender and Health; Collective Health

Resumen

Objetivo: Analizar la percepción de las mujeres de su vulnerabilidad a las infecciones de transmisión sexual.

Método: Trata-se de um estudo exploratório e descritivo com abordagem qualitativa, desenvolvido entre os meses de agosto de 2018 a outubro de 2019, em uma Unidade Básica de Saúde. Participaram do estudo oito mulheres, na faixa etária de-21 a 44 anos e histórico prévio de infecções sexualmente transmissíveis. Os dados coletados com entrevistas semiestruturadas foram submetidos à análise temática proposta por Bardin.

Método: Se trata de un estudio exploratorio y descriptivo con enfoque cualitativo, desarrollado entre los meses de agosto de 2018 y octubre de 2019, en una Unidad Básica de Salud. Ocho mujeres en el grupo de edad de 21 a 44 años participaron en el estudio con historia previa de infecciones de transmisión sexual. Los datos recopilados con entrevistas semiestructuradas se sometieron a un análisis temático propuesto por Bardin.

Resultados: Hay una baja percepción y desprecio por parte de las mujeres de su vulnerabilidad a estas infecciones. Creen que la posibilidad de adquirirlas está relacionada con comportamientos considerados desviados, siendo probable en la vida de aquellos que no experimentan una relación estable.

Conclusión e implicaciones para la práctica: El principal desafío es superar las situaciones experimentadas por las mujeres que aumentan sus vulnerabilidades generadas por errores y conceptos erróneos. Es necesario planificar acciones preventivas que no se limiten a la transmisión de información, sino al intercambio de conocimientos, creencias y valores vinculados a la forma en que las mujeres experimentan su sexualidad.

Palabras clave

Vulnerabilidad en la salud; Infecciones de transmisión sexual; Mujer; Género y salud; Salud pública

Resumo

Objetivo: Analisar a percepção de mulheres quanto à sua vulnerabilidade às infecções sexualmente transmissíveis.

Método: Trata-se de um estudo exploratório e descritivo com abordagem qualitativa, desenvolvido entre os meses de agosto de 2018 a outubro de 2019, em uma Unidade Básica de Saúde. Participaram do estudo oito mulheres, na faixa etária de-21 a 44 anos com histórico prévio de infecções sexualmente transmissíveis. Os dados coletados com entrevistas semiestruturadas foram submetidos à análise temática proposta por Bardin.

Resultados: Há baixa percepção e desconsideração das mulheres sobre sua condição de vulnerabilidade a essas infecções. Elas acreditam que a possibilidade de adquiri-las está relacionada a comportamentos considerados desviantes, sendo provável na vida de quem não vivencia um relacionamento estável.

Conclusão e Implicações para a prática: O principal desafio é superar situações vivenciadas pelas mulheres que potencializam as suas vulnerabilidades geradas por equívocos e erros de concepções. Precisa-se planejar ações de prevenção que não se limitam ao repasse de informações, mas a troca de saberes, crenças e valores vinculados à forma pelo qual a mulher vive sua sexualidade.

Palavras-chave

Vulnerabilidade em Saúde; Infecções Sexualmente Transmissíveis; Mulher; Gênero e Saúde; Saúde Coletiva

Referencias

1 World Health Organization. Sexually Transmitted Infections (STIs). Geneva: WHO; 2015.

2 Pinto VM, Basso CR, Barros CRDS, Gutierrez EB. Fatores associados às infecções sexualmente transmissíveis: inquérito populacional no município de São Paulo, Brasil. Cien Saude Colet. 2018;23(7):2423-32. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232018237.20602016. PMid:30020394.

3 World Health Organization. Global incidence and prevalence of selected curable sexually transmitted infections. Geneva: WHO; 2008.

4 Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde; 2015. 120 p.

5 Nascimento VB, Martins NVN, Ciosak SI, Nichiata LYI, Oliveira JSS, Bezerra LO et al. Vulnerabilidades de mulheres quilombolas no interior da Amazônia às infecções sexualmente transmissíveis: um relato de experiência. IJHE-Interdisciplinary Journal of Health Education. 2017;2(1):68-73. http://dx.doi.org/10.4322/ijhe.2016.029.

6 Costa FMD, Mendes ACF, Maria DC, Santos JAD, Costa GMD, Carneiro JA. A percepção feminina quanto à vulnerabilidade de se contrair DST/AIDS. Rev Univ Vale Rio Verde. 2014;12(2). http://dx.doi.org/10.5892/ruvrd.v12i2.1744.

7 Rodrigues LSA, Paiva MS, Oliveira JF, Nóbrega SM. Vulnerability of women in common-law marriage to becoming infected with HIV/AIDS: a study of social representations. Rev Esc Enferm USP. 2012 abr;46(2):349-55. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342012000200012. PMid:22576538.

8 Ayres JRCM. Vulnerabilidade, direitos humanos e cuidado: aportes conceituais. In: Barros S, Campos PFS, Fernandes JJS, organizadores. Atenção à saúde de populações vulneráveis. Barueri: Manole; 2014.

9 Florêncio RS. Vulnerabilidade em saúde: uma clarificação conceitual [tese]. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará; 2018.

10 Carmo ME, Guizardi FL. O conceito de vulnerabilidade e seus sentidos para as políticas públicas de saúde e assistência social. Cad Saude Publica. 2018;34(3):34. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00101417.

11 Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Informática do SUS. Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Brasília: Ministério da Saúde; 2018 [citado 2019 set 15). Disponível em:http://www.saude.gov.br/sinan_net

12 Polit DF, Beck CT, Hungler BO. Fundamentos de pesquisa em Enfermagem: métodos, avaliação e utilização. 5ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas; 2004.

13 Bardin L. Análise de conteúdo. Pinheiro LA, Tradução. São Paulo: Edições 70; 2016.

14 Resolução Nº 466, de 12 de dezembro de 2012 (BR). Diário Oficial da União, Brasília (DF), 13 jun 2013: Seção 1: 59.

15 Meneses MO, Vieira BDG, Queiroz ABA, Alves VH, Rodrigues DP, Silva JCSD. O perfil do comportamento sexual de risco de mulheres soropositivas para sífilis. Rev enferm UFPE on line. [Internet]. 2017; [citado 2019 ago 20];11(4):1584-94. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/viewFile/15226/17989

16 Silva BC, Oliveira MC. Percepções sobre sexualidade em relação às doenças sexualmente transmissíveis de pessoas adultas na atenção básica. Rev Gespevida [Internet]. 2015; [citado 2019 ago 20];1(1):88-99. Disponível em: http://www.icepsc.com.br/ojs/index.php/gepesvida/article/view/68/42

17 Rufino ÉC, Andrade SSC, Leadebal ODCP, Brito KKG, Silva FMC, Santos SH. Conhecimento de mulheres sobre IST/AIDS: intervindo com educação em saúde. Ciênc cuid saúde. 2016;15(2):304-12.

18 Lobo LMGA, Almeida MM, Santos TS, Moraes WBS, Freitas DES, Oliveira FBM. Vulnerabilidade feminina para infecções sexualmente transmissíveis durante visita íntima. Rev Eletrônica Acervo Saúde. 2019; 11 (8): http://dx.doi.org/10.25248/reas.e653.2019.

19 Costa SP, Silva TB, Rocha TA, Guisande TCCA, Cardoso AM, Gomes JL et al. Saberes e representações de vulnerabilidade para DST/HIV/AIDS por jovens universitárias. Id on Line Rev M Psic. 2016;10(31):25-42. https://doi.org/10.14295/idonline.v10i31.483.

20 Clutterbuck DJ, Asboe D, Barber T, Emerson C, Field N, Gibson S et al. United Kingdom national guideline on the sexual health care of men who have sex with men. Int J STD AIDS. 2018;1(1):956462417746897. PMid:29334885.

21 Lima IMB, Oliveira AEC, Andrade JM, Coêlho HFC, Lima KS. Modelo de decisão sobre o uso de preservativos: uma regressão logística multinomial. Tempus Actas de Saúde Coletiva. 2016;10(2):67-80. http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v10i2.1649.

22 Pinto VM, Basso CR, Barros CRDS, Gutierrez EB. Fatores associados às infecções sexualmente transmissíveis: inquérito populacional no município de São Paulo, Brasil. Cien Saude Col. 2018;23(7):2423-32. https://doi.org/10.1590/1413-81232018237.20602016.

23 Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde reprodutiva. Brasília: Ministério da Saúde; 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 26).

24 Costa ACPJ, Lins AG, Araújo MFM, Araújo TM, Gubert FA, Vieira NFC. Vulnerabilidade de adolescentes escolares às DST/HIV, em Imperatriz - Maranhão. Rev Gaúcha Enferm. 2013;34(3):179-86. http://dx.doi.org/10.1590/S1983-14472013000300023.

25 Figueiredo LG, Silva RAR, Silva ITS, Souza KGS, Silva FFA. Percepção de mulheres casadas sobre o risco de infecção pelo HIV e o comportamento preventivo. Rev Enferm UERJ [Internet]. 2013; [citado 2019 set 15];21(2, N. esp.):805-11. Disponível em: http://www.facenf.uerj.br/v21esp2/ v21e2a18.pdf

26 Garcia S, Berquó E, Lopes F, Lima LP, Souza FM. Práticas sexuais e vulnerabilidades ao HIV/AIDS no contexto brasileiro: considerações sobre as desigualdades de gênero, raça e geração no enfrentamento da epidemia. Demografia em Debate [Internet]. 2015; [citado 2019 set 15];2:417-48. Disponível em: http://www.abep.org.br/~abeporgb/publicacoes/index.php/ebook/article/viewFile/59/5

27 Francisco MTR, Fonte VRF, Pinheiro CDP, Silva MES, Spindola T, Lima DVM. O uso do preservativo entre os participantes do Carnaval-perspectiva de gênero. Esc Anna Nery. 2016;20(1):106-13.

28 Andrade SSC, Zaccara AAL, Leite KNS, Brito KKG, Soares MJGO, Costa MML et al. Conhecimento, atitude e prática de mulheres de um aglomerado subnormal sobre preservativos. Rev Esc Enferm USP. 2015 jun;49(3):364-71. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420150000300002. PMid:26107695.

29 Crosby RA, DiClemente RJ, Salazar LF, Wingood GM, McDermott-Sales J, Young AM et al. Predictors of consistent condom use among young African American women. AIDS Behav. 2013;17(3):865-71. http://dx.doi.org/10.1007/s10461-011-9998-7. PMid:21796442.

30 Hankivsky O. Women’s health, men’s health, and gender and health: Implications of intersectionality. Soc Sci Med. 2012;74(11):1712-20. http://dx.doi.org/10.1016/j.socscimed.2011.11.029. PMid:22361090.

31 Silva CM, Vargens OMC. Aids como doença do outro: uma análise da vulnerabilidade feminina. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental [Online]. [Internet]. 2015;[citado 2019 set 17];7(4):3125-34. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/5057/505750948001.pdf

32 Von Muhlen BK, Saldanha M, Strey MN. Mulheres e o HIV/AIDS: intersecções entre gênero, feminismo, psicologia e saúde pública. Revista Colombiana de Psicologia. 2014;23(2):3.
 


Submitted date:
29/11/2019

Accepted date:
04/07/2020

67e17141a953957cf6198cc3 ean Articles

Esc. Anna Nery

Share this page
Page Sections